Chapter Two.

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Cada vez mais perto... meu coração parecia implorar por aqueles lábios rosados.

Sua voz angelical volta a contemplar meus ouvidos. -Preciso ir... nos vemos novamente? - ele me entrega um papel com seu número e se levanta do banco.

Vejo ele sair do parque e sumir do meu campo de visão, seu cachecol balançava com o rítimo da brisa enquanto ele me dava um tchau com uma mão e sorria.

Coloco o livro ao meu lado e olho para o papel, continha seu número, seu nome e um coraçãozinho.

Algum tempo depois

Compro um algodão doce e sento-me no mesmo banco de antes, na esperança de revê-lo. Tiro um pedaço do algodão doce com meus dedos e coloco na minha boca, fazendo o doce derreter rapidamente. Olho de um lado para o outro, nenhum sinal dele. Decido levantar e voltar para casa.

Era uma tarde muito fria. Não havia uma criança sequer brincando, correndo ou se machucando no parque.

Só eu e o vendedor de algodão doce.

Atravesso a rua e entro em casa.

Sento-me no sofá e ligo a televisão, mas não há nada de interessante passando.

Tiro minha boina e minha jaqueta, deixo-as encima do próprio sofá e subo para o meu quarto.

Deito-me em minha cama.

O sol já se punha, as nuvens, antes esbranquiçadas, agora adotavam tons de rosa claro.

Inquieto, sem parar de pensar no ocorrido no parque, pego meu livro com a capa rubra e ao folheá-lo o papel com o telefone dele cai.

Olho seu nome no papel e instintivamente sorrio. 'Será que eu ligo?' -Penso comigo mesmo. Salvo o contato no meu celular e quando estou prestes a clicar, perco a coragem.

Ando em círculos pelo quarto pensando nas possíveis consequências da tal ligação. Desço as escadas e preparo uma xícara de chá de morango, pois sempre me acalmo quando o bebo.

-Elídio... - digo seu nome e, depois de muito enrolar, tomo coragem e clico em ligar.

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