Part I

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Sammy checava sua bolsa a cada cinco minutos se havia esquecido alguma coisa importante, e por mais que não tivesse, tinha a impressão de que sim. Ela batucava os pés incansavelmente no piso claro da sala de espera do prédio.

Quando em sua vida imaginava que estaria ali entrevistando o dono de um dos maiores conglomerados da Coreia, e do mundo?

Sammy começou a ler novamente a ficha que tinha feito para a entrevista, não podia errar ou deixar escapar algum detalhe. Aquele era um momento único e importante que chegava a ser surreal, eles quase nunca abriam entrevista exclusiva.

O Kim’s era um grupo respeitado e abrangia várias áreas. Restaurantes conceituados por críticos do mundo inteiro a ponto de reservas terem que ser feitas, no mínimo, dois meses antes tinham sobre a direção Kim SeokJin, o mais velho dos primos Kim. Com a investigação que teve que fazer, Sammy descobriu que ele era o único a possuir uma esposa e filhos.

A área artística e do entretenimento era dirigida pelo caçula Kim TaeHyung. A agência Vante era responsável pelos maiores nomes da música da atualidade, além do ramo fotográfico e do mundo da moda. TaeHyung, ou V como era conhecido nesse ramo, era cavalheiro e simpático com todos... principalmente com as mulheres. Ao contrário dos seus hyungs, TaeHyung possuía uma vida bastante boêmia nas noites e bares de Gangnam e Hongdae, se envolvendo com algumas cantoras e atrizes.

E por último, não menos importante, Sammy começou a ler a ficha de Kim NamJoon que era nada mais nada menos que o dono de tudo, “Boss dos Boss" como apelidou a jornalista em suas pesquisas. Ele era considerado o dono de todo o império que os Kim’s possuíam e investia em escolas, universidades, bibliotecas e hospitais. Sua vida amorosa não era exposta como dos seus primos, o que deixava Sammy ainda mais intrigada.

– Senhorita Sá – chamou a secretária – Eles irão te atender agora.

– Obrigado – falou se levantando e curvando a cabeça em agradecimento.

Apesar de estar a algum tempo na Coreia, Sammy ainda achava estranho alguns costumes...e se curvar a quase 90° graus era um deles. Como os coreanos não tinham dor na coluna?

Deu uma rápida olhada em si mesma pelo visor do celular apagado, viu se a bandana que prendia os cabelos cacheados estava no lugar. Foi em direção a porta escura da sala da presidência, que pertencia a NamJoon, soltou uma lufada de ar antes de abrir a mesma.

– Você consegue Sammy – disse baixinho consigo mesma em uma espécie de mantra, e com a coragem que ainda possuía, abriu a porta.

Dimple - Kim Namjoon Onde histórias criam vida. Descubra agora