Desamor

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Mansão Richards

28 de Maio de 2005

11:46

 Mesmo estando muito balançada com as palavras dele, apenas arqueio uma sobrancelha, ele me da um sorriso triste, solta a minha mão e pousa as mãos sobre o joelho, ele abaixa a cabeça, respira pela boca e volta a me encarar com os olhos inundados, sinto algo estranho, sinto vontade de o abraçar e o proteger do mundo, o abraço muito forte o trago para o meu peito, ele coloca seus braços ao meu redor e me aperta, ele chora como uma pequena criança, um choro preso por tempo demais, faço carinho em sua cabeça, as lagrimas molham o decote em v do meu vestido

- Eu estou aqui - eu digo baixinho e ele afunda o nariz em minha pele, as lágrimas invadem meus olhos, ele é um homem tão forte, o ver chorar assim acaba com qualquer pessoa

- Por que estão fazendo isso comigo River? - ele diz entre choro e me aperta mais em seus braços - Eu nunca fiz nada errado - ele chora mais alto - Eu nunca fiz mal a ninguém - ele diz entre soluços

- São pessoas ruins Michael, muito ruins - beijo o alto da sua cabeça e o aperto contra meu peito, ele fica por alguns minutos em silencio, escuto apenas seus frágeis soluços, acaricio sua cabela e fecho os meus olhos, como eu queria pegar toda essa dor pra mim.

13:58

- Menina? - escuto a voz de Rosa, abro os olhos, ela esta de pé ao meu lado - Dona Jéssica esta na sala esperando por você! - ela diz e se retira bem devagar, Michael se espreguiça o solto para que ela tenha mais espaço, não acredito que eu estava o abraçando esse tempo todo, ele me encara com um olhar cheio de amor, volto a passar osdedos preguiçosamente pelos cabelos dele

- Eu estou muito feliz que você veio - digo sorrindo para ele que coloca as duas mãos sobre o rosto e da uma risadinha

- Não tem ninguém nessa casa não? - Jéssica grita da sala, faço uma careta e Michael se levanta depressa, abre as portas do escritório e se retira, me levanto, me ajeito e vou atrás dele, eles estão se abraçando e se cumprimentando, ele ola para mim um pouco envergonhado, sem dúvida ela disse algo para ele, vou até eles com passos lentos, antes de eu chegar ele se senta no sofá a frente do que ela esta e arruma seus cabelos

- Oi monstrinho! - digo firme e ela ri, me sento ao seu lado - O que a trás aqui em minha humilde casa? - digo em tom de ironia, ela sorri

- Eu tive uma ideia! - ela diz empolgada, cruza as pernas e olha para nós dois - Que tal uma festa já comemorando a vitoria que esta por vir? - ela diz muito animada, Michael parece ter gostado da ideia me olha sorrindo como uma criança reforçando o pedido do coleguinha a mãe dele

- Eu não sei não gente - digo cruzando os braços e me encostando completamente no sofá - Isso vai cheirar a provocação - Jéssica olha debochada para mim e se levanta

- Vai me dizer que você ta com medo? - ela diz ironicamente cruzando os braços

- É claro que não é isso Jéssica! - digo firme - Só não acho que seja uma boa ideia, já sabemos como são as suas festas, estamos tentando mostrar o verdadeiro lado de Jackson, um homem carinhoso, que gosta de passar tempo com a família e que não é desses de festinha! - eles se entre olham e sorri

- Acho que só um "coquetel" não faria mal - ele diz e arqueia uma sobrancelha para mim, me levanto e vou até Rosa que esta trazendo uma bandeja de sucos, a pego e levo até a mesinha de centro, cada um pega um copo - Acho que seria uma boa maneira de se despedir de Neverland de um jeito adulto já que não é um lugar sagrado graças a policia - ele diz levando o copo comprido até a boca - Alias, estamos passando um tempo lá, para as crianças aproveitarem o máximo que puderem

Tempestade De PregosOnde histórias criam vida. Descubra agora