Vagueando no tempo

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Vagueando nas áreas do tempo
Em solidão
Fugindo da própria vida.

Sem abrigo
Dormindo ao relento
A voz que clama no deserto.

Sou feito de mim mesmo
Sou o fim de um mal começo
Dizem que sou desprezível.

Ai... Ai como dói.

Se houvesse reciclagem para mim
Mas não, não há, e não haverá.

Em suma, passo noites em branco
Enquanto minhas lágrimas são derramadas.

E pela manhã, quando a neve cai
Desejo ser
Mais branco do que a neve
Mas a esperança morre quando ela some.

E quando a ingrata barriga
Vem cobrar o que não lhe devo
Humildemente peço esmolas.

Quão tola é minha mente
Que mesmo sabendo dos resultados
Arrasta-me em ir procura de pão.

Ainda assim,
nem migalhas consegui
Pois percebi quão miséravel sou
Contudo até os cães têm o que comer.

Kaweto

Poemas da almaOnde histórias criam vida. Descubra agora