Para deixar claro as partes que estão com essa letra são fraguimentos de memória. Boa leitura.
Derek:
Minutos atrás eu estava bem, minutos atrás minha bolha azul estava intacta, minutos atrás eu era um homem Feliz. Mas agora? O que eu sou? Eu não sei.
Porque minutos atrás meus pés tocavam o chão e eu respirava bem, mas foi apenas uma palavra, foi necessário apenas um " eu sinto muito" para me destruir,destruir meu mundo. Foi como um flecha direcionada ao meu coração, fazendo ele sangrar até parar de bater. E como eu queria que parasse. Minha cabeça lateja, isso não acontecia minutos atrás, porque minutos atrás eu estava bem.
As memórias me assombram a todo estante, me trazendo a culpa e me lembrando de quão incapaz eu sou. Eu deveria estar lá, não podia ter deixado ela lá, mas o ar já não chegava mais em meus pulmões e eu estava tonto, então eu sai sem olhar pra trás a deixei. Eu não deveria te-lo deixado também, mais o deixei. Diabo eu os deixei. Mas as memórias são como adagas que estão profundas no meu peito, as memórias:
~ Não deixe ele . Por favor Derek, não saia de perto dele ~ Eu acariciava sua testa suada e balançava a cabeça freneticamente.
~ Eu não vou.~ por fim eu disse antes de beija-la e deixa-la
As lágrimas não pedem mais permissão para descer, apenas invadem meu rosto sem pudor, fazendo meus olhos arderem como chamas, eu não tinha mais planos eu era apenas mais um cara na sarjeta esperando a dor passar.
~ Deixe me entrar!~ Ordenei a um homem que impedia a minha passagem.
~ Sinto muito senhor mais o senhor não pode ver seu filho agora.~ Sinto mãos me apertarem nas costas me virando e me reconfortado. Então um volto, volto pra Meredith.
Então eu estou aqui, segurando um copo de Uísque sabendo que não deveria estar aqui, e sim ao seu lado.
~ houve complicações senhor, preciso que o senhor fique na sala de espera.~ As mãos até então desconhecidas me levam até a sala.
~ Vai ficar tudo bem amigo.~ disse alguém que provavelmente era Chandler, então eu abaixei a cabeça e pedi para Deus, com todas minhas forças para protege-los.
E a dor é tanta, que eu me pergunto como eu ainda não cai. Minhas pernas já não me obedecem mais, eu deveria voltar? Não realmente não, não agora.
~senhor Shepherd, eu realmente sinto muito.~ o médico sussurrou, e foi aí, neste mesmo segundo, assim que ele terminou eu saí, eu corri para fora.
Deixando as lágrimas se apossarem de mim, e eu foi ao bar mais próximo.
Eu deveria voltar, sim eu deveria. Mas eu não quero ter que ver todos, me dizendo "sinto muito " não eu não quero.
Não posso aceitar, porque minutos atrás tudo estava bem. Tudo era bem.
Maratona 1/3
