A seita do capuz vermelho e Os cavaleiros de São Cristovão

Capitulo 4- Feitiço da Morte-Prt I.

Então mais um dia se passou e voltamos para casa, agora acompanhados por três caçadores, enquanto passava pelo arco de nossa porta, um feitiço apareceu em minha mente, e era como se pudesse ouvir vozes sussurrando, suplicando para que eu fizesse esse feitiço...

-Utinam omnes qui mortui sunt reviviscant!- sussurrei meio sem perceber.

Meus irmãos e meus novos amigos voltaram se para mim, os olhos deles brilhavam, parecia que estavam com medo, algo os assustou...

-Henri o que você disse?- Perguntou Alec- O que você sussurrou?

Então eu recitei o feitiço novamente, na mesma hora, Luan correu para a biblioteca de nossa casa, voltando com um livro empoeirado e antigo, a capa vermelha do mesmo estava tão rasgada e desbotada que não dava para ler o nome que outrora era destacado em dourado.

-Cadê.... eu já vi essas palavras antes!- Disse ele virando as páginas com tanta pressa que achei que elas iriam rasgar, até que ele parou em uma página e me entregou o livro. - Aqui!

Eu peguei o livro meio preocupado pelo que significaria o feitiço que fiz... basicamente dizia que era um feitiço de necromancia, esse feitiço invocava os deuses da morte para trazerem as almas dos que morreram injustamente, em troca de que alguns animais mágicos morreriam. Mas esse feitiço não tinha prazo de validade, isso significava que se não fosse cancelado, ele continuaria invocando almas por toda eternidade.

Abaixo da descrição, tinha a contramedida.

-Diis mortis gratias ago, sed rogo ut desinas mortuos resuscitare!- Sussurrei novamente e agora parte da minha magia foi sugada como pagamento.

Meus irmãos me olharam indagando.

-Pronto os véus do mundo dos vivos e dos mortos foram separados novamente!- falei suspirando aliviado.

Matheus me olhou meio impaciente.

-Nunca mais faça um feitiço sem antes pesquisar para o que serve!-disse ele carrancudo.

Eu suspirei resignado.

-Ok, eu prometo pela minha alma e a minha pele de lobo!-respondi.

Então decidimos não tocar mais no assunto e continuar a nossa vida normalmente. Mal sabia eu, que aquele simples feitiço tinha desencadeado uma série de mudanças em muitas vidas, inclusive na nossa.

Então jantamos, tomamos banho e fomos dormir, deitei em minha cama, e me revirei várias vezes, mas não conseguia dormir, simplesmente era impossível fechar os olhos e me acalmar o suficiente para entrar no reino dos sonhos, então decidi descer a escadaria de meu quarto e ir até a cozinha beber um chá de ervas para ver se conseguia dormir, quando a água começou a ferver, uma fumaça estranha começou a sair da chaleira, a fumaça se contorcia como uma serpente e em seu interior começou a se formar um ponto azul claro, que sugou minha consciência para dentro dele, então lembranças e visões começaram a correr solta pela minha mente, eu vi os mortos se levantando de seus túmulos,vi nossa alcatéia ressuscitando, vi rituais satânicos sendo realizados em lugares que não conhecia, vi pessoas desconhecidas em uma mesa de jantar, vi o inferno e seus demônios, até que eu perdi minha consciência...

....

Então eu lentamente despertei, meus olhos se abriram lentamente, até que se acostumassem novamente com a claridade, quando finalmente me acostumei com ela, eu percebi que não estava mais na nossa cozinha, eu estava na minha cama, mas não fazia idéia de como tinha ido parar lá...

Achei estranho, mas  era até comum, esse tipo de coisa acontecer comigo, pois quando se sabe da existência da magia, tudo pode acontecer... Então fui tomar um banho rápido, troquei de roupa, peguei meu material , desci as escadas e peguei algumas coisas para comer e junto com meus irmãos e novos amigos fomos para a escola, enquanto íamos para lá pensava na minha visão...

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Greendale City- 3 dias antes da lua de sangue e o batismo de Sabrina Spellman

Em uma floresta velha e escura, a noite estava estrelada,o cheiro de carvalho era inebriante,uma calma e abafada noite de verão....No orla da floresta havia um modesto,solitário e pequeno cemitério, aparentemente abandonado se não fosse um casarão com estilo antigo ao fundo e dentro desse simples casarão, mais especificamente na mesa de jantar uma garota com cabelos loiros, blusa vermelha, saia e arquinho preto se sentava à mesa com sua família, que consistia de duas mulheres loiras, uma baixa e atarracada e a outra alta e magra, um garoto moreno e seu gato de estimação, eles estavam se preparando para jantar, quando sentiram uma vibração estranha, magia de alto nível, magia de necromancia tão antiga quanto o tempo... E quando eles olharam pelas janelas da casa, eles viram vários mortos saindo de seus túmulos, amigos e parentes que eles e vários outros tinham perdido, estavam voltando a vida...

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