• Capítulo 28 •

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Lobão🐺

Eu tava preocupadão, a Vitória tinha me falado que iria voltar antes mesmo do almoço. Já são 17h ,e nada dela voltar e nem atender as ligações e chamadas.

Paloma: Ela deve estar ocupada, não se desespera.

Lobão: Vou me desesperar sim, falô? Do nada a maluca some, não responde tá ligado. Ela não é de não responder, vive com a porcaria do celular na mão.

Rafinha: Pô brota na toca dela, vai que ela tá lá.

Jaqueline: Melhor não, você mesmo não me disse que ontem vocês deram de cara com o pai dela, o tal delegado? Então, vai que tu encontra com ele de novo, não quero ver meu filho preso.

Jp: Tua mãe tem razão.

Lobão: Quer saber, eu vou, ela pode tá precisando de mim, e quando eu tava precisando ela me ajudou.

Peguei a chave do meu carro e sai ouvindo eles me chamarem, nem dei atenção. Eu gosto dela e protejo a mesma, quando eu estava precisando de ajuda ela me ajudou e muito.

Parei meu carro na frente do prédio dela entrando no mesmo.

Fui diretamente até o elevador, apertei o botão e subi. Parei na porta da casa dela e bati umas duas vezes, e toquei a campainha, mas nada dela, toquei mais uma vez e ouvi a porta sendo destrancada.

Ela abriu a porta e se virou andando até o sofá e se sentando abraçando as pernas.

Fechei a porta indo até ela e me agachando na sua frente olhando em seus olhos vermelhos e lacremejados, rosto inchado e molhado.

Lobão: O que aconteceu, amor?

Vitória: Meu pai...veio aqui, me disse algumas coisas. Mas não me afetou em nada, mas ele me disse uma só coisa que me fez perceber que sou incapaz viver mais.

Lobão: Que porra é essa? Tá maluca? Você é capaz de viver sim, o que ele falou pra te deixar assim?

Vitória: Ele...Henrique, eu não sou filha dele e nem da minha mãe.

Lobão: O que?

Vitória: Henrique, eu fui encontrada numa caçamba de lixo, minha mãe quis me adotar. Já meu pai...ele sempre me odiou, ele me disse que preferia me deixar morrer naquele lugar do que saber que namoro um traficante.

Lobão: Amor...- ela me abraçou terminando de chorar mais, fiz ela deitar no meu colo e fiz cafuné na mesma, tentei acalma-la.

Mas o que acabou de acontecer não é uma barra fácil de ultrapassar. Pô, a mina viveu uma mentira de anos, achando que era filha de duas pessoas sendo que é de outras que nem conhece.

Mó barra isso.

Depois de mó cota ela acabou dormindo no meu colo, eu não podia deixar ela dormir aqui sozinha.

Pego a mesma no colo levando ela para seu quarto, cubri ela e encostei a porta indo para a sala.

Vou até a cozinha preparar algo pra ela, vai que ela acorda com alguma fome.

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