Just Love - Capítulo 4

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Filho da mãe. Sanem tentou não demonstrar que havia visto e não sabia como disfarçou tão bem, pois sua vontade era de mata-lo. Teria que pensar em uma forma que pudesse o atingir da mesma forma. Mesmo que ele pudesse ter boas intenções sobre aquilo, tinha deixado ela louquinha durante um dia inteiro praticamente. Percebeu que ele a observava enquanto caminhava de volta a mesa, mas não o olhou de volta. Não queria se entregar e seria difícil, já que sempre foi muito expressiva. Finalmente ela conseguiu manter o foco por algum tempo e tomar as decisões finais sobre a marca junto aos seus amigos da agência. 

Com o trabalho finalizado todos seguiram para suas casas e Sanem pôde finalmente curtir o sossego do seu jardim, mas a sua mente era um barulho constante. Já era noite. Estava ansiosa, porém ainda não havia pensado em um plano. Não havia visto Can desde que terminaram os trabalhos, foram ao centro fazer algumas compras para a campanha e depois disso não o viu mais pelos cantos da fazenda, nenhum sinal da Mihriban e do Aziz também. Ela estava só, aparentemente.

Esse detalhe a frustrou um pouco. Ela estava linda, usava uma roupa leve. Short jeans branco e um top de alças finas também branco com um kimono estampado por cima, deixando sua cintura fina e barriga enxuta amostra. Se sentia linda e sexy naquela noite. Queria que alguém pudesse admirar e dizer o quanto ela estava maravilhosa, elogiasse o seu cheiro. Fechou os olhos e a sua imaginação a levou imediatamente a Can. Ele ainda mexia com ela, e muito. Abriu os olhos tentando afastar os pensamentos impuros e voltar ao que realmente importava: o plano. Ele ainda estava com o seu anel, ela precisava de uma ideia.

Em meio aos pensamentos, se lembrou da bandana que Can havia ido buscar no dia do incêndio. Aquela bandana tinha história entre eles. Não era a primeira vez que ele a reivindicava. Sanem sorriu ao lembrar-se das inúmeras tentativas de toma-la de volta, sem sucesso. De quando ele machucou a mão enquanto estavam presos no galpão escuro e ela  a usou para enfaixar o machucado. De quando sua mãe o chamou para testar os alimentos dela e de sua vizinha que viviam competindo e ele, finalmente, conseguiu a posse do pano. Sabia o quanto ele amava a sua bandana e quantas lembranças a rodeavam. Era isso.

Empolgada com a ideia de jogar com ele e vê-lo um tanto quanto desesperado, tal como ela tinha passado o dia, correu até a casa ao lado da sua onde se alojavam a família do Aziz. Com cuidado ela se dirigiu até a entrada, chegando a sala e procurando em alguns cômodos ali. Nada. 

Ouviu o som de algo, havia movimentação na casa. Se assustou e começou a pensar numa possível desculpa caso fosse pega no flagra. Era o barulho do chuveiro. Ok, talvez ele esteja em casa. Aproveitou a distração e correu em direção ao quarto dele, passando pela porta do banheiro e dando uma espiada no material antes de seguir adiante. Como pode ser tão lindo? Allah Allah!  Queria olhar mais, porém tinha que ser rápida. Seguiu adiante e, antes de dar mais um passo, resolveu dar mais uma espiada. Calor, muito calor. Talvez eu devesse entrar nesse chuveiro também... Hayır! Se controla, Sanem... 

Continuando a missão, Sanem entrou no quarto observando os detalhes. Alguns pertences dele muito conhecidos por ela. Na escrivaninha havia a pedra da lua, carteira, chaves do carro, mas nenhum sinal da bandana. Em cima da cama haviam algumas roupas meio dobradas e o celular. Sanem pegou sua camisa e inalou o cheiro do perfume misturado ao da pele de Can ainda impregnado a roupa, sentia falta de cheira-lo. Ele vivia falando sobre o perfume dela, mas o dele  era tão incrível quanto. E ela amava inalar essa mistura deliciosa diretamente de sua pele, enquanto estava em seus braços. Deixou a camisa de lado, pois já tinha demorado mais do que devia ali e acabaria sendo pega por ele daquela forma.

Abriu a gaveta da cômoda ao lado da cama encontrando o que ela tanto procurava, ouvindo no mesmo instante o som do chuveiro sendo desligado. Correu em direção a porta ainda com a bandana na mão, tentando passar despercebida em frente a porta do banheiro que seguia aberta, conseguiu chegar até a sala e guardou a bandana em seu bolso de trás, mas num momento de distração quando sorria pela vitória e olhava em direção ao corredor que a levaria novamente ao quarto de Can, se esbarrou em uma cadeira fazendo um barulho leve. Droga! 

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