The date.

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Dois meses depois.

Ir a escola é horrível, odeio acordar todo dia cedo e ficar ouvindo baboseiras da boca de professor, e felizmente a única coisa que me salvava desse tédio era meu caderno e meu lápis, eu adorava desenhar.
- Senhorita Collins, pode resolver essa questão? - O professor Andrews perguntou apontando para a lousa, na lousa tinha um exercício matemático enorme.
- Não posso, desculpe - Falei após levantar e sentei novamente pegando uma caneta no estojo e abrindo o caderno na matéria.
- Senhorita Collins, preste atenção na aula ou se não serei obrigado a mandá-la pra diretoria. - Ele disse com aquela voz nojenta e logo se virou para explicar o exercício. Fiz careta e comecei a imitá-lo sem emitir nenhum som, ouvi alguns risos abafados e o professor virando novamente, corei e abaixei a cabeça rindo silenciosamente.
Revirei os olhos e fiquei batendo o lápis na mesa até o sinal tocar, e demorou quinhentos anos, só Jesus na causa, suspirei aliviadamente após ouvir o sinal bater me levantando e colocando tudo na mochila rapidamente, corro pro refeitório e lá vejo meus queridinhos sentados em uma mesa, enruguei a testa e já me irritei por eles não terem me esperado pra ir pegar o lanche.
- Andy! - Matthew gritou sinalizando para mim ir até ele e assim eu fiz.
- Oi pessoal - Falei me sentando ao lado de Anne.
- Nós estamos combinando de ir ao cinema hoje, você quer ir? - Sabrina perguntou com os olhos direcionados ao seu iPhone.
- Não tô muito afim, Bina - Murmurei pegando a latinha de coca-cola do Alan e tomando-a.
- Ela vai sim né, Andy? - Noah perguntou fazendo um biquinho e sinais de "por favor" com as mãos. Revirei os olhos e assenti com a cabeça.
- Lógico que ela irá, compre um bilhete pra ela - Alan disse para Sabrina e a mesma concordou com a cabeça, guardando seu celular e começando a conversar com Noah, que estaria do seu lado.
Peguei meu celular e verifiquei a hora, levantei-me e olhei para os "queridinhos", eu fiquei em silêncio por alguns segundos notando que Anne estava quieta e cabisbaixa, ela normalmente não é assim, é alegre, tagalera e uma palhaça de plantão, relevei a situação e anotei um lembrete mentalmente para mais tarde falar com ela.
- Estou indo embora, tenho que fazer algo em casa - Falei e senti o olhar do Alan queimar de curisiodade, mas permaneceu em silêncio, dei um sorriso ao escutar tchau e sai do colégio, entrando no carro e dando partida em direção ao condomínio Nashville.
- Mãe! - Gritei andando pela casa a procura da mais velha.
- Cozinha! - Ela gritou e eu fui até a cozinha correndo, ela estava lá cozinhando algo com um avental rosa ridículo. Eu cai na gargalhada e me sentei na cadeira que tinha a frente da mármore.
- Que foi louca? - Ela perguntou agora me olhando, sua aparência estava boa, seus olhos iluminados e suas bochechas coradas naturalmente.
- Nada - Respondi sorrindo, levantei e fui até ela, peguei um pouco do molho que ela estava cozinhando e provei, estava ótimo. Fiz uma careta ofendida quando senti o tapinha dela em minha mão, fazendo eu recolher rapidamente e dar uma risadinha - Mãe, o pai pediu pra mim ir almoçar com ele hoje.
- Ok, pode ir - Ela disse com uma voz carinhosa e continuou a mexer o seu molho.
- Estou indo então, passei aqui para avisá-la - Falei dando um beijo na bochecha dela e pegando a minha bolsa, verifiquei se as chaves do carro estava dentro e peguei, saindo de casa rapidamente.
Entrei no meu Audi e acelerei de encontro ao meu pai, ele estava me esperando no apartamento dele e eu estava ansiosa para ver como ele estava e em que local estava vivendo.
Cheguei no endereço em que meu pai me fornecerá e sai do carro ligando o alarme em seguida, olhei para o lugar e logo percebi que era um local chique e charmoso, entrei rapidamente sem muita paciência e fui até o elevador, na mensagem ele disse que era o último andar então cliquei no botão do último e esperei bufando a cada segundo. Assim que o elevador abriu, eu sai e vi que só tinha uma porta dentre o espaço enorme, revirei os olhos imaginando quanto meu pai estava pagando por essa suíte master e apertei a campainha por mais de três vezes. A porta se abriu depois de cerca de dois minutos e vi uma moça bonita, seus cabelos eram pretos, exóticos pra falar a verdade, seus olhos verdes eram penetrantes, um corpo esbelto, um sorriso encantador, e eu logo fechei a cara, cruzando os braços.
- Você deve ser a Alessia, né? - Ela perguntou sorrindo e deu passagem pra mim entrar, eu entrei em silêncio com uma cara de quem comeu limão azedo e passei os olhos por todo canto da suíte luxuosa a procura de Alexandrov.
- Cadê o meu pai? - Perguntei rudemente me jogando no sofá.
- Ele está tomando banho - Ela disse sentando na poltrona a minha frente e me olhando. Arqueei a sombrancelha e também fiquei encarando-a.
- Lessia, meu amor! - Meu pai falou empolgado e eu desviei meu olhar a encontro dele, levantei e o abracei, eu estava feliz por vê-lo.
- Eu estava com saudades - Murmurei em seu ouvido e o apertei ainda mais. Nós nos afastamos pouco tempo depois e ele foi pro lado da mulher sorrindo.
- Alessia, essa é a Luana. Luana, essa é minha filha. Espero que vocês possam se conhecer e se dar bem - Ele disse ainda empolgado e eu dei um sorriso falso enquanto ela vinha pra me abraçar, retribui normalmente, ela me parecia uma boa pessoa.
- Vamos almoçar - Ela disse após se afastar.
Nós fomos até a sala de jantar e nos sentamos, sobre a mesa tinha um banquete, fiz careta ao ver tanta coisa e dei um sorriso forçado ao ver que meu pai estava a observar.
Eu comi em silêncio apesar de Luana e meu pai estarem tagarelando sobre negócios, eu estranhei e fiquei curiosa de certa forma. Suspirei ao terminar meu almoço ainda em silêncio e fiquei apenas degustando o vinho caro, que era bastante saboroso.
- Irei ao banheiro, já volto. - Meu pai disse se levantando e sumindo de nossas vistas, eu olhei pra Luana e percebi que ela também estava me olhando, rapidamente desviei o olhar corando agressivamente.
- Você tem quantos anos? - Ela perguntou gentilmente.
- Tenho dezoito.
- Meu afilhado tem vinte, ele tá fazendo faculdade de medicina - Eu a olhei com curiosidade e a vi sorrindo, por um segundo me perguntei se ela era casada, mas como não vi a aliança rapidamente descartei a ideia.
- Que legal, medicina é uma profissão incrível - Antes que ela pudesse falar alguma coisa, meu pai chegou e se sentou, dando selinho dela como se fosse algo natural que ele fazia quando voltava pra presença dela. Eu fiz uma careta e desviei o olhar, ficando completamente sem graça e depois de alguns minutos, arrumando uma desculpa qualquer pra ir embora e saindo do prédio.
Assim que entro no carro, coloco o cinto e ouço o barulho de notificação repetidamente, pego o celular na bolsa e vejo o grupo Lobinhos, que na qual tinha todos os meus amigos, sorrio ao ver que estavam marcando um encontro, logo confirmo a presença e suspiro aliviada, pois era exatamente o que eu precisava.

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