Se arrependimento matasse

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Der:
Vejo Meredith entrar em seu prédio,me encosto no corrimão frio,era uma noite típica em Seattle,fria e com um pouco de neblina.
Solto um pouco de ar dos pulmões,e jogo as cabeça pra trás,eu sou um idiota,quer dizer qualquer um surtaria  com o fato da sua namorada estar caminhando com outro homem né?
Isso não importa eu fui um mané  um completo mané  e se arrependimento matasse eu já estaria morto,respiro fundo e penso duas vezes e subo.
O corredor era escuro mais não me impediu de achar seu apartamento,bato na porta e logo se abre
- vocês chegaram rápido- uma voz angelical aparece, a voz que eu tanto amo.
Encaro seus olhos tristes,estavam avermelhados o que significa que ela havia chorado,ela tenta fechar a porta mas eu a  impesso  com meu braço
-Meredith podemos confessar?- minha voz sai fraca e meio desesperada
-Já conversamos Derek- ela  tenta mais uma vez fechar a porta
-Amor,por favor- suplico ela se afasta da porta e se posiciona de costas pra mim,eu entro e fecho a porta
-Eu fui um idiota eu sei,não tinha o direito de mandar na sua amizade com o...- faço uma pausa pra lembrar o nome do rapaz
-Finn- ela acrescenta
-É  Finn,me desculpa por favor é que... As vezes eu tenho medo de te perder,de você me abandonar como a Addison- falo e desvio os olhos pra outra coisa se não a pessoa a minha frente
-Eu não sou ela Derek,eu não sou a Addison eu te amo,Caramba eu vou ter um filho seu- ela diz como se fosse algo óbvio
-Eu sei... e é  isso que me dá mais medo,medo de não ter você e  não poder cuidar do nosso filho- disse segurando pra não chorar
-e eu Derek,você acha que eu não tenho medo?Caramba minha infância foi uma droga,eu não tive melhor amiga pra me botar pra cima,minha mãe morreu e meu pai me abandonou, o que significa que instintivamente vou ser uma péssima mãe,eu me casei cedo com um bêbado que morreu quatorze  anos depois,sabe por que você não me viu com ninguém esse tempo que eu trabalhei na café, porque eu tinha medo de me apaixonar de amar alguém de verdade e ele me machucar como o último machucou... eu ia a esse jantar idiota com você porque eu me importo com você,mesmo achando que sua mãe me odeia e não gostando da sua amiga eu iria porque eu te amo- ela se vira no meio de suas palavras,as lágrimas escorriam pelo seu rosto  fazendo meu coração apertar,junto nossos corpos e a aperto forte,sinto vagamente o cheiro de seus cabelos
-Desculpa,me desculpa- sussurro no seu ouvido e ela balança a cabeça e retribui o abraço.
Alguém bate na porta e somos obrigados a nós afastar,Meredith enxuga as lágrimas e abre a porta
- O que aquele canalha fez com você- a voz de Cristina invade o local,forte e severamente, não deixo de rir de sua reação quando me vê,é  bom saber que Meredith tem amigas tão boas
-Boa noite  Yang- dou uma leve risada e vejo seu rosto corar e Meredith e Izie começarem a rir
-Pelo visto já se resolveram né?- Izie fala entre os risos
-Pois é,mer eu vou ligar pra minha mãe e falar que não vamos jantar- falo e pego meu celular no bolso
-Nada disso você vai eu fico aqui com as meninas- ela sorri,Izie e Cristina deixam suas bolsas encima do balcão de mármore
-Não me sentiria bem de deixar você aqui - admito mesmo sabendo que ela estaria em boa companhia
-Faz o seguinte,você vai pro jantar,da atenção pra sua mãe e pra Rose e depois você foge   pra cá e pode ficar comigo a noite toda- ela sugere e chega perto
- Acho uma ótima idéia - digo unindo nossos lábios
-O quão estranho isso é,quer dizer a gente ficar vendo nosso chefe agarrar nossa amiga é  deprimente- Cristina fala e todos riem
-Se cuida,te amo- dou lhe mais um beijo e saio.

O segredo que escondo de mim mesmaOnde histórias criam vida. Descubra agora