| Prólogo |

11 4 0
                                    

Narradora

Ele estava na casa dela, a humilhando,enquanto ela derramava muitas lágrimas. Seus cabelos ruivos e brilhantes, estavam bagunçados e foscos. Os fios saindo do contorno. Ela estava com um vestido rasgado e sujo. Sua aparência está o contrário do normal.

__Pare... Pare, você está me machucando! Meu coração... Você está o quebrando! - berrou chorosa.

Sua vida estava indo tão bem, e de repente, tudo desabou. Sua vida virou um completo inferno, com esse homem atormentando-a.

Ele se fez de amigo, mas a humilhou. Ela não sai mais, não se acha bonita, não tem vontade de se vestir lindamente.

Suas cores se perderam, o seu brilho nos olhos sumiu. Onde está a garota linda, feliz e gentil que todos viam e amavam? Ela não sente esse tal amor.

Ele havia transformado-a. Outra alma bem diferente estava naquele corpo.

__Como faço para parar com essas dores? - soluçou - Me mate!

__Faça isso você mesmo, Débora! Faça pelo menos algo que preste nessa sua desgraça de vida! Para que irá servir? Você é ninguém, é uma nada. Ninguém te ama! São falsos porque eles têm pena de você! Se jogue deste prédio, acabe com essa miserável que é sua existência!

A menina o olhou e acreditou em suas idiotas palavras. Apoiou-se no parapeito de sua janela e olhou a rua lá embaixo. Eram apenas 120 miseráveis metros.

Ele repetiu as palavras e ela se jogou contra a janela. Seu corpo se chocando com o vento enquanto caía lentamente. Os cabelos ruivos podiam ser avistados de longe. Em câmera lenta, sua vida passou por seus lindos olhos verdes acinzentados.

Em poucos segundos, um aglomerado de pessoas se formou em torno do corpo da garota que fez uma pequena cratera no chão. Ninguém naquela roda realmente se importava com ela.

Era, na maioria, vizinhas fofoqueiras que só falavam dos outros. E outros curiosos que passavam quando presenciaram a cena.

Os policiais chegaram e os bombeiros vieram junto. Um policial foi avisar a escola, e assim foi a morte de Débora Bryant.

A Culpa É Dele [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora