Meu Chef Sedutor - Spin-Off de Apenas Uma Noite (hiato)

Capítulo 5

Já era 7:30 horas, e a última vez que apertei no botão soneca do meu celular. Depois de um banho demorado, vesti a roupa para ir trabalhar. Foi naquele instante que lembrei-me da minha incomum visitante que deveria estar dormindo no quarto ao lado.

Sai rapidamente do meu quarto e ia bater na porta quando a mesma foi aberta revelando Micaeli, que corou lindamente ao me notar. Fiquei feliz com a ideia de que ela estivesse envergonhada a me ver. Isso dizia muito sobre como eu a afetava.

― Bom dia Micaeli. Dormiu bem? ― Fitei seus olhos arregalados e sorri de lado, quase imperceptível agora.

― Bom dia Diogo. Me desculpe por isso, não sou acostumada a beber álcool, e acho que fui muito inconveniente...

― Shiuuu! ― coloquei o dedo sobre os seus lábios, calando-a. ― Não foi inconveniente nenhum. Mas se demorarmos muito, você vai se atrasar para o trabalho, e aposto que seu chefe não vai gostar de saber que demorou a chegar porque estava bebendo. ― Pisquei para ela. ― Você deve comer alguma coisa e beber água para acabar com os efeitos do álcool.

Caminhei para a cozinha e peguei algumas frutas e água na geladeira, e peguei analgésicos que tinha para alguma eventualidade.

― Coma alguma dessas frutas e depois tome esse comprimido. Vai te deixar pronta para outra. ― Sorri para ela.

― Obrigada pelo cuidado, Diogo. Realmente não esperava que fosse tão legal assim. ― Ela me olhou rapidamente e voltou a se concentrar na maçã que comia. ― Ainda assim, estou extremamente envergonhada.

― Para ser bem sincero isso é novidade pra mim. Geralmente nenhuma mulher fica envergonhada depois de dormir na minha casa. ― Peguei uma maçã também e dei uma mordida. Vi Micaeli ficar vermelha tal qual o fruto que eu comia. ― Se bem que não trago mulheres aqui. Este é o meu refúgio. Só trouxe aqui pessoas que confio.

Ela acabou rapidamente de comer a fruta e lavou as mãos na pia. Segurou a bolsa que estava sobre a bancada e olhou o celular. A mulher estava completamente nervosa, desconfortável, bem diferente do dia anterior.

― Eu vou indo, tenho que passar em casa. ― Micaeli virou-se para sair da cozinha quando a segurei.

― Calma! Eu te levo até lá. ― Joguei o resto da maçã no lixo e lavei a mão também.

― Não precisa. ― Micaeli falou depressa.

Achei estranha a retração repentina da moça. E percebi que algo estava a incomodando, e não era bem eu ou talvez fosse. Segurei sua mão e a puxei para perto.

― Ei Micaeli, o que está acontecendo?

Ela me fitou nervosa e baixou rapidamente o olhar para a minha mão.

― Eu não lembro bem do que aconteceu ontem... depois de tomar todo o vinho, e não sei como fui parar no quarto...

O teor e o tom de sua voz me fizeram clarear a confusão inicial com a fala dela. A moça estava pensando que eu tinha me aproveitado dela inconsciente.

― Mio Dio! ― Eu estreitei os olhos para ela. ― Posso ter muitos defeitos, mas todas as mulheres que tive foram plenamente conscientes. ― Soltei a mão dela ainda sobre o impacto da ideia.

Pela primeira vez vi Micaeli corar tão forte e arregalar os olhos como se pudesse enxergar algo melhor assim.

― Não! Diogo, não foi isso que quis dizer, por tudo o que é mais sagrado, quanta vergonha. ― Ela colocou as mãos sobre o rosto tentando de esconder. ― Como eu queria cavar um buraco e me esconder agora. ― A morena murmurou.