A Fulga

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Os policiais conseguiram chegar fácilmente na casa do sr. Losano, o difícil sería sair de lá. A favela estava cheios dos homens de Kurynga e Krypton atrás dos gêmeos, e seria um risco muito grande para aqueles homens desconhecidos, estarem ali, rondando a favela atrás dos garotos.

__ Como a gente vai sair daqui?

__ Vamos dar um jeito Guto. 

__ Abram a porta, Moana nos mandou...__ A voz soou do lado de fora.

__ São eles.__ Sr. Aristides quem abriu  a porta.__ Olá, vocês são os policiais mandados pelo delegado.

__ Somos sim! Você deve ser Tulio.

__ Sim. Esse é meu irmão Gustavo, o sr. Aristides, e as netas dele, Isacarli e Isadore.__ Tulio apontou para cada um.

_ Olá a todos, eu sou o agente da Federal Alexandre Carmo, e esses são meu companheiros: Tadeu Ramalho, também da Federal, os sargentos Paulo Fonseca e Rodrigo Cerqueira do BOPE, e Armando Nunes da Civil. Viemos resgata-los.

__ Seu policial, tem um problema...o pessoal de Kurynga tava desconfiado da gente, então a qualquer momento eles irão chegar aí para acamparem em torno da casa.__ Isadore falou.

__ Foi por isso que trouxemos disfarces. Essas são para Isadore e Isacarli.__ Diz o Agente Alexandre Carmo.__ E esses são para Tulio e Gustavo.

__ Isso aqui é o que? Roupas de mulher!?

__ É isso ou nada Gustavo.

Os meninos se trocaram, e colocaram perucas. O corpo magro deles foi essencial para executar os disfarces, Isadore fez uma maquiagem simples nos garotos para que tudo fosse perfeito. Isacrali e sua irmã estava caracterizadas de indias, elas realmente pareiciam umas, as pinturas faciais e os acessórios deram credibilidade aos disfarces. Seu Aristides colocou apenas um boné e logo saiu rumo a praça junto com alguns homens. Observando a aréa, Paulo Fonseca, sargento do BOPE conseguiu levar os meninos em segurança até a praça.

__ Se misturem...__ Moana disse aos quatro.__ O senhor, não saia daí.__ Advertiu ao sr. Aristides.

__ Ok!

O plano era ficar por mais alguns minutos sem levantar suspeitas e irem embora. Fabiola, a agente fez uma aula resumida dos indios de 1500 até o tempo de hoje, e depois Moana junto com seu irmão, seus pais, Isacarli e Isadore cantaram uma musica indigena, as irmãs Losano apenas mexiam os labios fingindo cantar. Após o termino da canção, eles distribuiram lembrancinhas para as pessoas ali presentes, que sem saberem, ajudaram no plano de fulga dos meninos.

__ Esta na hora de ir, vocês entram primeiro, e nada de sentar perto das janelas, se esse for o caso, fechem a cortinas.__ O agente Alexandre instruiu o pessoal.

Todos subiram no ônibus, a tenção estava ali, ninguem ousava dizer nada, o medo no olhar de todos ali falava por si só. Isadore segurava firme a mão da irmã, Gustavo segurava a do irmão como se Tulio fosse o seu protetor, o seu herói. Seu Aristides buscava o conforto em Deus, tendo a fé de que iria dar tudo certo.

O ônibus já havia passado do asfalto quando Kurynga ouviu os burburinhos.

__ Chefe...

__ O que foi? Já acharam os desgraçados?

__ Não senhor, mas algumas pessoas estão comentando que seu Aristides foi visto entrando no mico-ônibus do pessoal. Possa que eles tenham aproveitado a distração para fugirem, e como seu Aristides não aguenta andar, resolveu fugir de carro.

__ As garotas não estavam com ele?

__ Não! Viram ele sozinho.

__ Eu já estou puto com vocês, HD é um lesado, eu tô trabalhando com uns merdas mesmo.

Ao ouvir o irmão reclamar do quão incompetente são seus homens, Krypton puxou sua ak-47 e disparou em três vapores de Kurynga.

__ Agora me ouve, assim como você eu quero vingança, e vai ser do meu jeito. Avisa aos seus homens que vamos ir lá na casa daquela familia de merda e acabar com todos eles de vez, ta ligado.

__ Estou.

__ Otimo.

 Netos do Tráfico _ ConcluidoOnde histórias criam vida. Descubra agora