Capítulo 24

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– Sente-se. - Ordenou o ruivo assim que adentraram a sala.

Naruto parecia desconfiar das atitudes mansas, Gaara nunca havia agido assim consigo.

Tinha alguma coisa errada.

– Vá direto ao ponto. O que quer comigo? - Naruto perguntou impaciente enquanto se sentava em uma das cadeiras de couro italiano do escritório.

– Você é jovem, deve ter sonhos. Já fez muita coisa errada na vida, como qualquer irresponsável. Estou te oferecendo uma ajuda. - A voz de Gaara não parecia conter ironia.

Mais estranho ainda, pensou Naruto.

– Tsc, qual é a piada dessa vez... Opa! Você quer me ajudar?- O meio sorriso do loiro irritou de forma branda a Gaara, porém o ruivo resolveu ignorar a raiva que fervia sobre o peito.

Controle-se por ela, pensou Gaara decidido.

– Com certeza não faria nada por você. Faço por Ino. Por mais estranho que possa parecer, eu sei perfeitamente, que no fundo ela gosta de você e quer te ver bem. Então nada mais justo que eu faça ela feliz. - O ruivo não encarava a Naruto, muito pelo contrário, o mesmo estava com os olhos pregados na paisagem de fora de sua casa.

– Como quer me ajudar? - O garoto de seus dezenove anos questionou impaciente enquanto se ajeitava na enorme cadeira.

– Te dando um emprego decente e, claro, uma boa faculdade. Acho que isso já e mais do que o necessário. Porém enfatizo logo, não estou te obrigando a aceitar nada. - A voz do ruivo soou entrecortada enquanto o cheiro de tabaco se espalhava pela sala.

– Bem... acho que devo aceitar... - Naruto disse confiante e Gaara deu ombros continuando na mesma posição.

– Ótimo. Compareça em minha sede amanhã às nove em ponto.- Escorando ambas as mãos no parapeito da janela Gaara parecia mais preocupado.

– Você sabe que não será capaz de faze-lá feliz durante muito tempo, não sabe? - No fundo Gaara tinha ciência que as palavras de Naruto tinha sentido, muito até. Ela não era mulher para se prender, não era o tipo que devia aguardar sua boa vontade de voltar das viagens para que o visse.

– Ela precisa de alguém que consiga ama-lá completamente e não um milionário que sente tesão por ela. No final das contas, Gaara, eu só quero proteger minha irmã, embora não esteja fazendo isso direito... - O vacilar da voz de Naruto e a cadeira sendo arrastada trouxeram o ruivo a realidade.

Os passos do mais novo foram se afastando e por fim a porta foi fechada.

Como ele resolveria aquilo?

Gaara era um homem marcado por tragédias, acima de tudo marcado por traumas principalmente sentimentais. Como ele poderia amar a Ino se considerava isso impossível?

Baixando a cabeça ele inspirou o ar duas ou três vezes tentando pensar em algo relativamente razoável para se fazer.

– O que você fez com a minha vida?– Ele questionou sozinho, pensando nela, claro.

Tomando coragem ele soltou-se da janela partindo em direção ao pequeno bar que havia em seu escritório tomando um copo de gelo com Whisky para si. Voltou a se sentar em sua cadeira presidencial enquanto encarava ao teto.

– Você está bem? - A voz confiante e melodiosa dela o deixou arrepiado.

– Estou... precisa de algo. - Ele não tensionara ser rude, mas ela crispara os lábios ao ouvir a frase ser professada daquela maneira.

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