Capítulo XV

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Me ame com ternura, me ame com doçura
Nunca me deixe partir
Você tornou minha vida completa
E eu te amo tanto

Me ame com ternura, me ame de verdade
Todos os meus sonhos realizados
Porque, meu amor, eu amo você
E eu sempre amarei

Me ame com ternura, me ame por muito tempo
Leve-me ao seu coração
Pois é lá que eu pertenço
E nós nunca nos separaremos

Me ame com ternura, me ame, de verdade
Todos os meus sonhos realizados
Porque meu amor eu amo você
E eu sempre amarei

Me ame com ternura, me ame com carinho
Diga-me que você é minha
Eu serei seu durante todos os anos
Até o final dos tempos

Me ame com ternura, me ame de verdade
Todos os meus sonhos realizados
Porque meu amor eu amo você
E eu sempre amarei

Era refrescante sentir que tudo caminhava bem. Pela primeira vez eu vi um sorriso genuinamente verdadeiro esboçado no rosto da Emma e isso fazia sorrir a mim mesma. Ela estava feliz, não só isso, estava radiante com o rumo que sua vida tomava e eu me sentia tão bem com isso que acabei até aceitando fazer um jantar de Ação de Graças. Faziam muitos anos que as minhas festas de fim de ano eram compostas por cômodos a meia luz, café, cigarros e solidão...

- Solidão...- Pensei alto e esbocei um sorriso vitorioso. - Finalmente a venci... Graças a ela.

Emma era como um raio de sol que adentrou, sem pedir permissão, no dia nublado que era a minha vida e eu agradecia a qualquer divindade por isso. Ela era gentil, bem humorada e cheia de energia, rapidamente transformou um loft vazio e frio em um lar quente e aconchegante onde ansiava voltar todos os dias. No entanto, não era ingênua, sabia que todas essas mudanças deviam-se, principalmente, ao fato de existir um sentimento forte, viciante e incontrolável que nos envolvia a cada segundo em um ambiente repleto de amor, paixão e até mesmo luxúria. Dia após dia tornava-se mais difícil ser indiferente a essa loucura. Muitas foram as vezes que me rendi a seus lábios chamativos sem nem um pingo de culpa e isso só me fez constatar que tentar ser "apenas amiga" daquela menina com dedos traiçoeiros era a verdadeira falta de sanidade da minha parte. Eu nem sabia mais o que era sanidade, afinal.

Eram quase 20h quando terminei de arrumar-me para o jantar. Tudo foi impecavelmente planejado pela menina. Clarice e Sophia haviam chegado mais cedo com Francine e o pequeno Noah para ajudar na decoração e na preparação da comida. Enrico, provavelmente, chegaria um pouco mais tarde com sua amiga italiana charmosa. Emma parecia que fazia aquilo todos os dias, estava leve, tranquila, sorridente, diferentemente de mim que estava uma pilha de nervos desde a hora que havia acordado.

- Não, você não vai acender outro cigarro...

- Nossa, quando foi que você desaprendeu a bater na porta? - Revirei os olhos ao sentir a menina tirar o maço de cigarro da minha mão.

- Está pronta? Enrico e Francesca acabaram de chegar. - Ela disse ignorando-me.

- Sim, vou apenas finalizar o meu batom. - Virei-me para o espelho para penteadeira e comecei a deslizar o bastão vermelho delicadamente sobre os meus lábios. - O que está olhando? - Disse ao perceber os olhos da mais jovem fitando o meu reflexo.

- Esse batom te deixa incrivelmente sexy... - Ela disse olhando para minha boca. Não disse nada, apenas sorri e comecei a passar mais lentamente encarando seus olhos famintos. Quando o vermelho preencheu meus lábios, virei em sua direção e ri para sua boca ligeiramente aberta.

- Sabe um excelente truque para batons de cor escura? - Eu disse em tom baixo e ela negou com a cabeça. Sorri, abri levemente a boca, passei meu dedo indicador completamente pela a abertura dos meus lábios e lentamente o tirei sem desviar meu olhar do dela. A menina parecia que entraria em erupção e eu havia amado esse momento de provocações. - Agora estou pronta, vamos? - Disse passando por ela, mas ainda parando na porta. - E Emma? Não esqueça de fechar a boca antes de vir, está parecendo uma abobalhada. - Dei uma risadinha ao ver a menina recompondo-se rapidamente.

The Teacher: Te desafio a me amarOnde histórias criam vida. Descubra agora