One Night Stand VIII

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OI,GENTE!Eu, como sempre, postando tarde e depois de um tempo de espera! Espero que valha a pena! Boa leitura e desculpem se tiver erros! Ah, e se tiver erros, me avisem pelo inbox, que eu altero! Obrigds! =***

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Eu estava me olhando no espelho por, acho que, uns trinta minutos. Ajeitava a gravata, mexia no cabelo, dava leves tapinhas no terno, coçava a sobrancelha. Eu estava apenas enrolando para sair daquele cubículo que eles chamavam de sala de descanso. O altar estava a míseros metros dali e eu não senti vontade nenhuma de ir até lá.

 Ouvi alguém bater na porta e dei permissão para entrar: era mamãe.

 Zayn, querido, você está tão lindo! – ela repetiu pela milésima vez, enquanto acariciava meu rosto.

Não que eu me ache feio, mas ela estava sendo tão exagerada... Ela já estava chorando e tinha sorte em ter escolhido maquiagem a prova d’água, ou então, já não restaria nenhuma. Era bom ver a mamãe feliz e eu gostaria muito de dizer que estava contente em vê-la orgulhosa de mim.

 Fui motivo de orgulho quando salvei uma colega de classe de se afogar, mesmo temendo me afogar junto. Fui motivo de orgulho por sempre tirar notas altas em artes. Fui motivo de orgulho por ensinar inglês para alunos com dificuldades. Fui motivo de orgulho quando fui ao X-factor e cantei na frente de uma platéia relativamente grande. Fui motivo de orgulho quando cantei com os meninos em nosso primeiro show e milhares de pessoas aplaudiram minha voz. Fui motivo de orgulho quando apresentei Perrie para a família. Fui motivo de orgulho quando a pedi em casamento.

 Eu amava fazer os outros sentirem orgulho de mim, mas eu só conseguia pensar no que eu tenho feito ultimamente. Mamãe falaria pela primeira vez que eu a desapontei... Então, eu a veria chorar e isso partiria meu coração em infinitos pedacinhos. O Sunshine da mamãe nunca mais brilharia.

Papai não iria gostar nada de saber que eu traí Perrie... Mais de uma vez e com um homem! Com Liam! Ele seria capaz de me bater ou até fazer coisa pior. Nossa religião considera homossexualismo e traição como crimes, se eu não morasse em Londres e papai fosse uma daqueles religiosos fervorosos, acredito que esse seria o fim de minha (não tão) adorável vida. Eu cometi dois crimes e não há justificativa para eu ter feito tais atos. Há?

 Covarde como sou, apenas decidi ir em frente com o planejado. Eu entraria na igreja seguindo pelo tapete vermelho, encarando rostos maquiados (ou borrados pela choradeira) com grandes sorrisos, ouviria assobios e elogios e encontraria o padre no final do corredor (na qual uns chamam de corredor da felicidade ou do paraíso ou da morte ou da forca... Depende do jeito que cada um vê a vida...)

 Eu estava nervoso e isso é absolutamente normal, certo? Eu já não tinha tanta certeza... Meu estômago estava queimando e meu corpo ainda doía. Todo o caminho que minha respiração fazia ardia como fogo!

Uma sensação nada agradável não queria me largar. Era aquela merda de sensação desagradável que as personagens principais têm antes de acontecer algo ruim nos filmes. Eu estava rezando para que isso só acontecesse em filmes mesmo porque, apesar da situação já estar ruim, poderia, sim, ficar pior. E eu só queria que hoje desse tudo certo, eu só queria casar com a Perrie e fazê-la feliz, queria que Liam me perdoasse e que nós voltássemos a ser como nós éramos: melhores amigos.

Eu queria voltar a ser o orgulho de todos e parar de vez de fazer tanta merda em minha vida e na vida dos outros...

 - Hey, Malik! – cumprimentou-me o senhor Edwards entrando na sala onde eu me arrumava. Dei um pequeno salto ao ser arrancado de meus pensamentos. Senti meu corpo todo estremecer quando ele chegou perto, ele me intimidava de certa forma. Abri um pequeno sorriso tímido e apertei sua mão.

One Night Stand (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora