Pensando em nossa história de amor, eu abri meu armário, guardando os livros grossos lá e puxando meu casaco cuidadosamente guardado. Vesti-o antes de pegar a pasta que precisava levar para casa. Então, eu só fui em direção a saída.
Estava passando ao lado do vestiário quando minha visão foi cortada por uma mão pesada, que me puxou por trás e cobriu meus olhos e boca.
Tentei gritar, claro, mas não consegui por estar sendo calado por dedos finos e longos. Ofeguei totalmente surpreso e meu coração já palpitava assustado.
Seria agora que finalmente me dariam um soco no meio da fuça?
Minha mente já trabalhava nas possíveis fugas que eu poderia dar naquela situação de merda. Eu precisava urgentemente de um plano. Então, a primeira coisa que fiz foi abrir a boca e morder com força a mão que tampava meus lábios. Em seguida eu gritaria, obviamente.
— A-au! Hyung! — Fui solto de imediato e virei-me na direção do agressor.
Que na verdade, não era agressor algum.
— Oh! Jeongguk!
Não creio que finquei os dentes violentamente no meu quase-namorado!
Jeon encarava sua mão e tinha uma leve expressão dolorosa no rosto. Ofeguei encabulado e só pude me sentir mal pelo mais novo.
— J-Jimin hyung, os seus dentes são... Muito afiados — choramingou, uma meia careta dolorosa em sua face. Logo larguei a pasta de plástico sobre o banco de madeira que havia naquele cômodo, indo até ele.
Não era a primeira vez que Jeongguk me puxava daquele jeito para algum lugar. No entanto, por estar duas semanas fora para o campeonato estadual, não esperava tê-lo fazendo isso novamente tão cedo. Esqueci totalmente que o jogo de ontem havia sido o último.
— Céus, eu não sabia que era você, Kook! — Segurei-lhe o pulso, vendo claramente a marca dos meus dentes na palma de sua mão. — Perdão. Perdão. — Trouxe-a comigo até meus lábios, enchendo de beijinhos por sobre o machucado.
Ouvi-o rir baixinho e levar a outra até minha cabeça, afagando com carinho.
— Tudo bem. — Ele me segurou com ambos os braços, me abraçando e aconchegando meu rosto em seu peito.
— Eu não sabia que havia voltado — confessei, olhando para si sem desfazer o enlaço. Tão masculino naquelas vestes. — Você me assustou — disse, deixando-me ser puxado para o cantinho do vestiário por ele.
Jeongguk estava com as madeixas levemente úmidas e o uniforme de vôlei, provavelmente chegara no colégio há pouco tempo, se banhou e já teria outro treino. Eu me preocupava com o mais novo sempre. Sei lá, era muita pressão e exercícios, não?
Mas Jeon sempre me confortava, dizendo que tudo estava bem e que ele curtia uma correria. Então, eu procurava não ficar tão apreensivo.
— Bem, não é como se eu houvesse te avisado que voltaria. — Sorriu um pouco. — Você. É. Um. Tigre — disse, me mostrando outra vez sua mão. Por Deus, havia ficado totalmente marcada.
Escondi o rosto em minhas mão ao que ele ria baixinho. Suspirei constrangido e deixei-o tirar meus óculos, como sempre fazia.
— Desculpa — pedi, outra vez, lhe olhando no rosto. Ele estava meio embaçado, mas continuava bonito. Ainda mais quando chegou perto e pude vê-lo melhor. Uau.
— Hum? Eu gosto. — Jeongguk só podia ser um masoquista por gostar de mim. É sério. — Olha, Park Jimin hyung, vou te mandar a real. Só irei desculpá-lo quando me olhar. Hum? — disse, afinal, eu ainda estava totalmente escondido por trás de minhas mãos.
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Um clichê nem um pouco clichê {kookmin}
FanfictionToda vez que eu penso no meu quase-namorado Jeon Jeongguk, eu rio um pouco e confirmo comigo mesmo que, com certeza, nós somos um grande clichê. Porque Jeongguk é o capitão do time, é popular e é bonito, e eu sou um nerd esquisito, quieto e esquecid...