Epílogo

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Querido leitor para quebrar a motonia desta temporada, venho contar a mais alta novidade.

David Basset está de volta a Londres!

Sendo assim os solteiros mais disputados estão confirmados no jantar da Senhora Martínez: Miles Bridgerton, Oliver Crane, Charles Bridgerton, e — recém chegado de viagem — David Basset.

Senhoritas não se animem muito, pois o jantar é algo restrito a parentes e amigos próximos. Mas o baile anual de Lady Redford vem aí!

Falando nisso, a gravidíssima Camila Bridgerton confirmou sua presença nos dois eventos.

Após a espera de dois anos o futuro Visconde Bridgerton finalmente aumentará a família. Todos estavam ansiosos por isso.

Só posso encerrar dizendo que estou ansiosa por novidades nesse grande mercado matrimonial que anda muito parado.

O quê? Eu adoro ver casamentos!

Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown,

18 de maio de 1843

Os gritos de Camila ecoavam pela casa toda.

Edmund não conseguia conter o nervosismo, andando de um lado para o outro do corredor do segundo patamar de sua casa, ele roía as unhas. A apreensão tomava conta a cada minuto em que ele imaginava se Camila e o bebê ficariam bem quando aquilo terminasse.

Quase todos os homens da família estavam ali, os da família Martínez e da Bridgerton.

Era noite já, mas quando Edmund (desesperado) saiu pela rua Mount correndo a pé e chegou a Grosvenor Square esbaforido pedindo socorro a casa Bloomwood e a Casa Bridgerton ainda era uma tarde agradável.

Ele não sabia o que fazer. Camila estava sentindo dores e chorava, Edmund só teve a ideia de mandar uma criada buscar o melhor médico e a melhor parteira da cidade – os mesmos que tinham feito os partos de sua mãe –, então ele saiu afoito atrás da família.

Sua mãe, sua sogra e Catarina estavam em casa. Sendo assim os homens que se encontravam em casa também os acompanharam e agora estavam na sala informal de sua casa.

– Edmund, juro que vou amarrá-lo a uma cadeira se não parar de andar – resmungou Miles.

Ele conseguia ver e ouvir as fortes passadas do irmão no corredor através da porta escancarada.

Uns minutos depois Edmund também entrou no salão e se jogou no sofá ao lado de Miles batendo o pé ritmicamente.

– Essa tensão é só enquanto ela grita – replicou Diego folheando um jornal sentado em uma poltrona –, quando fui pai fiquei desse jeito também e...

– Não, você ficou pior. – cortou Eric de forma zombeteira, estava ao lado do filho.

Diego o fitou incrédulo e levou todos ao riso, pois se lembraram do Martínez desesperado para estar com a esposa na hora do parto, até Edmund deu um sorriso nervoso, não prestava muito atenção na conversa.

– Agora que Charlotte terá mais um bebê e Edmund está prestes a ter o primeiro filho, Miles – começou Anthony de repente e olhou para o filho a sua frente –, faça o favor de se casar e me dar netos. – demandou.

Anthony estava adorando essa nova fase da sua vida, de ser avô e mimar os netos.

Miles, como de costume, revirou os olhos.

– Ah pai, eu...

De repente, choros mútuos foram ouvidos vindos do quarto de Camila e Edmund.

Edmund perdeu una batida do coração e em seguida o sentiu trotar e o ouviu também. O salão era o maior silêncio, e mesmo que não fosse assim, ele só conseguia pensar nos donos daqueles chorinhos. Ele queria vê-los.

Não se importando se devia ou não subir, Edmund correu escada acima e entrou no quarto. Sua mãe, Esperanza e Catarina, um médico e mais duas parteiras se encontravam ali.

E sentada de forma confortável numa cama, estava Camila. Suada, vermelha e com os cabelos úmidos, ela segurava dois bebês cobertos por mantos grossos. Cada um em um braço preenchendo o quartos com seus choros cada vez mais contidos.

Rapidamente, Edmund se aproximou da esposa sem se entreter nos detalhes do quarto ou nas pessoas que ali estavam. Ele só focou na nulher que amava e nos dois montinhos que ele já amava mais que tudo na vida. Logo ele ouviu a voz de uma das parteiras:

– Meus parabéns, senhor Bridgerton. São dois meninos fortes e saudáveis!

Sem sequer ouvir o que as outras pessoas naquele quarto falavam, Edmund sentou-se ao lado de Camila que apenas desgrudou os olhos dos bebês ao ver que seu marido se encontrava ali.

E no rosto dela se encontrava um sorriso tão puro, tão lindo. Um sorriso de uma mulher que estava totalmente feliz e orgulhosa.

O rosto dela brilhava de felicidade.

O Bridgerton curvou-se e deu um beijo na testa dela.

Imediatamente, seus olhos baixaram para os dois garotinhos que ela tinha nos braços. Os dois pareciam ter se acalmado, e estavam de olhos quase fechados.

Sem perguntar, ela passou um deles para os braços de Edmund que pôde ver o que sua família sempre enxergou no significado de família. Sabia que por cada um daqueles bebês seria capaz de dar sua vida a qualquer momento sem hesitar. E os amaria até seu último suspiro de vida.

Incapaz de conter tamanha emoção sentiu as lágrimas escorrerem de seus olhos. Depois, um pouco desajeitado, pegou o outro bebê dos braços de Camila.

– Eles são lindos – comentou ela em um sussurro –, assim como o pai deles.

Emocionado, riu entre as lágrimas.

– Eu sou pai – sussurrou como se fosse para si mesmo.

Camila assentiu.

Edmund a fitou, ainda chorando.

– Eu amo você! Sabe disso, certo? Vou amá-la sempre!

Ela assentiu novamente, também chorosa.

– Eu também te amarei sempre.

– Quem é o mais velho? – ele perguntou, voltando sua atenção para os bebês em seus braços.

– O que está em seu braço direito – respondeu ela.

Sem conseguir se controlar, outra risada saiu de sua garganta.

– Então, este é Jonathan – Edmund afirmou, ele e Camila já haviam decidido os nomes, caso fossem gêmeos ou se fossem meninas, ou um menino ou se fosse uma menina. A esposa apenas assentiu sorrindo. –, e este em meu braço esquerdo é James.

– Sim – afirmou ela, chorando, emocionada.

Edmund sorriu abertamente para ambos os filhos antes de ditar as seguintes palavras:

– Sejam bem-vindos a este mundo, Jonathan e James Bridgerton!

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