Entramos no elevador e ao chegar no segundo andar, nos despedimos. Meu celular vibrou e eu vi a foto de uma pessoa que eu não conhecia. Era uma mensagem e a pessoa se identificava como Jongdae, pai do Koji. Me apresentei como amigo da família do TaeOh e falei sobre a minha ideia de levar as crianças para brincar. O homem pareceu animado e combinamos o local mais a hora.
-Koji vai binca? - TaeOh perguntou animado enquanto me via preparar o bife e a batata frita para ele.
-Sim. Vamos papar, descasar e depois a gente vai encontrar com seu amiguinho. - expliquei e ele ficou animado.
A comida não demorou a ficar pronta e devo confessar que foi uma sensação fofa em dar a comida na boquinha do meu pupilo temporário. Ele falava de boca cheia e eu o repreendia suavemente. Depois da refeição, dei chocolate a ele e me arrependi.
TaeOh se sujou todo, mas isso se resolvia com apenas o limpar e trocar de roupa. O problema maior foi a imperatividade que a criança adquiriu ao entrar em contato com o açúcar. Minha concepção de descansar não era a mesma que a dele e por isso tive que brincar de pique- pega, pique-esconde e todas os piques que me tiravam o pique.
-Soo-hyung, tá cum vucê. - TaeOh falou ao me ver jogado no chão e ofegante. Levantei o braço e olhei a hora.
-Não tá não. Vamos tomar um banho, porque já vamos encontrar com seu amiguinho. - falei me sentando e criando forças para levantar.
Levei TaeOh para tomar banho comigo. A ideia principal era dar banho nele e depois me banhar, mas a criança me molhou toda e no fim tomamos banho juntos. Fiquei feliz que ele soubesse se limpar e eu não precisasse tocá-lo. Nunca tinha dado banho em criança e fiquei com medo de machucá-lo. Ele era muito pequenino e, ao meu ver, frágil.
Terminamos nosso banho e eu o vesti com uma bermudinha marrom, blusa de manga verde e um boné. Ele parecia a miniatura de um adulto e não resisti em tirar foto dele.
Me certifiquei se na mochilinha dele tinha água e biscoito, para caso o mesmo sentisse fome e logo saímos para brincar no parquinho. Não precisamos ir de carro, fomos a pé e assim que chegamos ao local, TaeOh saiu correndo para abraçar um garotinho um pouco menor que ele.
-Oh, você é o Kyungsoo? - um homem de olhos bem puxadinhos e bochechas fartas me perguntou. O olhei confuso. - Ah, perdoe minha indelicadeza. Eu sou Kim Minseok, pai do Koji.
-Pai? Mas eu falei com Kim Jongdae... - e deixei a frase morrer ao entender. - Desculpe minha indelicadeza.
-Tudo bem. Sei que dois pais não é muito comum aqui. Adotamos Koji no Japão e lá é menos complicado. - explicou e eu concordei.
Ficamos conversando enquanto víamos as crianças brincarem. Agora sim eu estava tendo o meu descanso. Eu estava prestes a perguntar para Minseok onde estava seu marido, quando o mesmo chegou, deu um selinho em Minseok e sorriu para mim.
-Boa tarde, Kyungsoo. - ele me cumprimentou.
-Boa tarde, Jongdae. - o saudei sorrindo.
Ficamos conversando e então TaeOh apareceu acompanhado do amiguinho. Eles estavam me chamando para brincar, porque de acordo com TaeOh, eu era um hyung legal. Fui obrigado a brincar de vários piques sem pique nenhum e no final, TaeOh enjoou e queria andar de carrinho.
-Appas, dexa andá! - Koji pedia para os pais dele.
-Vamos lá. - Jongdae falou pegando o filho no colo e indo ver quanto custava.
-Soo-hyung, quero bincá também! - TaeOh choramingava.
-Se quiser, podemos pagar o aluguel pra ele. Afinal, foi nosso filho que inventou ideia. - Minseok falou e eu lhe agradeci, mas falei que não precisava. Eu tinha dinheiro para pagar.
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Caronaê
FanfictionCaronaê é um aplicativo novo com o intuito de ajudar aos estudantes da faculdade a gastarem menos passagem. Quem tem carro, oferece carona para quem mora pelo caminho que faz todos os dias. Kyungsoo não queria usar esse aplicativo, porque tinha medo...