Como um marinheiro
afogado em ilusões,
meio a imensidão enraivecida.
Submerso em águas impiedosas
de um mar de mágoas e frustrações.
Nada vê.
Não respira.Mais uma vez cortando essas águas,
viajar é sempre um martírio.
Dia e noite
meio à escuridão intrínseca
de uma embarcação decadente,
cruzando um oceano de emoções
corroendo ainda mais o casco.Atracado já esteve,
entre águas calmas
e céu estupidamente estrelado.
Ancorado em perspectiva do que já foi,
um tudo.
Estando em perfeito estado.
Intacto.Hoje,
me vejo por enfrentar a escassez
do que se faz necessário,
tentando reconstruir o que um dia
já foi eu.Como marinheiro
navegando no tudo e no nada,
com esperança do cessar da tormenta.
Navegando oceano a fora
na tentativa de outro porto alcançar.
Guiando-me pelas estrelas
e o acalentar da luz da lua.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O quase recalque do poema
PoetryPara senti-las da forma correta, tens de se entregar de corpo e mente para tais palavras. Elas violarão tua alma sem permissão e tu verás que essa foi a melhor das coisas que ocorreu no teu fatídico dia... Sinta! Viva! Se permita!