Four

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@VênusMartinez

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@VênusMartinez

Meus pais chegaram de viagem no domingo a tarde. Junto deles algumas pessoas da minha família vieram jantar conosco. Entre eles estavam a tia Charlott irmã da minha mãe, e seus filhos gêmeos Bryan e Janeth, eles tinham a minha idade. Greg o irmão mais novo do meu pai e sua noiva Diana. Meu tio Enric irmão da minha mãe e sua esposa Grace.

Romeo não pode vir, pois teria que viajar para a Europa por causa de um jogo decisivo. Minha mãe e ele tiveram uma discussão pelo telefone, ela sempre teve essa mania de querer juntar nossa família. E segundo a sua lógica, todos teriam que estar juntos e fingir ser uma família feliz.

Eu estava sentada em um lugar daquela mesa, em um canto tentando não ser vista, ou notada. A minha grande verdade é que eu não sei lidar com pessoas. Todos parecem estarem ligados com suas próprias conexões, que eu consigo me sentir sozinha mesmo em uma sala lotada. Antes, eu costumava desabafar com algumas pessoas quando eu ficava triste. Mas, hoje eu prefiro pegar meus fones e deixar que às músicas me escutem.

Por um tempo eu observei meu pai. Ele estava conversando com o tio Enric e pareciam falar sobre trabalho. Minha mãe odiava profundamente isso, mas meu pai nunca sabia falar sobre mais nada. Parecia um disco arranhado, que repetia milhões de vezes o mesmo assunto, mesmo que você tentasse voltar ou adiantar, não te levaria a lugar nenhum.

Meu tio Enric o escutava com paciência, e eu poderia dizer que admirava isso nele se não soubesse que ele pouco estava prestando atenção. Era assim toda vez. O meu pai falava para ele sobre o aumento do desemprego, ele acentia como se estivesse escutando, e quando o meu pai perguntava qual era a sua opinião sobre o caso, ele fingia que engasgava e dizia "Me desculpe, qual era a pergunta?".

Minha tia Charlott era uma pessoa mesquinha e desprezível. Tudo o que saía da boca daquela mulher era sobre: dinheiro; a herança que meu tio deixou pra ela quando morreu; compras no shopping; e mais dinheiro. Era aquela típica tia que te perguntava sobre os "namoradinhos". Revirei os olhos só de olhar para ela, e esperei que ninguém mais na mesa tivesse visto. Agora ela comentava sobre uma possível nota baixa que Bryan tenha tirado na escola, ela virou para ele, e na frente de todo mundo disse em alto e bom som.

__Bryan, não serve para nada. Tudo o que ele sabe fazer é torrar a minha paciência. -Eu fiquei de boca aberta com aquela cena, e todos ao meu redor negaram com a cabeça como se Bryan fosse algum merda.

Então eu observei o meu primo, ele antes estava mexendo no celular em uma espécie de jogo. Estava o tempo todo concentrado ali, e quando ouviu às palavras da mãe. Tudo o que fez foi deixar que às bochechas ganhassem o tom da vergonha. Eu me senti mal por ele.

Desviei o meu olhar e encontrei Janeth, ao lado de Bryan. A garota pareceu se sentir mal pelo irmão ouvindo todas às palavras da mãe. Em um movimento cauteloso ela começou a se servir sobre a mesa, pude perceber que ela não era de comer muito. Tia Charlott a olhou por alguns segundos com um olhar de reprovação e depois lhe atacou com palavras.

Chuvas de NovembroOnde histórias criam vida. Descubra agora