Tempestade De Pregos

Irredutível

17 de Fevereiro de 2003

River Richards

Empire Richards

 Em frente as janelas do meu escritório que vão do chão ao teto, admiro a linda vista que apenas a Califórnia pode oferecer. Me viro e encaro minha enorme escrivaninha moderna de madeira escura, que seis pessoas poderiam comer confortavelmente ao redor. Combinando a mesa de café com o sofá. Todo o resto é branco, teto, pisos e paredes, exceto, a parede perto da porta, onde estava um mosaico pendurado de pequenas pinturas, trinta e seis delas dispostas em um quadrado. Elas são primorosas, pintadas com tal detalhe preciso que parecem com fotografias e logo ao lado um quadro um pouco exagerado da época que fui Coronel. Exibidos juntos, eles são de tirar o fôlego.

 Me sento em minha enorme e confortável cadeira giratória, a viro para observar a chuva rolando pelas enormes janelas de vidro que vai de uma ponta a outra da sala, onde foi que eu errei? Me sinto tão, solitária. Fecho meus olhos. Desejo que algo ou alguém me tire dessa solidão

- Com licença River! - me viro para encarar Ana - Seu irmão Daniel está aqui, o deixo entrar? - minha secretária com seus cabelos cumpridos e loiros diz da porta com metade do corpo para dentro da sala 

- É claro Ana - me levanto e ajeito minha camisa, estou usando o clássico, camisa social, e calça cós alta, ele entra com seus passos de dançarino, dou a volta na mesa e vou até ele, o cumprimento com um aperto de mão e logo após um abraço

- Uau, você aqui? - na última vez que vi meu irmão aqui tive que tirar literalmente o Príncipe da cadeia - Quem preciso tirar da cadeia? - digo sorrindo e lhe apontando uma das cadeiras que estão em frente a minha mesa

- Ninguém! Por enquanto - ele sorrindo vai até uma das cadeiras e se senta - Um amigo, esta sendo chantageado, uma família esta o chantageando em troca de dinheiro, a chantagem é que vão aos tribunais se ele não der a quantia que pedem

- Realmente isso é grave! - me levanto e vou até a mesa de café, os dois sem açúcar ou adoçante, temos isso em comum, entrego um café para ele

- Por isso precisamos tanto de você, você é a melhor do escritório - ele leva seu café a boca - Já estamos nós preparando para algo muito maior, essas pessoas são vigaristas River, elas não se importam em passar por cima das pessoas por dinheiro 

- Eu imagino Daniel, mas, não precisar ser eu, eu não sou a melhor como você diz, tenho os melhores advogados do pais aqui! Posso te indicar os melhores! - ele passa a mão pela cabeça, Daniel é um cara objetivo e teimoso, se ele decidiu que é algo que ele quer, então, ele vai fazer o impossível para ter o que ele quer, não vai ser fácil dispensar esse caso, eu odeio casos assim, a imprensa me ataca sem piedade

- Você não entende! Precisamos de alguém sem ambição, você não tem ambição, já alcançou tudo que queria! Poder, riqueza! Devo lembrar que você ficava ótima como Coronel? - ele sorri para mim, é um sem vergonha, me bajulando para chegar mais perto do objetivo, e ele esta conseguindo porque eu amo ser bajulada

 - Ah, para de me bajular, isso não vai me convencer - sorrio - Mas... Qual é o caso? E quem é o amigo?

- O Michael está sendo acusado de pedofilia, de novo! - ah não, de jeito nenhum

- Não! - me sento em uma das cadeiras que ficam em frente a minha mesa - Obrigada por entrar em contato mas não tenho interesse nenhum em defender este homem - digo enquanto "movo" minha cadeira de escritório de lá pra cá

- Ele é inocente River e você sabe disso, o conhece! - diz ele se levantando - Por favor River, precisamos de alguém como você! Ele finalmente quer ir à julgamento encerrar essa história de uma vez por todas! Terá um bom pagamento por seu serviço River, pode doar o dinheiro depois!!! Precisamos de você, você é a melhor e - ele faz uma pausa - Ele faz questão