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(coloquem os cintos crianças chegou a hora da MARATONA UHUUUUU)

— Seu Antônio...

Diana sentia que podia chorar a qualquer momento, mas, mesmo assim, tinha de admitir que estava esperando que algo assim acontecesse uma hora ou outra.

Amanda se isolava toda vez que não sabia lidar com seus sentimentos — após o término com Guilherme, após a morte de seu avô, após sua primeira briga. A loira sempre seria sua melhor amiga, e sabia melhor do que ninguém o quanto ela tinha medo de falar sobre as coisas.

— Por favor, Seu Antônio — Giulia pediu, com um olhar desolado no rosto. O porteiro apenas suspirou.

— Meninas, eu não posso deixar vocês entrarem, vocês sabem disso. Vocês não estão na lista de pessoas sempre liberadas e a Srta. Makino me disse para não ligar no apartamento dela até segunda ordem. Eu sinto muito.

— Quem 'tá na lista de pessoas liberadas? — Bella perguntou, segurando a mão trêmula de Diana na sua.

— Eu não posso dizer, é informação privada da Srta. Makino.

Mesmo que aquela não fosse a primeira vez que aquilo acontecia, Diana continuava extremamente preocupada e em completo desespero. Só queria que sua melhor amiga ficasse bem. Não conseguia prestar muita atenção no que acontecia ao seu redor.

Giulia, porém, conseguia, e foi rápida em perceber onde Bella queria chegar.

— Um cara chamado Rafael Lange 'tá na lista?

O porteiro suspirou novamente, estressado.

— Eu acho melhor se vocês irem pra casa por hoje.

— Seu Antônio, mas e se tiver acontecido alguma coisa? E se ela estiver machucada? Ela não responde nossas mensagens! — exclamou Bella, apertando a mão de Di com força.

— Eu sinto muito.

As três meninas se afastaram do prédio, frustradas. Entraram de volta no carro de Giulia e foram até o apartamento da mesma em completo silêncio.

Estavam sentadas na sala quando Diana soltou, com a voz rouca:

— Vocês acham que ela 'tá brava com a gente?

— Não, Di, claro que não — a voz de Isabella era suave, da forma que sempre era quando assumia o papel de mãe do grupo. — Aconteceu alguma outra coisa e ela não quer incomodar, que nem quando ela e o Gui terminaram. Não é nada pessoal.

Giulia fechou os olhos por um segundo, e então um pensamento bastante óbvio lhe ocorreu:

— Ei, e se tiver acontecido algo quando ela foi se encontrar com aquele conhecido de quem ela falou? Ela 'tava preocupada, com medo, tanto que ela veio compartilhar a localização dela com a gente e essas coisas.

— Pode ser. Mesmo assim, como é que a gente faz pra falar com ela? Ela nem recebe mais as mensagens.

— Eu tenho certeza que o Cellbit 'tá na maldita lista de pessoas liberadas. Desde que eles começaram a ficar, ele praticamente mora lá!

— É, Bella, mas e se ela tiver tirado ele da lista? Ela tirou até a gente.

Isa murchou, desanimada. Diana suspirou, tirando o celular da bolsa:

— Mesmo assim, vale a pena tentar.

são paulo • [r.l.]Onde histórias criam vida. Descubra agora