- Amigo.

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amigo adj.

1. Que é ligado a outrem por laços de amizade.

2. V. amigável. • sm.

3. Homem amigo.

4. Companheiro; protetor.

Seus pés a levaram por boa parte do caminho até o aeroporto. Não sabia bem por quantas horas caminhou na madrugada, ela tinha um foco e era tudo o que importava.

Era de certo modo assustador caminhar pela rodovia no escuro, ainda mais para Lalisa que apenas enxergava os traços preto e cinza à noite.

Ela não tinha um celular, e não tinha muita noção do que faria ao chegar em Seul. Mas elas sabia que seu amor estava lá, e com ela, suas cores.

Sabia também que em Seul ficava a Universidade das Artes de Seul.

Esse era o motivo para Lalisa procurar seu amor, ela estava com suas cores, e Lalisa queria cursar na K-Arts, que faz parte da UAS, para isso ela precisaria de suas cores.

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O aeroporto estava completamente iluminado, com alguns táxis e carros estacionados em frente às alas de entrada.

Lalisa se sentia um pouco perdida, mas trazia em seu bolso sua passagem e algumas instruções que ela tirou da internet pelo computador da escola.

Ela estava algumas horas adiantada, e por isso, após o check-in, ela esperou por um longo tempo na sala de desembarque.

Não sentia sono, estava tão animada e excitada com a ideia de ter outra vida, de se livrar de seu pai e de sua mãe que mal conseguia dormir.

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O vôo foi assustador para Lalisa.

Descobriu, da pior do forma possível, que tinha medo de altura. Por sorte sua cadeira era a do corredor, então ela não teve muita visão do oceano abaixo de si.

Foi tudo muito exaustivo para ela, mas ao por os pés em solo coreano, Lisa sentiu-se livre.

Quase nove horas de vôo, praticamente nenhuma de sono.

A tailandesa estava exausta.

Demorou um pouco para ela trocar seus bates, e assim que o fez, foi em busca de algum lugar para poder descansar.

Um hotel barato e em um bairro estranho. Mas que tinha uma cama e chuveiro quente, que eram as únicas coisas que Lalisa exigia no momento.

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Dormiu por algumas horas, e acordou com uma dor de cabeça mortal. Aparentemente por estar tão perto de seu amor os pensamentos dela ficavam mais fortes e frequentes em sua mente.

Lalisa se sentia esquisita, com um gosto ruim na boca. Começou a divagar sobre quantas horas ela não comia.

Não conhecia muito bem Seul mas gostou do lugar logo de cara.

Era tudo tão diferente de Bangkok, era frio e acolhedor. Que todas as ruas tinham cheiro de café e lámen, e Lisa já tinha uma base sobre por onde começar a procurar trabalho.

Essa era sua próxima meta

Um trabalho.

Teria que se virar para pagar a UAS, isso se não conseguisse uma bolsa, mas para conseguir uma bolsa ela precisaria ir atrás de seu amor, ter cores e estudá-las.

Muitos planos se traçaram na mente dela quando ela sentou em uma das mesas da primeira cafeteria que encontrou não muito cheia.

Pediu bolinhos e um leite quente. O lugar era quente o suficiente para que Lisa pudesse tirar seu casaco.

Cores. | LSM + KJN ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora