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Oi! Lembram de mim? Então, voltei. E bom, quero dizer primeiramente que se você se incomoda com o fato de o personagem ficar com alguém que não seja o seu par do shipp, não continue lendo.
Era só isso, xau

#lobinhodoji

ʟʏᴄᴀɴ

O medo é um sentimento ruim. Ruim a ponto de te privar de fazer muitas coisas. O medo é a sua fraqueza, o seu desvio psicológico. Que se ativa nos momentos mais inoportunos quando você se vê numa situação de perigo.

Era assim que Junhoe se sentia sempre ao ouvir aqueles uivos e o farfalhar alto das árvores, que ornamentavam a fachada da pequena fazenda. Sentia medo, puro temor. Por quê? Não era pauta de discussão. Só tinha e precisava que respeitassem. Coisa essa que sua família, tão amorosa e perfeita, fazia com gosto.

Eram humildes mas, acima de tudo, amavam-se e respeitavam os limites uns dos outros.

- Yeji, hora de ir pra cama. - falou o pai após ver que a pequena havia terminado sua sopa.

- Boa noite, mama. Boa noite, papa - saudou e logo alcançou o colo do irmão mais velho - Boa noite, maninho.

Fofa. - pensou Jimin e devolveu o "boa noite".

Yeji, agora com treze anos, era uma pré-adolescente comum. Não que não fosse, era só que...sua condição de saúde lhe limitava a muitas coisas: como por exemplo, correr demais atrás das galinhas, pegar garoas ou até banhar à noitinha no igarapé com o irmão, agora um adolescente formado.

Jimin já tinha pequenos pêlos nas axilas e pélvis - muito obrigado, puberdade - ao ter alcançado os dezesseis anos. Ainda era magro, mas agora já possuía coxas parcialmente grossas e até bochechas mais gordinhas. A família enfim estava se alimentando bem e o mais velho dos filhos precisava ajudar mais ainda o pai nas tarefas da fazenda.

- Hoje vai chover - Seolhyun comentou olhando pela janela e Jimin logo levantou para pôr os pratos na pia com o genitor. Estavam se organizando para dormir, não antes de checar se Yeji respirava bem. A menina tinha os olhos lindamente puxados como os do pai e os cabelos escuros como os da mãe. Jimin certa vez chegou a acreditar que havia sido trocado na maternidade por não parecer tanto com os pais, mas isso não o fez ficar mal, ele sabia que aquela era mesmo sua família.

Junhoe se mostrou mais tranquilo na semana que se passou pois não ouviu nenhum uivo. Seolhyun estava menos preocupada com a caçula já que as crises de asma não vinham sendo muito frequentes e Jimin ficava feliz em ver que tudo estava em ordem. Estudando bastante ainda, já ia à escola com Yeji, andando à pé por alguns poucos quilômetros.

Yeji, por sua vez, percebia agora a real situação de sua família e mesmo com sua pouca idade, se sentia, muitas vezes, um peso. Mesmo que não fosse e soubesse que era errado pensar assim de sua família tão amorosa. Ela e o irmão estavam mais apegados que nunca. Jimin cuidava da irmã como se cuida de um bebê e a caçula adorava toda aquela atenção. Aliás, quem não quer uma boa relação com os familiares, certo?

No dia seguinte, o primogênito dos Park acordou com uma goteira acima de sua cabeça; o telhado precisava mesmo ser trocado.

- Filho, vem tomar café - o pai chamou da sala, onde ele e a esposa já se sentavam tomando um café e comendo ovos mexidos com o pão que seolhyun fizera na noite passada.

Após o café, os irmãos já estavam de banho tomado e uniformizados devidamente para ir à escola. Seria uma caminhada um pouco difícil até a instituição pois ainda chuviscava. Yeji adorava a chuva. De verdade, ela amava muito. O cheiro da terra molhada a encantava e esse era um dos motivos pelos quais ela não reclamava por morar na área rural e não na cidade.

Lycan - jikook aboOnde histórias criam vida. Descubra agora