My little persian cat

Eu te avisei

Eu te avisei meu gatinho, que não podia aceitar ninguém pois estava quebrando.

Insisti que não era e nunca fui o suficiente para cuidar de um amor, mas mesmo assim você persistiu em mim, você desacreditou.

Meu pobre gatinho, nunca serei capaz de cuidar de alguém tão brilhante e de protegê-lo completamente, como você fez comigo.

Parecia tão ingênuo, por quê me fez isso?

Você me despertou sentimentos que não deveriam ter existido, e eu me avisei.

Fiz questão de alertar a mim mesmo que você seria tão passageiro quanto os outros que me quebraram.

Mas não, você não foi passageiro.

Além de persistir em mim, me envolveu em cuidados, ronronou-me textos de amor, que soavam como poemas.

Não sabia como retribui-los e agora me culpo por isso, perdoe-me.

E me peça perdão.

Porque me fez suspirar sobre seu pelo que me propagava afeto, me fez sentir o peso das noites em claro em que me despertou.

Mas gatinho, eu me avisei.

Eu entendia que esse tipo de coisa sempre estava destinada a acontecer comigo.

E mesmo assim, pequeno. Não fui capaz de me acostumar com essa dor.

Mal sabe você que foi o único que me fez amar de verdade, que por muito tempo fez com que eu desacreditasse de mim mesmo por isso.

Por que insistiu em ficar por um período longo se me abandonaria?

Não seria melhor, se não tivesse me encontrado, me seguido, me encantado?

Meu doce gatinho, você deveria ter brincado para sempre com sua bolinha de lã no interior vermelho do meu coração.

Você deveria ter me dado mais vezes a preciosidade de saber como foi o seu dia.

Você deveria ter tido pena de um tolo que só soube te dar amor, desde que te nomeou como Persa, meu amado gatinho.