Capítulo 6: Despedida

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No dia seguinte ,kandorh se levanta pela manhã, sente um cheiro muito bom vindo da cozinha, guiado pelo seu olfato chega se esgueirando de vagar tentando se esconder na porta da cozinha, "ja vi você, chega ai'', kandor após ver que foi descoberto não tem outra escolha a não ser entrar na cozinha.

- ta com fome?

(kandorh acena com a cabeça dizendo que sim)

eu fiz ovos com bacon, tem suco de laranja, pão de queijo, pãezinhos de doce com flocos de açúcar em cima, e se não gostar tem as sobras da pizza de ontem estão no micro-ondas, já até esquentei pra você, Kandorh se senta na alta cadeira de madeira conseguindo ver a paisagem de guloseimas a cima daquela mesa de mármore, ele nunca tinha visto uma mesa de café da manhã tão farta em toda sua vida, não por não ter dinheiro, mas sim pois seu padrão era apenas um pão com manteiga com um copo de achocolatado todas as manhãs, quando seu pai foi embora e a situação complicou, as vezes nem pão o suficiente havia, sua mãe dava o que restava dizendo que não estava com fome ou que já tinha comido antes dele acordar, naquele momento seus olhos enchem d'agua, ele queria que sua mãe estivesse ali a mesa, para poder comer tudo aquilo com ele, ele queria ver sua mãe comer até ficar farta novamente, aquilo parecia injusto para ele, por que ele poderia estar ali comendo tudo do bom e do melhor, enquanto sua mãe que sofria trabalhando até a exaustão todos os dias teve que ter aquele fim trágico?, ele não se aguentou e se mergulhou em lagrimas novamente.

Marcus- ei? o que houve? não gostou?

kandorh começou a chorar mais alto e intensamente, naquele momento Marcus conseguiu entender a dor que kandorh sentia, ele achava que era o único que podia, se levantou e abraçou o garoto "ta tudo bem, pode chorar a vontade, põem pra fora..."

horas se passaram naquele mesmo dia, quando deram exatamente 12:30 Marcus recebe uma ligação, kandorh que estava concentrado no vídeo game para por um instante, ele vê Marcus sério no telefone.

Marcus- então conseguiram uma vaga? esta tarde tem certeza?... sim eu entendo, sim senhor, uma boa tarde para você tambem até depois.- marcus desliga o telefone e se vira para kan- kan... conseguiram uma vaga para você, vai ser no mesmo orfanato para que fui, os oficiais já pegaram suas roupas e alguns pertences para levar para lá, nós iremos daqui a pouco então se apronte.

kandorh por um momento havia esquecido que teria que ser enviado para um orfanato, que havia perdido tudo inclusive seu lar.

Kandorh - tudo bem, estou indo- responde kandorh largando o controle no sofá, e se levantando indo em direção ao quarto

skip- você está pronto garoto?

kan- a sim, estou sim...

skip- esse e o seu destino, tem que encarar com braços fortes.

kan- eu irei, skip... o que acha do Marcus? ele não tem nenhum demônio agarrado em seu corpo, e uma pessoa gentil e pura, não deve ser um policial corrupto tambem, diferente da aura daquele parceiro dele.

kandorh se referia a o demônio da luxuria que havia visto no pescoço de Carson, era como um cachecol de plumas, aquele que carregar um demônio como esse, deve fazer qualquer coisa pelo seu agrado pessoal, sem se importar com os outros.

skip- tem razão, e raro hoje em dia ver uma alma tão limpa como a dele.

-ja está pronto? - interrompe Marcus abrindo a porta.

-Sim, estou sim

os dois saem juntos, kandorh dá uma última olhada na bela entrada da casa de marcus, uma linda porta vermelha ao redor dela uma parede de tijolos alaranjados, acompanhada com um belo jardim com rosas, e girassóis, ele se perguntava se um dia chegaria a vir naquela casa novamente, eles foram direto a o orfanato, era um local bem distante, demoraram cerca de duas horas para chegar até lá, o céu estava completamente nublado, a única coisa que podiam enxergar eram arvores e mato ao redor da estrada de terra que eles seguiam, após alguns metros finalmente kandorh conseguia ver o enorme casarão, paredes de concreto cinza velhas, janelas no segundo andar que lembravam uma casa de filme de terror onde o clima de chuva não ajudava nem um pouquinho a se acalmar, a floresta contornava essa casa que parecia ficar bem no meio dele, mas dava a impressão de ter um enorme quintal.

Ao chegarem na entrada e descerem do carro kan pode ver de perto o quão velha parecia aquela casa, com teias de aranha por baixo do teto, algumas partes do telhado estavam com buracos, marcus toca a campainha faz um som estridente que ecoa por toda a casa, não demorou muito e a porta se abriu, saiu de dentro três freiras.

Marcus-Madre! a quanto tempo.

madre s.-Marcus meu menininho como você cresceu! está um homem forte agora!

Marcus- graças a senhora, que pude ter um lugar para ficar..., e agora eu trago esse garoto aqui, seu nome e kandorh, fala oi pra ela kandorh.

kandorh, se mantem calado desviando seu olhar para os lados

Marcus- ei! fale com a madre

madre s, ta tudo bem Marcus, ele sofreu um trauma grande, deve estar em choque o pobrezinho, ele vai se acostumar a os poucos, venham entrem me sigam ate minha sala.

kandorh e Marcus adentram a casa, seguiram por um corredor que era recheado de fotos de jesus cristo, e alguns santos, madre seguiu ate uma enorme porta de madeira que parecia ser bem pesada, a abriu e disse "podem entrar, as freiras já estão arrumando seus pertences em seu quarto'', eles adentraram o cômodo ''sentem-se'', disse a madre se sentando a sua enorme mesa de escritório de madeira antiga Marcus puxa uma das cadeiras e pede para kandorh se sentar, mas ele permanece em pé

-não vai se sentar? creio que não vai crescer mais.

Marcus-não, estou bem

madre s- bem kandorh, ja estamos cientes de sua situação, a partir de hoje , este será seu novo lar queridinho, Marcus prometo que cuidaremos dele, como um de nós.

marcus- eu sei madre, mas tenho que ir agora, tenho uns trabalhos sobre uns casos arquivados, que preciso terminar hoje.

madre s.-aahh eu entendo, e uma pena queria te convidar pra um café e ouvir suas histórias, faz alguns anos que não o vejo, queria ver como meu garotinho se saiu na polícia.

marcus- com certeza virei outro dia senhora madre superiora, com bem mais tempo- Marcus se agacha ao lado de kandorh e o olha diretamente nos olhos- olha, eu tenho que ir, mas eu vou vir te visitar sempre que der, irei ligar a noite também para saber como está, então não se preocupe.

madre s.- isso mesmo, não tem por que se preocupar, todos aqui vamos cuidar de você.

Marcus- bem, o dever me chama.

madre s,- até mais queridinho, não se esqueça do café em.

-Pode deixar, se cuida kandorh.

quando Marcus fechou a porta, a madre permaneceu cerca de 10 segundos em silencio,... mas de repente voltou a falar, em um tom de voz totalmente diferente do amigável que estava, um tom mais sério e debochado, como se estivesse sem paciência, sua expressão tambem mudou, ela olhava muito seria para kandorh, como se no fundo o odiasse.

-então, kandorh ne? aqui funciona da seguinte maneira, acordamos todos os dias as 6:30, as 7 horas tomamos o café da manhã, as 8 terão aula até as 12h que será a hora do almoço, depois terão o descanso até as 16h depois sera o momento da meditação a palavra do senhor, até as 17h, outro intervalo até as 20h que será o jantar logo a pôs o jantar cama, e tudo de novo, está me entendendo?

kandorh balança a cabeça dizendo que sim.

-Responda garoto, SIM MADRE, bem alto eu quero ouvir- respondeu a madre superiora apontando uma regua par seu rosto.

-Sim, madre...

-Bom..., se continuar assim poderemos nos dar bem..., vai ser um prazer cuidar de você

shinikibõWhere stories live. Discover now