26.

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— O que você 'tá fazendo aqui fora?

A loira sorriu, os olhos apreciando a vista da sacada de Diana. O loiro aproximou-se e parou ao lado dela, observando-a por canto de olho.

— Esperando você aparecer.

Rafael sentiu o rosto queimar com as palavras da garota, que continuou olhando para os prédios de São Paulo como se não tivesse dito nada demais.

Ele deixou-se encará-la totalmente, sorrindo ao ver a maneira com a qual os olhos dela percorriam a paisagem. Amanda era tão, tão bonita.

Sentiu uma onda de coragem atingi-lo.

— Bom, eu apareci. E agora?

Seu coração pulou dentro do peito ao ouvi-la rir. Ela finalmente virou-se, ficando de frente para ele. O ar lhe faltou por um segundo quando ela enlaçou seu pescoço com os braços, mas foi rápido em disfarçar, segurando a cintura da garota, que abriu um enorme sorriso.

— Agora, se você quiser, você me beija. E se você não quiser eu vou rir, falar que era tudo uma brincadeira, inventar uma desculpa pra ir embora e depois te tratar como se nada tivesse acontecido. A escolha é sua, loirinho.

Ele não conseguiu segurar uma leve risada, e ela o encarou com carinho, o sorriso ainda no rosto. Após alguns segundos que passaram encarando um ao outro, ele perguntou baixinho:

— A escolha é minha? — ela assentiu em resposta, e ele sorriu ainda mais. — Bom, no caso...

Os lábios de Amanda eram ainda mais macios do que ele imaginava que seriam. Tinham gosto do vinho que ela tomara há pouco tempo, e ele sentiu-se arrepiar no segundo em que suas línguas se encostaram e as mãos dela voaram para seu cabelo, desarrumando-o.

Ele podia senti-la sorrindo no meio do beijo, o que o fez sorrir também, e os dois se separaram, as testas coladas e os narizes se encostando, olhos se encontrando.

— Eu fiquei muito feliz com a escolha que você fez, loirinho.

Ele riu.

— Eu também, loirinha.

E colocou seus lábios nos dela mais uma vez.

são paulo • [r.l.]Onde histórias criam vida. Descubra agora