XXX - O Que o Espelho Diz

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-Um – Teodore deu um passo em minha direção, quase em câmera lenta, enquanto eu chocava meu antebraço com o dele – Dois – ele deu outro passo, e nossos antebraços contrários se chocarem – Três. Quatro. – ele assentiu – Ao contrário. Ataque. Um.

Segui em direção a ele da mesma forma como ele havia feito – Mais rápido Bethany, você não vai me machucar. Dois. – cerrei os dentes, trocando os braços – Bom. Mais forte. Três. – Meu antebraço estremeceu ao acertar o dele - Firme. Quatro. Defesa.

Ele voltou contra mim enquanto eu defendia outra vez, sem contar e levemente mais rápido e mais forte do que na vez anterior, enquanto eu bloqueava os braços dele com os meus – Você está tensa – ele murmurou entre os dentes, no que deveria ser o número dois – Qual o problema?

-Não achei que teríamos plateia – rebati, olhando para o grupo amontoado acima de nós em um balcão suspenso da sala de treinamento – Qual a sua desculpa?

Ele riu com deboche – Quando estou treinando com pessoas treinadas, um descuido quer dizer um jantar na enfermaria. – ele se moveu rapidamente, envolvendo um braço em torno do meu pescoço e o outro segurando minha cabeça, sem aplicar quase nenhuma força, quase sem encostar realmente em mim. Mas ele estava bem perto do meu ouvido quando falou - No momento um descuido pode significar quebrar o pescoço da futura rainha. – e então mais alto – Que você faria agora?

Pressionei meus lábios juntos, erguendo meu cotovelo em direção ao peito dele, acertando meu cotovelo no que mais parecia pedra do que carne. Ele riu – Mais forte Bethany. – Acertei-o outra vez – Bom. Outra vez.

-Você tem algum tipo de prazer estranho com dor? – grunhi, acertando ele outra vez.

-Alguns diriam que sim – ele refletiu – Mas não acho que você conseguiria me causar dor mesmo se me acertasse com um martelo.

-Não posso falar o mesmo do meu cotovelo – murmurei, erguendo meu cotovelo mais alto e ameaçando acerta-lo no rosto. Ele me soltou rapidamente, virando meu braço para conseguir ver meu cotovelo levemente avermelhado – Eu estava brincando.

-De qualquer jeito é melhor fazer uma pausa – ele falou, seguindo em direção a onde um empregado deixava um jarro de água gelada e dois copos. Segui atrás dele.

-Está mesmo com medo de me machucar? – ergui uma sobrancelha.

-Não é a toa que ninguém aceitou esse trabalho – ele pontuou me entregando um copo de água – Você é uma coisinha delicada Bethany, e guerreiros como eu, ou seus outros amigos que recusaram a treina-la, sabem disso. E sabem que talvez não sejam capazes de lembrarem-se disso em um ringue ou com uma espada.

-Eu não sou delicada – grunhi, irritada por saber que aquilo era uma mentira.

Ele sorriu – Não, você é alta e com a estrutura óssea de uma amazona – ele julgou, me medindo de cima a baixo – Eu falava como peça política. Você é um agente político delicado que ninguém quer colocar em risco.

O Que o Espelho Diz - A Rainha da Beleza Livro II [NÃO REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora