One Life and Two Hearts (Camren)

Feelings

Hello babes, tudo bem com vocês? Bom, sei que tenho que parar de demorar a atualizar os capítulos como recebi em algumas mensagens, mas eu prometo tentar atualizar de dois em dois dias, okay?
Bom, vamos ao capítulo. Boa leitura!💕

[...]

Depois de ficarem um tempo observando e falando sobre borboletas, Camila e Lauren resolvem que já era a hora de ir. Ally até já tinha mandado mensagem dizendo que o garoto havia ido embora e que se elas não voltassem logo, iria prosseguir a maratona sem elas.

Ao entrarem no carro, apenas se ouvia a música. Pois Camila, mesmo que falasse demais às vezes, estava com seus pensamentos longe. Lauren sabia que a menor precisava colocá-los no lugar e a deixou quieta, começando então a aproveitar as músicas silenciosamente, de forma com que, mesmo que não quisesse, estaria colocando seus próprios pensamentos nos seus devidos lugares também.

Camila estava atordoada e temia ao que poderia acontecer no dia seguinte. Ivan era muito engraçado, divertido, atencioso e amoroso quando queria. Mas ele e Camila eram amigos desde que saíram do útero de suas mães e ela tinha um carinho muito grande por ele. Ele tinha sido o único cara que a menor já havia beijado ou tido algum tipo de relacionamento. E no começo, apesar do medo de que a amizade acabasse, ela gostou daquilo. Mas com o tempo, a amizade acabou. Ele passou a esconder muitas coisas de Camila e quando ela tentava descobrir, era agressivo. Após os acontecimentos, o relacionamento da latina passou a ser algo mais forçado do que ela podia controlar, e ele — como todos a volta deles —, percebiam mas não faziam nada para que isso mudasse. Camila já havia tentado terminar uma vez, mas ele jurou que se ela pensasse novamente nisso, o garoto faria a vida dela um verdadeiro inferno. Ela acreditou, pois já havia visto o namorado fazer um inferno na vida de pessoas a sua volta, principalmente as que tentaram se aproximar dela. Seus amigos e familiares em Cuba, sempre diziam que o melhor era que eles ficassem juntos e que quando ambos fizessem dezoito anos, iriam se casar. Camila não queria aquilo, tanto que com dezessete, veio para Nova York na tentativa de fugir disso tudo.

Camila tinha sonhos a se realizar e um deles não era se casar com dezoito anos. Ela queria estudar a música, queria viver dela e para ela. O futuro da latina e de sua família estava em jogo e esse era um jogo que ela queria e iria vencer, mesmo que tivesse que passar por cima de tudo e todos. E agora sabia que tinha amigas que apoiavam seus sonhos. Sabia que se precisasse de apoio, de ajuda ou até mesmo de um colo pra chorar quando precisasse, teria as garotas para isso. E ela estaria ali por elas também.

Seus sentimentos estavam o puro caos agora. Queria acabar com aquele relacionamento com o latino, mas tinha medo do que ele poderia fazer com a menor e com a sua família. Ela se sentia pequena e frágil perto dele. Ela o temia. Queria que isso parasse, mas não sabia como. E mesmo que custasse a sua vida, ela faria isso parar.

No outro banco do carro, havia uma Lauren que estava começando a se preocupar com a aproximação repentina com a latina e tinha medo que outro tipo de sentimento estivesse nascendo ali. Tal sentimento que depois do que houve aos seus quinze anos, jurou que não iria existir nem tão cedo na sua vida novamente.

Quando ainda morava em Miami, Lauren se assumiu bissexual ao começou a namorar Bea. Ela era sua vizinha e sempre iam no mesmo ônibus para o colégio. Com o tempo, foram se aproximando. Ela começou a andar com o grupo de Lauren e vice-versa.

Lauren sempre se defendia muito bem contra agressões físicas e verbais, então quando Lauren e Bea estavam juntas, nada passava de cochichos sobre o casal.  Bea era doce e frágil, e quando estava sozinha, a agrediam até que ela sangrasse. Diziam que quanto mais sangue ela perdesse, mais rápido se livraria dessa doença. E tanto os pais de Lauren como os pais de Bea, não apoiavam e sempre tentavam algo contra o casal.

Bea sempre tentava esconder as coisas de Lauren, o que acabava a irritando de uma forma que nem ela mesma sabia controlar. Lauren perdeu a conta de quantas vezes ela se pegou dizendo a frase "A base do relacionamento é a confiança." Isso a deixava exausta, mas ela amava Bea de uma forma que nem ela entendia. E quando coisas ruins não aconteciam, elas se davam muito bem.

Mas Lauren nunca imaginou que seria traída pela pessoa que mais confiava no mundo depois de suas amigas. Sim, Bea a traiu com o novato da escola na época. Bem que Lauren suspeitou quando eles começaram a ficar próximos demais, mas Bea sempre dizia que era paranóia de sua cabeça. Ela partiu o coração de Lauren. E, desde então, a maior sempre evitou ter qualquer contato com qualquer ser humano que não fossem suas amigas.

Mas Camila Cabello apareceu em sua vida fazendo-a mudar esse conceito com apenas dois dias. Dois dias foram mais que necessários para que Camila tivesse conseguido um lugar especial no coração de Lauren e ela não tinha nem noção disso. Se dependesse da maior, ela nem teria. Bom, não agora. Camila namora o Ivan e ela nem sabia se latina alguma vez havia pensado na possibilidade de ficar com alguma garota.

A insegurança fazia parte da maior, mas ela pensava em ir devagar. Acabara de conseguir que Camila confiasse nela e não iria desperdiçar essa amizade por um sentimento mal correspondido.

Quando Lauren estacionou o carro na frente do prédio, as duas garotas se olharam e sorriram. Comprimentaram o porteiro e foram para o elevador.

— Hey, obrigada por isso, Lo. – A latina sorriu para Lauren e a abraçou ao entraram no elevador.

— Não tem que agradecer, Camz. Eu estou aqui para isso, lembra? — Ao chegaram no apartamento, se soltaram e entraram vendo Ally dormindo como um coala agarrada num travesseiro.

— Lolo, eu vou pro meu quarto tomar um banho, okay? Acorda ela aí, eu quero pipoca.— Rindo, ela saiu em direção ao quarto.

Lauren Jauregui

— ALLY, ACORDAAAAA! – Pulei em cima dela e, logo após, recebo tapas como recompensa.

— SUA FILHA DA MÃE, NUNCA MAIS FAÇA ISSO, JAUREGUI. – Ally se levanta e vai em direção à cozinha.

— O que você vai fazer? – Falei enquanto dava risada.

— Sonhei que a Mila queria pipoca.

— Ah, que lindo! Bom, vou tomar um banho pra continuarmos a nossa maratona.

— Espera, Laur... O que há com a Mila? – Disse preocupada.

— Prometo demorar para dar tempo pra vocês conversarem, está bem? – digo indo em direção ao meu quarto.

[...]

No dia seguinte, Camila acordou bem cedo na esperança de ter tempo para se preparar, pois sabia que o dia seria difícil. Se levantou e foi até o banheiro, mas antes que começasse o banho, foi interrompida por batidas na porta.

— Entra!- Ela disse na esperança de ser uma das meninas.

— Oi, amor! Sentiu a minha falta?- Ele empurrou Camila contra a parede de banheiro e começou a espalhar beijos pelo pescoço da menor.

— Para, Ivan!Me solta!- Disse tentando se soltar, mas ele era mais forte que a latina.

— Por que amor? Estamos nos divertindo, não é?- Disse tirando a roupa da latina.

— Ivan, por favor... Vamos conversar.- A menor disse já com lágrimas nos olhos.

— Ah Mila, eu sinto muito mesmo! Eu não vim aqui pra conversar...- O maior agora encarava a Camila nos olhos enquanto tirava a própria roupa.

— Não, Ivan! Por favor!- Disse tentando sair do banheiro, o que não foi permitido pelo namorado.- Me deixa sair, Ivan!