Ultraviolence - As Peças Sagradas (Livro 1)

James

Ele tomava a garota por trás, fodendo-a de maneira violenta enquanto apertava seus seios. A garota soltava pequenos gemidos - se de dor ou de prazer, ele não sabia dizer, e também não se importava. Mas se ela não gostava daquilo, tinha o bom senso de não demonstrar.

Era uma garota qualquer que ele tinha encontrado nos estábulos do castelo. Tinha desejado-a desde que a havia visto pela primeira vez, com seus longos cabelos pretos, quadris largos e lábios rosados. Os bicos de seus seios e o seu sexo também era rosados, como ele veio a descobrir mais tarde. A garota estava toda tímida quando a levaram para ele, mal conseguia olhá-lo nos olhos, e isso havia deixado-o ainda mais excitado. Agora ela estava ali, com o rosto apoiado nas almofadas enquanto ele a penetrava sobre a cama que sacudia a cada estocada.

Ouviu a porta do quarto se abrir e passadas se aproximarem da cama, mas não se incomodou. Se exibir nunca havia sido algo ruim para ele. Acelerou o ritmo enquanto o dono dos passos parava ao seu lado.

_ Vossa Majestade - cumprimentou - trago notícias importantes. Chegou um pombo...

_ Tão importante a ponto de me incomodar enquanto fodo, Toni? - perguntou, ironicamente, dando uma estocada tão forte que fez a garota soltar um gritinho. Aquilo só o deixava mais excitado. Só não o excitava mais que Toni ali, parado, olhando para ele enquanto a fodia - Está interessado nela, Toni? Pode tê-la depois que eu acabar, ou pode se juntar a nós - sugeriu com um sorriso perverso enquanto o rubor subia as faces do garoto a seu lado. Aquilo o excitou ainda mais.

_ Seu pai se encontra refém de sua irmã, que se declarou rainha e solicita que vá prestar sua lealdade a ela - despejou o jovem, acabando com qualquer excitação que existisse em James. Ele deu um empurrão tão forte na garota que ela bateu a cabeça e soltou um choramingo de dor. Ele não ligou e a enxotou do quarto mesmo assim.

James se levantou, ainda nu, e socou o espelho de seu quarto, quebrando-o. Logo depois atirou alguns objetivos ao chão, enquanto gritava em fúria. Sentia o corpo tremer; sua garganta se fechava e a falta de ar tomava conta dele. Seu rosto estava quente sob as lágrimas quando Toni o abraçou, enterrando o rosto de James em seu pescoço. Ele afagou o cheiro doce do rapaz enquanto ele dizia palavras de calma que não compreendia - mas o simples tom da voz era suficiente para acalmá-lo e lhe dar segurança, até que se sentiu bem o suficiente para se levantar.

Vestiu calções de lã preta, um gibão de veludo da mesma cor estampado com o símbolo de sua casa, e calçou botas de couro. Dentro de um baú em seu quarto, encontrou a coroa de ouro com pedras de rubi que seu pai havia dado para ele na última vez que se encontraram. Nunca a havia usado e não havia pretendido colocá-la na cabeça até que seu pai estivesse morto, mas agora tudo mudava - seu pai havia sido sequestrado, sua irmã era uma traidora e uma usurpadora. E ele, recuperaria o que era de seu pai - e que um dia seria dele.

Ordenou que pombos fossem despachados. Para garantir a chegada de todas as correspondências mandou três aves para cada lugar, e para os castelos mais distantes, mandou homens a cavalos. Mandou que fossem preparados lugares para os vassalos de Harvey e os homens deles que viriam, e deixou ao encargo de Wanda os preparativos para o banquete que daria após a chegada de todos. Harvey havia assegurado que lutaria por ele em qualquer circunstância, e seus vassalos o seguiriam, pelo menos a maior parte deles. Sendo criado como protegido dele desde os seis anos, não era estranho aos vassalos de seu protetor. Os Growing de Rosa Grande, com seus vinhos doces e seus famosos jardins, os Monae de Monte Caramelo, com seu lorde que não conseguia sequer montar um cavalo de tão gordo, os Tyn e os Tayne, com suas intermináveis discussões sobre qual era o verdeiro ramo que descendia de Laurette, os Tormon com seus desertos vermelhos e homens prodigiosos, e os orgulhosos Greyman de Monte Crocodillo - eram dos Greyman que eles mais necessitavam de apoio, considerando que eles podiam oferecer o maior número de soldados, e que possuíam um contrato com um grupo de mercenários que tinha uma grande reputação. Tentou invocar a imagem do senhor Greyman, mas tudo que conseguiu ver foi seu filho Jessie que mais parecia uma garota com espessos cabelos louros num rosto fino com traços femininos, com cílios que causavam inveja a prostitutas e lábios cheios e chamativos, em um tom vermelho natural que nenhuma tinta conseguia superar. Tenho minha maneira de garantir os Greyman - disse para si mesmo, sorrindo perversamente - Ela se encontra entre as minhas pernas.