DANCER • Jikook

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A insegurança de Jungkook e seus olhos irritavam o Park de uma forma nada agressiva, irritava-o porque queria arrancar a insegurança do garoto e beijar suas pálpebras até que toda lágrima parasse de transbordar. Seus sentimentos por Jeongguk é mais puro e protetor que qualquer coisa que já sentira. Mas por quê? Por que lhe dissera que não haveria volta e o mandou partir e não retornar?

Era tão confuso agora que estava de cabeça fria e mais racional. Queria voltar para dias antes e abraçar o Jeon por começar a se questionar e ouvir tudo que a própria mente deveria repetir em seus ensaios. Loucura seria se afirmasse que não sentia um pouco de mágoa.

Jeon não confiava que Jimin era capaz para fazê-lo o melhor dançarino que jamais fora. Tinha medo da dança agora, mas o garoto não. A paixão pela dança nos olhos de Jeongguk era ardente, vívida e confiante... já seus passos inseguros. Nada que o tempo e treino não fosse ajudar.

ㅡ Por que tem um belo dançarino dormindo no meu sofá? ㅡ Namjoon perguntou, chutando as garrafas de água e bebida para fora de seu tapete. ㅡ E a confusão só aumenta.

ㅡ Desculpe, hyung, tenho dormido mais que vivido ㅡ assumiu envergonhado.

ㅡ Você quer conversar? Não quero forçá-lo a falar sabe, porém, depois que desferiu toda e qualquer palavra suja sobre Jungkook, você não explicou mais nada ㅡ sentou-se puxando as pernas de Jimin para seu colo. ㅡ Massagem?

ㅡ Massagem! ㅡ pediu, e Namjoon fez leves movimentos em suas panturrilhas, enquanto esperava explicações. ㅡ Fui tão estúpido, o menino estava inseguro e era óbvio, mas não fiz nada e apenas continuei a ensiná-lo. Falava poucas vezes que estava melhorando ou agradava-o, não esperava que ele fosse desistir...

ㅡ Ele o quê? ㅡ perguntou mais que surpreso.

ㅡ Não é? Todos estavam confiando nele, porque é esforçado e bom ㅡ suspirou, logo fechando os olhos com força. ㅡ Fiquei decepcionado, e descontei nele. Pedi que voltasse em algumas semanas e me apresentasse a resposta definitiva, ele ficou surpreso quando pedi que não voltasse se desistisse. Foi horrível ver aquele olhar, de "você não pode me tratar assim, hyung, sou apenas um bebê," e ignorar.

ㅡ Você nunca conseguiu evitar o olhar ㅡ Namjoon riu bobo, mas logo ficou sério. ㅡ Não é sua culpa sabe? E é direito dele desistir ou não, só lhe dê espaço e tempo, confio que vai voltar. Ele é apenas precipitado.

ㅡ Não sei se posso confiar que foi precipitação desta vez, você tinha que ver o quanto parecia decidido e pronto para levar uma pancada! ㅡ Jimin resmungou, fechando os olhos quando sentia um pequeno incômodo próximo ao joelho ㅡ onde Namjoon massageava agora.

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Os passos duros, caminhavam mais rápido ao que a distância diminuiu, as mãos fechadas em punhos nada amigáveis balançaram ao lado do corpo furioso que tinha um objetivo: encontrar Jungkook.

ㅡ Eu sei que se preocupa, tá legal? Mas eu já não sou criança, papai! ㅡ Jungkook discutia, levando a xícara de chá aos lábios e girando o pratinho de biscoitos. ㅡ Você conhece o Seokjin, praticamente cuidou dele, por que fazer caso?

ㅡ Você é minha única família, Jungkook! Eu fico preocupado porque sou seu pai e te amo ㅡ o senhor Jeon se debruçou sobre a mesa, e encarou o filho. ㅡ, mas não é sobre isso que estávamos falando, já resolvemos esse assunto semana passada. Então, refaço minha pergunta. Como estão as aulas de dança? O Park te trata bem? Sabes que posso demiti-lo se não for bom...

ㅡ Ele é ótimo, pai. E não deveria pensar sobre isso, Jimin é o melhor dançarino que já admitiu em sua agência, assim como Jung Hoseok.

ㅡ Mas... o Sr. Yin foi hostil com você, não? Isso te magoou? Posso conversar com ele se quiser...

ㅡ Não! Já basta que Jimin saiba que sou teu filho, não quero que pensem que me aproveito de privilégios para chegar ao topo ㅡ Jungkook se arrepiou ao receber um mau pressentimento.

Sentado ainda na cadeira, sob os olhos de seu pai, ele virou seu rosto para encarar seus pontos vulneráveis e foi quando o avistou. Caminhando para si, como um modelo experimente, chamando atenções para si.

ㅡ Aquele não é Taehyung? ㅡ seu pai perguntou surpreso. Não sabia que o cujo voltara, muito menos que fizera as pazes com Jimin.

ㅡ Sim, e está na versão mais assustadora possível ㅡ tentou se levantar para se esconder, mas foi impedido pelo Sr. Jeon.

ㅡ Jeon Jungkook ㅡ Taehyung chamou quando estava perto, desfazendo a cara fechada quando viu o desespero do amigo. ㅡ, mas que merda você fez?!

ㅡ Eu? Mas do que você tá falando, Tae? ㅡ sorriu tenso. Não queria que seu pai descobrisse que desistira.

ㅡ Você sabe o que fez, precisamos conversar ㅡ Taehyung apontou para o amigo, a pouca raiva que sentia se dissipando. Percebendo haver dois lados e que ambos não estavam errados, tinham motivos, mas não acertos. Jimin e Jungkook eram elos opostos, que se atraíam pela dança e tinham sonhos. Um acreditava mais que outro e não desistia, mas não tentava, no entanto.

E para Kim Taehyung, elos opostos não se identificavam como tal, demoravam para perceber os sentimentos e faziam muita confusão. Era cômico em níveis estratosféricos, o caos, a paixão, confusão e dor que poderiam provocar. Por sorte ou azar de ambos, o Kim havia percebido e não ficaria sentado esperando que se machucassem e fugissem do que sentiam ou poderiam sentir.

ㅡ Em privado ㅡ sugeriu. Seu pai os olhava confuso e assustado, nunca vira Taehyung agir desta forma. Era sempre centrado e racional, nunca agira por impulso ou acatara seu filho.

ㅡ Te espero em meu apartamento, essa tarde. Sem falta ㅡ apontou para o Sr. Jeon como uma ameaça de que contaria tudo se o combinado fosse ignorado.

ㅡ Dia difícil ㅡ Jungkook comentou balançando os braços antes de voltar a beber seu chá sob o olhar intrigado de seu pai.

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Taehyung o mediador dos jikook.

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