Capítulo 54

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Notas iniciais: Oi gente! Quero pedir mil desculpas, devia ter postado ontem, mas acontece que eu tive que sair e foi de última hora... mas estou postando o capítulo, espero que entendam.

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Alguns minutos se passaram, os ''minutos'' para Haise pareciam horas, já estava cansado de estar naquele ambiente, preso, dentro de uma cela a qual não sabia o quê poderia acontecer dali para frente, várias lembranças voltavam a tona na mente do mesmo, sendo uma delas:

Flashback On

Meu pai estava fora de controle, meu irmão tentava acalmá-lo mas nada adiantava, cada vez mais ele aumentava o tom de voz para minha mãe, que se afastava, ela estava assustada e encolhida, só observando as ações do marido.

- Eu não sei o quê deu na sua cabeça! - ele dizia aumentando o tom de voz pro lado do meu irmão, que o encarava encostado na porta, encarando meu irmão com os olhos ambar, visivelmente irritado.

- O quê tem eu seguir meu sonho?! - ele aumentou o tom de voz para o pai, deixando ainda mais irritado.

- Seguir seu sonho?! E a empresa?! Você quer ir atrás dessa idiotice! - Ele diz dando um soco na mesa, derrubando as xícaras de café que caem no chão, sons de cacos quebrados esvaziam pela sala.

Ele apenas observava tudo em silêncio, logo minha mãe se aproxima.

- Querido! Deixe ele seguir o sonho dele, vamos conversar melhor, isso não vai levar a nada.

- Eu estou arrependido! Se eu talvez tivesse educado você melhor talvez não tivesse essa ideia! Abandonar nós e ir para Estados Unidos! Você só me decepciona! Seguir essa idiotice! 

- Do jeito que o senhor fala nem parece que é mais meu pai! O senhor devia me apoiar e não ficar contra mim! O senhor só liga para essa merda de empresa! Que ela se ferre! - Ele diz mostrando irritação.

- Eu devia te considerar como meu filho?

As palavras foram o suficiente para Hajima sair da sala de cabeça baixa, sem ao menos se despedir, aquilo havia ferido o seu coração, não somente o dele mas de sua mãe e o irmão mais novo que apenas observava tudo, chorando profundamente.

O homem começa a descontar a raiva nos móveis da casa, derrubando e quebrando tudo que via pela frente, a mulher apenas olhava assustada, abraçando o filho mais novo com a intenção de confortá-lo, ele via as ações do pai, estava com medo de que acontecesse alguma coisa, seu pai sempre foi um homem muito rígido e sério, mas as vezes acabava perdendo o controle como agora, estava quebrando e derrubando todos os móveis e até mesmo a televisão, deixando em exceção  a poltrona em que o filho mais novo estava.

Ele para e solta um suspiro de cansaço, então finalmente se acalma, fitando a mulher e o filho mais novo que o olhavam surpresos e com medo.

- Haise!

Ele chama o filho mais novo, que começa a tremer as pernas e engole o soluço e vai até o pai, a mulher olha assustada.

- Vamos para a empresa! 

- Por quê?

Perguntava o mais novo, temendo a resposta do pai.

- Por quê eu estou mandando! O seu irmão não serve de nada, nem para ser meu sucessor! Agora você vai aprender como é a vida!

- Tá bom.

Ele diz com uma voz triste e abaixa a cabeça.

Meu irmão não tem nenhum valor para ele?! É isso?!

- Arrume o quê você tem de arrumar! E venha! Vou estar esperando no carro.

- Sim, Oto san.

O mais novo dizia se retirando da sala, em silêncio e indo até o quarto.

FlashBack Off

- Que merda! 

Ele dizia irritado, socando a parede inúmeras vezes, e se senta no chão deixando algumas lágrimas escaparem.

Logo nota alguém se aproximando e reconhece de longe, solta um olhar de lado, irritado.

- O quê você quer?!

- Calma, otouto.

- Por quê eu deveria ficar calmo?!

- Eu sei que você não quer nem ver minha cara, mas vim conversar.

Ele diz encostando nas grades de perto.

- Mas eu não quero conversar.

- Larga de se fazer de difícil! Não me importa, mas eu quero conversar!

- Então conversa logo, que inferno.

- Quero pedir desculpas...

- Pelo o quê? Por você ter sumido dez anos e só agora ter aparecido? Eu desculpo, pra mim você já morreu.

As palavras machucaram o coração do irmão mais velho, ele abaixa a cabeça, olhando para o chão e solta um suspiro antes de prosseguir.

- Quero pedir desculpas por tudo, eu não devia ter ido embora, otõ san tinha toda razão.

- Vai ficar se fazendo de coitadinho agora?

- Não, estou apenas arrependido... e não espero que você me perdoe, nem mesmo eu consigo fazer isso.

Essas palavras foram o suficiente para Haise se levantar e ir até as grades onde estava o irmão, o olhando tristemente.

- Eu...

Ele é interrompido, pela fala do irmão mais velho.

- Eu devia ter ficado e cuidado de você, eu agi como idiota nesses anos, mas pensei que você não ia aguentar ficar muito tempo sem mim... por isso voltei.

- Hajima san, eu fiquei dez anos sem você, isso significa que eu posso ficar mais vinte, trinta, ou cinquenta anos,sua presença não faz diferença nenhuma na minha vida.

Ele diz friamente, olhando nos olhos do irmão.

- Agora, por quê você não vai lá pra sua empresa e me deixa um pouco?

- Haise, por favor.

- Eu estou preso! Sabe qual é essa sensação?! De estar nas grades e vendo todas as pessoas sorrindo na sua volta, eu estou preso faz anos, não me refiro a essa porcaria.

- Me desculpe, se você não quer me ver vou respeitar seu pedido.

Ele diz se retirando, e some de vista.

[...]

- Por aqui, senhorita.

Diz o médico a guiando até a sala em que Light estava, ele a vê e solta um sorriso, ela se aproxima o abraçando e ele dá um selinho.

- Haiko, eu não imaginaria que você viria...

- Eu não podia deixar de vim, você está bem?

- Muito mais melhor agora, e você?

- Estou bem.

Ficaram ali se olhando por alguns segundos.

- Amanhã vou ganhar alta, aí vou voltar, e vamos ter um tempo.

- Sim! Mas enquanto isso é melhor você melhorar em.

- Claro que eu vou - ele diz e sorri.

- Eu estava com muita saudade.

Ela diz sorrindo.

- Eu também estava.

Logo alguém aparece, e corre até o Light o abraçando.


Estou em Death Note! [1 TEMPORADA] [FIM]Onde histórias criam vida. Descubra agora