Parte 1: Capítulo 2

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Praça
18:15

Eleonora observou todos descerem do ônibus e então pegou a sua mala sendo acompanhada por Grizz enquanto digitava o número de seu pai, porém caía diretamente para a caixa postal.

"Cadê os nossos pais?" escutou alguém perguntar.
"Okay, ótima pergunta." Cassandra ressaltou observando o local "Devem ter saído por causa do cheiro, qual é gente, ficamos seis horas fora." falou calmamente.
"Deve ser isso." Eleonora falou, apoiando pela primeira vez Cassandra "Só vamos cada um pra sua casa, que é mais inteligente do que um bando de adolescente ficar aqui no sereno."

Em uma concordância geral cada um pegou as suas coisas e seguiram lentamente para casa assim dispersando e deixando Eleonora sozinha na Praça.
A garota ponderou por alguns segundos e seguiu para Prefeitura, onde tudo estava apagado e isso a intrigou, a obrigando silenciosamente ir para casa em passos rápidos.

"Dorotéia?" gritou assim que entrou na casa.

A Governanta trabalhava deste dos três anos de Eleonora na casa dos Thorton, e morava lá deste que o seu marido faleceu para o câncer, e era tratada como se fosse da família.
Mesmo com o pai de Eleonora sendo o prefeito da cidade, os três moravam em uma casa simples de dois andares, o maior luxo que tinham era a piscina nos fundos da casa que havia sido projetada antes da morte da mãe de Eleonora.

"Pai?" voltou a gritar "Alguém?"

O carro continuava na garagem e o desespero tomou conta de cada partícula do corpo de Eleonora, ela estava sozinha, seu pai havia sumido assim como Dorotéia e por alguns instantes ela percebeu que todos estavam sozinhos.

Residência dos Pressman
18:57

Eleonora deu três socos na porta, no quarto soco Cassandra abriu a porta assustada. Tinha o mesmo olhar de terror que Eleonora tinha, e a menina entendeu, mesmo sem palavras que no momento elas estavam fodidas.

"Ninguém." Eleonora falou sentindo os seus olhos arderem.
"Como assim?" Will perguntou, com um pouco de medo da resposta.
"Eu fui no Gabinete, estava vazio, a Dorotéia sumiu, meu pai não atende o telefone." falou "Todos os adultos sumiram."
"Isso não é possível." Cassandra murmurou, mas ela sabia que era "Eles devem ter ido para algum lugar, por causa do cheiro."
"E deixaram os carros?" perguntou levemente alterada "E as roupas? Dinheiro? Documentos?"
"E oque a gente faz?" Allie perguntou.
"Devemos falar com todos." Cassandra falou "Nora, manda mensagem pro Grizz e pede pra ele mandar pros meninos, vamos todos para a Igreja."

Me encontra na frente da Igreja, chama os meninos e pedem pra eles encaminharem a mensagem para todos.
Ells.Xxx

"Pronto." murmurou.

Igreja
19:21

"Quem teve a idéia de fazer um flash mob?" Grizz perguntou ao meu lado.
"Eu." Cassandra respondeu.

Cassandra subiu a escadaria ficando em uma área visível para todos ali que esperavam uma resposta, coisa que ela não tinha.

"É melhor todo Mundo aqui do que duzentos adolescentes desesperados mandando mensagens uns para os outros." falou óbvia "Alguém conseguiu falar com eles?"

Todos levaram com a cabeça e alguns murmuravam 'não' em tom de choro, e eu sentia que iria entrar para as pessoas com tom de choro.

"Ninguém... beleza, tipo, deve existir uma explicação simples." Cassandra falou decidida "Tiveram que evacuar tudo por algum motivo, e oque rolou foi uma falha de comunicação."
"Infelizmente eu tenho que discordar Cassandra." Eleonora falou "Meu pai é Prefeito, ele ia ter que ficar aqui, é o trabalho dele."
"Existem falhas de comunicação, como agora Nora." falou suave "Acho melhor não continuarmos aqui, vamos resolver de manhã."
"Porra, trouxeram a gente aqui para nos mandar de volta para casa, que legal meninas." Harry debochou.

Eleonora revirou os olhos vendo os dois meninos do time de futebol irem até a porta da Igreja, e por um momento ela pressentiu oque eles iriam fazer e correu até eles.

"Não venham me falar que iam fazer xixi na parede da Igreja." falou dando um tapa em cada.
"Não na parede." Clark se defendeu.
"Mais lá dentro." Jason falou abrindo a porta.
"Não ousem." rosnou.

Os meninos trocaram olhares maliciosos ao mesmo tempo que gritavam um enorme, alto e sonoro 'FESTA'. Em poucos segundos o salão da Igreja estava lotado, e em poucos minutos já haviam pessoas bebendo do lado de dentro e escutando músicas que denifitivamente não eram adequadas para aquele lugar.
Eleonora trocou um breve olhar com Allie, entendendo oque a menina queria dizer, se não pode com eles, junte-se a eles.

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