parte 2 (final)

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!AVISO! SE VOCÊ É SENSÍVEL A GATILHOS. NÃO LEIA ESTE CAPITULO E PASSE PARA O PRÓXIMO!


Quando você tem uma foto explicita sua, onde não só as fotos, mas o seu nome e a faculdade onde estuda, publicada na internet, para todo mundo ver, quais deveriam ser suas reações? Gritar? Denunciar? Chorar? Provavelmente essa seria a reação, mas no momento em que me enviaram o link, aquele link idiota, onde tinha não só uma, mas várias fotos minhas, meus únicos pensamentos foram:

Todo mundo vai ver você, zombar de você, odiar você.

Você nunca vai entrar em uma faculdade de direito.

Você nunca vai conseguir uma bolsa de estudos.

Você nunca será juíza ou ganhará uma eleição.

Só depois desses pensamentos eu me permiti surtar. Abaixo as fotos, tinha uma legenda dizendo: Meu nome é Elisabeth Cooper! Sou uma vadia mesquinha que precisa ser COMIDA!

A pagina tinha 356 comentarios.

Trezentos. E cinquenta. E seis.

E é com esses pensamentos que eu estou me olhando no espelho do banheiro de jughead. Ah, eu não contei? Estou morando com jughead, nada melhor do que ter uma desabrigada morando na sua casa e usufruindo das suas coisas.

Eu estava magra, meus cabelos loiros estavam sujos. Estava com olheiras profundas em baixo dos olhos.

Nos últimos 10 dias, eu fui rejeitada pela minha família, pelos meus amigos, pelo polícia, sim, eu fiz uma denúncia para a polícia, mas eles não tinham "provas concretas" de quem havia feito isso. Aquele papo mongol que os polícias sempre fazem quando não estão nem ai para a ocorrência.

Merda, Nate. Você estragou a minha vida.

Será que alguém sentiria a minha falta? se eu morresse alguém se importaria?

Meu futuro, meus amigos, minha família, eu perdi tudo. Não tenho mais nada a perder.

É nisso que eu penso enquanto olho para as lâminas recém tiradas da embalagem.

Então é isso. Vamos lá, você consegue, um. Dois. Trê...

Me assusto com batidas fortes na porta.

-- Betty? Betty, eu li a carta que você deixou. Por favor, não faz isso. Você é forte, vamos conseguir enfrentar essa merda toda, juntos.

Merda, ele tinha chegado mais cedo.

-- eu não consigo jug, você não sabe como é, andar pelo campus, todo dia, sabendo que as pessoas estão falando de mim pelas costas, me chamando de tudo quanto é coisa. Sabendo que tem fotos minhas, nua, espalhadas pela internet. Eu não tenho mais nada, jughead. Nada-digo com a voz abafada pelo choro.

-- isso é verdade bee, eu não sei como é, mas eu imagino como deve ser. Mas, betty, não deixe aquelas fotos definirem quem você é, você não é nada disso que falam de você, você é uma mulher incrível, com um potencial enorme e vai ser uma grande advogada um dia. Betty, essas fotos estão na internet, e provavelmente nunca vão sair dela, mas você vai supera, nós vamos superar. Por favor, betty. Fica comigo.

Eu realmente queria, mas eu não suporto mais, eu não consigo. Não tenho mais um motivo para continuar viva.

-- Jug... eu não consigo. Não posso. Você não merece ter um peso nas suas costas. Sinto muito.

Tomei coragem e afundei a lâmina nos pulsos. Doeu muito, eu dei um grito, mas com o tempo eu fui ficando fraca pela falta de sangue e desmaiei no chão. Com jughead esmurrando a porta tentando desesperadamente arrombar. Não sei se ele conseguiu, não estava mais acordada para ver isso.

Me chame de egoísta, mas era historia não começou com "era uma vez" e certamente não vai terminar com "felizes para sempre"

então gente, será quela morreu? bom, eu deixei o fanal em aberto, então vocês que escolhem acreditar se ela morreu ou não.

caso queiram ler um final mais fofinho e só passar para um próximo capitulo.

ALONE - BUGHEADOnde histórias criam vida. Descubra agora