POV YOONGI
Kim Taehyung estava estranho.
Eu não sabia o que estava acontecendo, mas nada podia me tirar aquela sensação da boca do estômago de que ele escondia algo.
Ou talvez eu estivesse com úlcera, de verdade dessa vez.
Tinha começado três semanas atrás. Ele tinha acordado normalmente pra trabalhar, enquanto eu tirava mais uns minutos de cochilo no tempo que ele levava pra tomar banho. Depois de dois anos morando juntos, já era uma rotina nossa onde eu era o que dormia até o último segundo.
Ele me acordou, e foi aí que eu percebi que tinha alguma coisa esquisita. Geralmente eu era acordado com o peso grande dele caindo em cima de mim e me enchendo de beijos, o que eu reclamava só por costume, já que era ótimo, mas dessa vez ele sacudira o meu ombro e murmurara meu nome até eu levantar.
Eu o olhei confuso, mas ele apenas sorriu e me deu um beijo de bom dia. Isso se repetiu por três malditas semanas, e a cada dia ele parecia esconder mais alguma coisa de mim. Talvez eu estivesse com paranoia, mas eu não era paranoico, só hipocondríaco.
Não entendia porque ele esconderia algo de mim, sendo que sempre contávamos tudo um para o outro.
— Cara, acorda. — a voz de Jackson me tirou dos meus devaneios. Olhei pras minhas mãos e me dei conta de que tinha parado de fazer o composto e apenas encarava o béquer. — Que foi? Você tá estranho o dia inteiro.
— Nada demais. Estava apenas pensando numas coisas. — eu disse, tentando espantar os pensamentos pessimistas.
— Problemas na paraíso Taegi? — Jackson perguntou se encostando na bancada e me encarando com um sorriso amigável.
— Não. — respondi rápido demais. — Quer dizer, talvez. Não sei. — suspirei, frustrado. — Esquece. É só coisa da minha cabeça. Estamos bem.
— Relaxa, Yoon. Você já tentou conversar com ele? — Jackson perguntou.
— Não. O que eu deveria dizer? "Hey, você está me escondendo alguma coisa?", não obrigado. — disse desanimado.
— Por que não?
— Porque, se ele estiver realmente escondendo alguma coisa, ele deve ter um motivo. A gente sempre conta tudo um pro outro.
— Se é assim, por que você está tão preocupado?
— Me preocupo pelo que pode ser tão importante pra ele esconder de mim e porque esconder. — rodei os ombros pra dissipar um pouco da tensão neles.
— Sabe qual é a única forma de você parar de se preocupar com isso?
— Eu já disse que não vou perguntar, Wang.
— Ok, cara. Você que sabe. Mas pense nisso.
Eu suspirei e voltei o foco para o que estava fazendo. Definitivamente não ia pensar nisso.
***
Um mês.
Eu estava ficando maluco já. Sério, qual era o problema com Taehyung? Eu estava prestes a me convencer a falar com ele.
Estava prestes a encerrar meu dia no laboratório quando recebi uma ligação dele.
— Hey, babe, desculpe, vou chegar tarde hoje. Não precisa fazer comida pra mim, eu como alguma coisa por aqui.
— Está tudo bem? — perguntei preocupado.
— Sim, é só que eu estou com uma pilha de relatórios pra corrigir e só parece acumular, então vou fazer umas horas extras.
A voz dele parecia um pouco cansada e eu fiquei preocupado.
— Que horas você chega? — perguntei.
— Antes da meia-noite, eu acho. Não se preocupe, vou dormir abraçadinho com você.
Sorri divertido.
— Ok. Não se esforce demais.
— Pode deixar. Te amo.
— Também te amo.
Ouvi o risinho dele antes de desligar o telefone e encontrar Jackson me encarando.
— Vocês são tão fofos que me dá vontade de vomitar. — ele disse. Bufei.
— Fala o cara que paparica o marido com tudo que pode.
— O que posso fazer? Mark merece o mundo. — ele disse todo bobo.
— Babão. — zombei. Jackson deu de ombros, rindo.
— Silêncio que você não é muito melhor. — ele mandou. — Mas, já que seu benzinho vai demorar, que tal você vir comigo e com Mark hoje? Vamos jantar e beber um pouco.
— Claro. Melhor que fazer comida só pra mim.
***
Cheguei em casa meio tropeçando e caí no sofá, a cabeça girando. Rindo para a escuridão, de repente lembrei do primeiro encontro que eu e Taehyung tivemos.
*
Foi no dia daquele pedido de namoro esquisito, quando ele me puxou pela mão no final da aula, ignorando os comentários dos nossos amigos sobre sermos um casal de coelhos. Fora horrível ser o alvo das piadas deles o dia inteiro por conta das marcas nos nossos pescoços. Aparentemente a gola do meu suéter não conseguira esconder tudo e Taehyung nem fizera uma tentativa, deixando as dele à mostra para quem quisesse ver.
Enquanto Taehyung me arrastava pra fora da universidade, eu perguntei para onde estávamos indo com pressa, mas tudo que ele fez foi sorrir pra mim, o que me deixou confuso e com expectativa. Pegamos um táxi para o shopping, o que me fez perguntar se íamos assistir um filme ou algo assim.
Ele olhou na direção do taxista, se certificando de que ele não estava prestando atenção em nós, e me deu um selinho, murmurando no meu ouvido em seguida:
ㅡ Eu não assisto um filme com você pelos próximos seis meses.
Eu ri alto.
ㅡ Qual é, foi só um filme de terror. Você está vivo, não está?
ㅡ Não graças a você.
ㅡ Dramático. ㅡ fiz beicinho, fingindo estar magoado. Ele sorriu e me deu outro selinho, o que estaria tudo bem, se ele não tivesse continuado e começado a me beijar de língua. Dentro do táxi. Eu o empurrei quando lembrei onde estávamos e o soquei sem força no ombro, olhando de rabo de olho na direção do motorista. Nossos olhos se encontraram pelo retrovisor e ele os desviou rapidamente, desconfortável. Bati em Taehyung outra vez, mas ele apenas riu, abraçando meus ombros e traçando um caminho perto da minha orelha com o nariz, o que me arrepiou inteiro. Sua respiração fazia cócegas em mim e as borboletas no estômago estavam me deixando sem ar. Pus a mão em sua coxa e apertei, dando um aviso silencioso de "pare" pra ele, que ele felizmente acatou. Eu não sei o que poderia acontecer se ele continuasse com aquilo ali, mas não estava disposto a arriscar.
O táxi saiu praticamente cantando pneu depois de nos deixar na porta da frente do shopping e Taehyung só riu, como se não se importasse nem um pouco. Eu ainda estava corado com a olhada torta que o motorista deu pra gente na hora de pagar.
ㅡ Então, onde a gente está indo? ㅡ perguntei.
ㅡ Comida. Eu estou morrendo de fome. ㅡ Taehyung estendeu a mão pra mim e eu a peguei, apesar de relutante. Nós dois andando de mãos dadas com certeza chamaria atenção e eu odiava isso, mas também não queria soltar a mão do meu namorado.
Namorado.
Sorri mínimo. Não achava que fosse me acostumar fácil em chamar Taehyung assim.
Era começo de semana, então não tinha muito movimento, coisa que eu agradeci. Nós caminhávamos devagar, olhando as vitrines, até chegar na praça de alimentação.
ㅡ O que você quer comer? ㅡ Taehyung perguntou. Pensei por um segundo.
ㅡ Um hambúrguer bem grande com bastante batata frita e um suco, porque eu estou de dieta. ㅡ brinquei, fazendo ele rir.
ㅡ Então assim será. Você pede os hambúrgueres e eu vou atrás de uma sobremesa, que tal? Um bolo de chocolate? Com morango? ㅡ Minha boca salivou ao pensar nisso e eu assenti com vontade. ㅡ Ok, então. Peça pra viagem. Te encontro aqui em uns vinte minutos?
ㅡ Nós vamos comer em outro lugar? ㅡ perguntei.
Ele piscou pra mim, sorrindo, e soltou minha mão. Vi que não receberia uma resposta. Não sei porque ele estava fazendo mistério.
~
A fila estava grande e eu demorei mais que vinte minutos esperando, então quando voltei para o lugar onde estávamos, Taehyung já estava esperando. Ele sorriu assim que me viu e estendeu a mão, a qual eu peguei, me arrastando por todo o caminho para fora do shopping. Havia um parque do lado e Taehyung estava me guiando pra lá, o que era bom porque nos daria privacidade. O sol já estava para se pôr quando sentamos na grama, debaixo de uma árvore, e assistimos ele desaparecer no horizonte enquanto comíamos. As luzes do parque foram se acendendo aos poucos e as pessoas indo embora, deixando nós dois à sós. Taehyung, sentado do meu lado, apoiou a cabeça no meu ombro, me fazendo sorrir.
ㅡ O quê? ㅡ ele perguntou.
ㅡ Nada. É estranhamente familiar nós fazermos esse tipo de coisa. Você costumava me arrastar pelos lugares assim no ensino médio, sem me deixar saber onde íamos.
Ele riu baixinho.
ㅡ Verdade. Lembra daquela vez que eu fiquei com vontade de ir no aquário do nada e fiz você matar aula comigo?
ㅡ Claro. Levei uma bronca da minha e da sua mãe por isso. ㅡ eu disse. Ele riu mais alto.
ㅡ Elas brigaram mais com você do que comigo. ㅡ zombou. Dei de ombros. Não que eu tivesse me importado. Taehyung tinha parecido tão feliz ao olhar pras atrações que valera a pena toda a bronca que eu recebera. ㅡ Agora que eu penso melhor, eu lembro que eu queria ter segurado sua mão lá. ㅡ ele disse com a voz baixa. Eu virei o pescoço para olhar nos olhos dele, já que ele ainda estava deitado no meu ombro, surpreso. ㅡ Eu vi vários casais lá, de mãos dadas e pensei "seria legal se eu e Yoon fizéssemos isso", mas eu não fiz, porque eu não tinha certeza do que exatamente eu queria com aquilo. ㅡ ele continuou, olhando nos meus olhos enquanto falava, sorrindo. Eu engoli em seco. De repente me vi reanalisando toda a nossa amizade, procurando um ponto de partida para tudo o que estava acontecendo agora, mas eu não conseguia divisar muito bem. Fazia tanto tempo que éramos amigos que eu achava que por isso demorara tanto pra percebermos que havia algo diferente entre nós.
ㅡ Acho que as coisas acontecem quando tem que acontecer. ㅡ eu disse por fim, sorrindo para ele e sendo retribuído. Taehyung ergueu a cabeça do meu ombro e aproximou nossas bocas em um beijo calmo, o qual eu prontamente correspondi. Uma de suas mãos foi para a minha nuca, segurando com firmeza quando o beijo se aprofundou e a outra foi para a minha cintura. Minhas mãos estavam em seus ombros e Taehyung foi se aproximando mais, até me fazer sentar em seu colo. Cruzei os tornozelos em suas costas e sorri em meio ao beijo, passando a mãos pelos seus braços e subindo de volta para os ombros, em uma carícia lenta. Ele prendeu as duas mãos na minha cintura, brincando com a barra do meu suéter, mas sem realmente enfiar as mãos por dentro. Ainda estávamos em público, afinal.
Eu poderia ficar beijando ele para sempre, mas a falta de ar por fim nos fez afastar. Ele colou a testa na minha, os olhos fechados e um sorriso enorme do rosto. Eu adorava aquele sorriso dele. Era tão puro e acolhedor. Abracei seu pescoço, me encostando em seu peito e deixando nossas bochechas juntas, procurando respirar normalmente. Ele me deu um beijo na bochecha, rindo baixinho.
ㅡ É tão bom ficar abraçadinho com você. ㅡ ele murmurou envolvendo minha cintura com mais força. ㅡ Eu poderia fazer isso pra sempre.
ㅡ Lá vai você de novo, me tratando como um urso de pelúcia. ㅡ brinquei.
ㅡ Não. Você é bem melhor que um urso de pelúcia. Eu não posso beijar um urso de pelúcia como eu faço com você. ㅡ ele discordou.
ㅡ Uau, o que me separa de um urso de pelúcia é a capacidade de beijar. Parabéns pra mim, eu acho.
ㅡ Bom, isso e você ser mais rabugento, preguiçoso, dorminhoco...
ㅡ Ok, já entendi. ㅡ resmunguei. Ele riu.
ㅡ Mas sabe qual a melhor parte de você, que faz com que você ganhe de todo e qualquer um? ㅡ Taehyung perguntou, me fazendo olhar pra ele curioso. ㅡ Você é meu melhor amigo. E isso faz de você o melhor namorado do mundo.
Senti minhas bochechas corarem terrivelmente e agradeci as lâmpadas por estarem atrás de mim, o que impossibilitava ele de ver a cor delas na penumbra.
Taehyung se mexeu embaixo de mim e eu me dei conta de que passara bastante tempo no seu colo, mas quando fui me levantar, ele me segurou.
ㅡ Não saia daqui. Eu só vou pegar algo no meu bolso. ㅡ ele disse. Continuei lá, esperando enquanto ele tirava o que quer que fosse do bolso, observando o modo como ele mordia o lábio. Ele parecia a pessoa mais fofa do mundo quando estava concentrado em alguma coisa, mas assim que ele olhou pra mim de forma intensa, senti as borboletas no meu estômago se agitarem. Ele ergueu a mão esquerda, segurando algo e percebi que era uma caixinha preta, daquelas que guardavam anéis. Meu coração acelerou.
ㅡ Você comprou uma aliança? ㅡ perguntei bobo, sem conseguir esconder o sorriso.
ㅡ Sim. Eu sei que o seu ideal de namoro é que eu carregue sua mochila por aí, mas eu queria algo mais substancial, pra prevenir sunbaes atrevidos de se jogarem pra cima de você. ㅡ ele disse, me fazendo rir.
ㅡ Sério, você tem que desencanar desse ciúme pelo Jin-hyung, ele até namora. ㅡ eu disse. Taehyung não se dignou a responder, apenas torcendo o nariz levemente de forma adorável. Sorri largo e dei um beijinho no nariz dele, o pegando de surpresa. ㅡ Você é muito fofo.
ㅡ Você é mais. ㅡ ele disse, me dando outro beijo. Eu o afastei antes que ele aprofundasse, olhando pra caixinha com expectativa. Ele entendeu a indireta e riu. ㅡ Sim, sim. Aqui. ㅡ Taehyung abriu, mostrando um par de alianças de prata, não muito grossas. Ele tirou uma e pediu minha mão direita, que eu prontamente dei. O tamanho era perfeito, mas isso era de se esperar, visto que eu usava o mesmo que o dele. Eu não conseguia ver o anel muito bem, por conta da penumbra, por isso depois de colocar o anel no dedo dele e ganhar outro beijo de tirar o fôlego, eu saí do colo dele, me sentando ao seu lado para poder ver na luz. Havia pequenos detalhes intrincados, como se fossem espirais triplas, e eles brilhavam na contraluz.
ㅡ É tão linda. ㅡ eu disse emocionado. Taehyung sorriu, parecendo aliviado.
ㅡ As espirais são chamadas de Triskel na cultura celta. Tem várias simbologias, mas a minha preferida é a representação de uma triplicidade: passado, presente e futuro. Você é minha triplicidade, Yoonie. Independente de tudo.
Senti meus olhos enchendo de lágrimas. Duas vezes em dois dias. Kim Taehyung ia me matar um dia. Abracei ele com força, porque não sabia como responder. Ele sorriu e acariciou meu cabelo, enquanto eu tentava segurar o choro.
ㅡ Independente de tudo, Tae.
*
Naquele dia, quase seis anos atrás, minha cabeça também girara, mas com as possibilidades de nós dois e não por causa da bebida.
Independente de tudo, nós dissemos um para o outro. Eu confiava em Taehyung. Esperaria que ele estivesse pronto para conversar sobre o que quer que fosse.
Conformado com a minha decisão, deixei a cabeça pender no encosto do sofá e fechei os olhos por um segundo.
ㅡ Yoongi? ㅡ ouvi a voz de Taehyung me chamar. Não o tinha escutado abrir a porta. Abri os olhos pra encontrar ele me encarando com um sorriso no rosto. ㅡ Babe, por que você está dormindo no sofá?
ㅡ Eu só fechei os olhos por um segundo. ㅡ murmurei sonolento.
ㅡ Você estava definitivamente dormindo. ㅡ ele disse soltando um risinho. Fiz uma careta e sentei, mas a cabeça rodou e eu teria caído de volta se Taehyung não tivesse me segurado. ㅡ Parece que alguém está bêbado.
Eu queria argumentar, mas era inegável, então apenas sorri pra ele, que balançou a cabeça, parecendo divertido.
ㅡ Jackson me arrastou pra beber com ele e o Mark. ㅡ eu disse. ㅡ Só que o Mark bebe demais.
ㅡ Como você veio pra casa? Não veio dirigindo né?
ㅡ Chamei um motorista substituto.
ㅡ Esse é o meu bêbado consciente. ㅡ Taehyung disse, me fazendo rir. ㅡ Anda, vamos tomar um banho e deitar. ㅡ ele estendeu a mão pra mim e eu segurei. Com ele me ajudando a ficar em pé, eu consegui me estabilizar o suficiente pra caminhar sozinho.
Fazia tempo desde que eu bebera tanto a ponto de precisar que Taehyung me ajudasse a tirar a roupa para tomar banho, mas ele parecia mais que feliz em fazer isso por mim, então era uma coisa boa. Ele também me ajudou a tomar banho, o que sempre acabava em outras situações tipo essa em que estávamos agora.
Eu estava de joelhos com a boca no pau dele enquanto ele gemia meu nome. Era a melhor música do mundo para os meus ouvidos. Enquanto eu passava a língua pela fenda da glande, raspando propositalmente meu dente, apenas o suficiente para ele sentir, Taehyung estremeceu e proferiu uma maldição, me puxando pelos ombros para ficar de pé. Ele me beijou com voracidade, coisa que eu retribuí com mais do que vontade. Não importava quanto tempo passasse, Kim Taehyung sempre seria meu vício preferido, meu remédio tarja preta.
ㅡ De costas, babe. ㅡ ele falou aos desprender nossas bocas. Fiz o que ele pediu, me encostando na parede. Ele ficou de joelhos, agarrando as polpas da minha bunda e as massageando com força, me fazendo suspirar alto. Quando eles as separou e começou a lamber a minha entrada, senti que minhas pernas poderiam falhar, por isso apoiei as mãos ao lado da parede, no box.
Taehyung enfiou dois dedos de uma vez, movimentando-os um pouco antes de enfiar o terceiro, enquanto eu gemia seu nome. Não precisou de muito para eu estar preparado.
ㅡ Tae... ㅡ ele sabia o que eu queria. Se ergueu e eu pulei para o seu colo. Minhas costas foram para a parede e seu membro pra dentro de mim, me fazendo soltar um gemido arrastado. Enquanto se movia pra dentro e fora de mim, ele abocanhou meu pescoço, chupando com força, me marcando. Taehyung adorava fazer isso. Dizia que minha pele era o lugar perfeito para que ele colorisse. Às vezes eu tinha vontade de esmurrar ele, mas em geral eu adorava.
Cravei minhas unhas curtas em seus ombros e comecei a me me movimentar também, aumentando o ritmo. Ele largou a meu pescoço, satisfeito com sua obra e jogou a cabeça pra trás, a boca aberta em prazer. Eu adorava aquela visão. Amava Kim Taehyung por completo.
Ele agarrou a minha ereção e começou a masturbar, com o seu ápice próximo. Nós dois éramos uma bagunça de gemidos e sussurros entrecortados. Eu gozei primeiro por conta da estimulação dupla e Taehyung prolongou meu orgasmo ao continuar surrando minha próstata, até o ponto em que eu não sabia o que era eu ou ele, pois parecíamos um só. Quando ele gozou, encostou a cabeça no meu peito, pra recuperar o fôlego, e eu acariciei seus cabelos molhados, fazendo o mesmo.
Depois de um tempo, com as respirações estabilizadas, ele me beijou e saiu de dentro de mim. Eu pulei do colo dele e terminamos o banho antes de vestirmos pijamas quentinhos e irmos deitar. Na escuridão, enquanto ele me abraçava, eu sorri.
ㅡ Tae? ㅡ chamei.
ㅡ Hum? ㅡ ele murmurou sonolento.
ㅡ Amo você.
Ele me abraçou mais forte e deu um beijo na minha nuca.
ㅡ Também te amo, Yoonie.
O apelido familiar me fez cair no sono com um sorriso no rosto.
***
No final de semana, quando eu podia dormir uma quantidade decente de horas, eu acordei por volta de dez da manhã e Taehyung já estava fora da cama. Me arrastei até o banheiro e escovei os dentes antes de sair do quarto. Assim que abri a porta soube que Taehyung estava de bom humor. O som estava ligado, ecoando uma música bastante conhecida. Sorri, sabendo que o encontraria ou na cozinha ou não lavanderia. Tentei a sorte na cozinha primeiro, e o vi lavando a louça do jantar de ontem. Cheguei por trás dele e abracei sua cintura, apoiando meu queixo no seu ombro.
ㅡ Bom dia, meu amor. ㅡ ele disse virando o rosto pra me dar um beijo rápido.
ㅡ Bom dia. ㅡ respondi. ㅡ Acordou animado hoje, huh?
ㅡ Claro, acordei e a primeira coisa que eu vi foi o amor da minha vida.
Sorri, com as bochechas corando furiosamente. Ele sempre conseguia me deixar desconcertado. Ele riu da minha reação, desligando a torneira e se virando ainda dentro dos meus braços pra me abraçar também. Ele encostou o rosto no meu e começou a se movimentar de um lado para o outro, ao som do jazz que tocava.
Taehyung adorava jazz e aquela música em particular, que ele sempre dizia ser pra mim. Eu o segui, meio desajeitado como sempre, mas sem conseguir resistir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Intolerância à Kim Taehyung
RomanceHipocondríaco de carteirinha, Min Yoongi começou a sentir umas coisas esquisitas quando via seu melhor amigo, Taehyung, se pegando com o namorado, Jungkook, e resolveu conversar com seu hyung, achando que era outra doença. Jin, já acostumado com as...