O Mago

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Escondidos sob a sombra da noite, os quatro seguiram para a Floresta Stormgreen. Conhecida pelas repentinas e intensas alterações no clima, que ceifa a vida da grande maioria dos que arriscam se aventurar por seus labirintos de mata densa.

Após três dias de expedição, enfrentando vendavais, chuvas torrenciais, alagamentos e frio abaixo de zero, encontraram um mago sombrio que os observava do alto de uma rocha.

Com um salto, veio ao encontro deles

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Com um salto, veio ao encontro deles. Sem dizer uma palavra apontou com seu cajado em uma direção, e por ali os levou para uma gruta, onde deu-lhes comida e água.

No alvorecer do dia seguinte, o mago tinha feito o café da manhã deles - o unguento estava se mexendo e borbulhando - todos comeram sem hesitar. Então o mago falou: - Meus predestinados guerreiros, há muitos anos que aguardo a sua chegada. Já não aguentava mais, todo santo dia, subir naquela pedra e permanecer posicionado pra impressionar vocês. Quero lhes dar um presente que foi forjado a vocês pela própria Mãe-natureza, desde o início dos tempos..

Então os conduziu por túneis sinuosos até um salão, onde cada um receberia tesouros da floresta forjados num rio de lava que corria no coração da gruta Templecave, onde se encontravam. Mas para consegui-las tinha que superar um desafio. . .

Depararam-se com um portão de rocha com inscrições talhadas em uma língua ancestral, e quatro orifícios.

Depararam-se com um portão de rocha com inscrições talhadas em uma língua ancestral, e quatro orifícios

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- Coloquem a mão nas brechas do portal.

Ao inserir o braço, pequenas pedras se deslocaram prendendo suas mãos. Sentiram uma picada nos dedos. O sangue escorreu e, como se estivessem se nutrindo, os hieróglifos começaram a resplandecer. e as letras se juntaram e formaram uma linha só fazendo o formato de um portão que por fim desapareceu.

Shugar foi na frente mas foi impedido por Victoria, pois havia um abismo; mais um passo e ele cairia lá adiante. No meio do fosso erguia-se uma coluna sobre a qual havia uma espécie de altar com objetos reluzentes.
Victória: - É sério isso!
Marcos: - Valha-me deus!
Shugar então pediu uma corda para Victória e amarrou uma das pontas na flecha de Evan.
- Evan, o seu alvo é aquela estalactite acima da coluna.

Ela respirou fundo, retesou o arco... E disparou. Como um relâmpago cortando o ar, a flecha atravessou o fosso e cravou-se na rocha.
- Marcos, você segura a corda com toda sua força. A vida de Victória está nas suas mãos.
- Porque eu?! Tu tá doido?
- Você possui agilidade superior à nossa, e é a mais leve.
Ela sorriu, deu alguns passos para trás, correu e saltou com uma pirueta sobre a corda. Ela desequilibrou, mas logo em seguida recompôs-se e atravessou a corda como se desfilasse em terra firme.

O que ela não percebeu foi que o impacto da flecha ao penetrar a rocha e as vibrações dos seus passos na corda abalaram a estrutura da estalactite e começou a rachar. Mas ela já estava diante do altar do tesouro, pegando a última das armas. Nesse momento a estalactite começou a se desmanchar. Ao ver Vitória em perigo, Marcos ficou nervoso e começaram a crescer pelos por todo o seu corpo e seus músculos ficaram o dobro do tamanho junto com todo o seu corpo. Quando a estalactite cedeu e despencou sobre a coluna, ele puxou com toda sua força. A estalactite virou e veio em sua direção. Ficando as extremidades, entre o chão onde eles estavam e a coluna, formando uma ponte. Quando Victória deu o primeiro passo para retornar, a coluna estilhaçou-se por inteiro, caindo até sumir na escuridão do abismo.

Marcos caiu de joelhos, desolado, olhando para o fosso. Após alguns segundos, nota um minúsculo ponto luminoso se aproximando em altíssima velocidade, deixando um rastro atrás de si. Em um piscar de olhos, os alcança. E com um salto por cima, pousa silenciosamente atrás deles, que não acreditam no que estão vendo. Victória tinha voltado do fosso e da sua morte. Ela explicou que quando ela estava caindo, uma das armas, semelhante a um chicote, começou a brilhar.
- Quanto mais eu caia, mais a arma brilhava. Comecei a sentir meu peito esquentar. Pensava que devia-se à aproximação com a lava que surgia borbulhante lá embaixo. Meus pés começaram a mover-se a uma velocidade extraordinária, e senti uma certa queimação nos olhos. Corri pela estalactite antes que afundasse na lava, para alcançar a parede. Quando vi já estava aqui .
Evan: - Espera um pouco. Você disse lava!
Victória: - Sim. Peguem. Aqui estão as outras armas.
Evan: - Espera! Vocês também estão sentindo o coração acelerar?
Marcos: - E o calor no peito que a Victória mencionou.

Houve um tremor, e o som de uma estrondosa explosão vindo do fosso. Pedras flamejantes estavam sendo arremessadas do fosso atingindo o teto da caverna, que começou desmoronar.

Quando estavam chegando à saída da caverna uma pedra caiu bem no meio da passagem. Evan aproveitou a oportunidade pra usar o seu arco novo. Mas ela viu que não tinha flechas. Ela ouviu um sussurro em seu ouvido e retesou o arco. Flocos de neve começaram a surgir e se juntar entre suas mãos formando uma flecha de cristal, que ela lançou e como um raio explodiu o pedregulho. Apressadamente saíram e foram ao encontro do misterioso mago.

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