III

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Hoje era dia de correio, quando os suprimentos que acabaram finalmente chegariam e as cartas dos familiares também.

Grande parte do acampamento, noventa e nove por cento, estava concentrado na tenda principal, ansiosos por seus pacotes e cartas

Os enfermos receberiam nas suas devidas tendas, e os dos mortos seriam levados de volta.

- Por que não está na tenda principal?

- Minha família não me manda nada, nunca. E por que você não está lá?

Eles riram.

- Alguns imprevistos de locomoção... mas, também não recebo nada de Clarence. Ele é muito depressivo.

- Compreendo.

Louis suspirou e olhou rapidamente para Harry, que já olhava para ele.

O enfermeiro se aproximou com passos lentos da cabeceira da cama, seus dedos curtos arrumaram a franja de Harry, como na primeira vez que fez isso com ele inconsciente, Styles fechou os olhos e Louis o beijou novamente, sentando no lugar vago na cama ao lado de Harry.

Os estalidos soaram baixos e tímidos, chegando aos ouvidos de Louis e o fazendo esquentar, Harry levantou a mão com certa dificuldade e a apoiou na cintura de Louis.

Tomlinson lambeu os lábios secos de Harry, os sugando e logo separando o beijo. Seus olhos se abriram devagar e focaram um no outro.

Louis se afastou, arrumando as vestes de Harry e as suas próprias.

- Eu gosto disso mais do que deveria.

Antes de Harry responder, Niall entra dentro das cortinas com uma máscara cirúrgica, nas mãos ele segura um envelope e o estende para Louis.

- Chegou para o senhor.

- O que? Obrigado, Niall.

- De nada, senhor... como está, Capitão?

- Estou sendo muito bem cuidado, soldado. Obrigado pela preocupação.

- Ótimo ouvir isso, senhor. Se me dão licença...

Eles bateram continência e o soldado foi embora, Harry olhou para Louis que olhava para a carta, ele estava imóvel.

- Quer que eu lhe dê um pouco de privacidade?

Louis sorriu fraco e o olhou.

- Não me importo que saiba o que há aqui. Só estou com medo do interior.

Harry sorriu em agradecimento pela confiança.

O enfermeiro rasgou o envelope e tirou o papel delicadamente dobrado de dentro, e então começou a ler.

"Louis, envio esta carta para avisar que seu pai faleceu em decorrência de um ataque cardíaco, estamos devastados e você está longe, se quis fugir, conseguiu. Se um dia quiser voltar, será bem vindo.

Abraço, sua Mãe."

- Eu sinto muito, Louis.

Louis o olhou e sorriu fraco.

- Bom... eu não. Deixe-me ver os pontos.

- Lou...

Harry tentou se esquivar quando Louis puxou o lençol que cobria a ferida, mas isso fez uma dor insuportável cortar seu corpo ao meio, ou ao menos, essa era a sensação.

O grito de dor que saiu de sua garganta fez Louis se encolher.

- Oh meu Deus!

Os olhos de Harry se inundaram e seu rosto se contorceu em sofrimento.

you want me to warm you up? | l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora