VI

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— Hey, boo. Segure a mão da mamãe se não você vai cair.

Louis correu até a mãe e ela o ajudou a subir no escorregador.

Depois eles andaram até em casa e ela o fez chá e lhe deu biscoitos, ele ama os biscoitos da mamãe.

Ele então saiu de casa, e ela estava chorando na porta, Louis sentia que deveria ir, ele tinha uma missão à cumprir e nada faria sentido se continuasse num lugar onde era desvalorizado.

A academia foi difícil, ele quase achou que não conseguiria, mas tudo depende da caminhada e não do objetivo. Agora ele era forte e respeitado e todos davam o devido crédito para seu serviço.

Ele poderia parar um coração e faze-lo voltar a bater.

Uma pena que não conseguia fazer o mesmo com o seu próprio.

Liam decidiu não dizer nada à Harry, ele disse que haviam sido atacados apenas e haviam tantos feridos que Louis precisou ir para a tenda cinco onde comportava mais gente.

Ele realmente estava na tenda cinco mas não tratava de ninguém. Ou fazia qualquer outra coisa.

Louis havia sido abatido com quatro tiros, dois na perna, um no braço e o outro nas costas, eles conseguiram tirar as balas, fazer com que ele continuasse a respirar mas ele ainda não havia acordado, estava num profundo coma.

Pela falta de estrutura não dava para saber se era permanente, ou apenas duraria alguns dias, pois as áreas atingidas não seriam suficientes para lhe deixar vegetando e se não o matou, não o faria agora.

Liam rezava para que ele acordasse para decidirem juntos o que fazer, se ele queria ir para o lado de Harry, e rir com ele já que ambos seriam dispensados agora sem necessitar de uma carta, mesmo que a dele tenha sido aceita.

Niall a pegou do chão, toda molhada de sangue e água da chuva, havia a sombra de um carimbo verde, ele sorriu entre lágrimas com o papel em mãos e chamou quem pudesse ajudá-los.

Harry estava preocupado, mesmo com as palavras de Liam, ele se sentia preso dentro de si mesmo, seu coração parecia que batia nas paredes de seu corpo tentando fugir ou explodir. Mas o médico não teria coragem de dizer isso à ele, Harry se arrastaria até a tenda cinco para ver Louis e gritaria até acordá-lo.

Depois de duas noites em claro, sem Louis vir o ver, ou Liam mal olhar em sua cara, Harry decidiu que iria procurá-lo.

No dia do ataque era para ele pegar o papel da dispensa, e mesmo que ele estivesse ocupado ele acharia alguns minutos para ficar com Harry, para pelo menos vê-lo. Algo não estava certo, era só isso que sabia.

Com a força adquirida nas sessões de terapia, ele se sentou na cama e alcançou a cadeira dobrada atrás da cabeceira, com certa dificuldade a abriu, e agora o maior desafio será conseguir sentar-se nela.

Ele parou por alguns segundos após ouvir um ruído mas era do lado de fora, e assim seguiu seu plano, com habilidade ficou de pé em sua perna direita e se segurando na cama virou-se de costas para a cadeira e lentamente se sentou.

Apesar das dores que sentiu depois da façanha nada superava o aperto em seu peito.

Silenciosamente ele girou as rodas com as mãos, fazendo como Louis o ensinou, ele saiu do cubículo e olhando para os dois lados na porta da tenda, Harry acelerou o ritmo dos braços.

Por algum milagre, qualquer um estava ocupado demais para parar um soldado perneta em fuga numa cadeira de rodas, e assim ele chegou até a tenda médica. Esta é muito maior que a qual ele está internado e haviam dezenas de cubículos e talvez centenas de pessoas.

you want me to warm you up? | l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora