Mudar por amor...? TP 2

Um problema sério

Nayla narrando

–Olá turma 3-2!

–Olá sensei!!

–Todos animados?

–Sim sensei!!

–Então, vamos nessa!

Embora sejam todos adolescentes, sinto um aroma infantil quando estão juntos aqui. Lee é o que mais fala durante a trilha, e eu apenas ensino a como lidar com os bandidos quando atacam de surpresa.

–Sensei, o que é aquilo?

Um dos meu alunos aponta perguntando.

–Aquilo é um ninho de besouro verde. Tem vários desse por aí então fique atento Boruto.

Ele sorri entusiasmado com a missão que acabara de receber.

–Hum...

–O que foi, Nayla?...

Lee me pergunta e eu faço que não com a cabeça. Senti um formigamento na nuca, mas foi tão rápido.

–Turma. Fiquem atentos para não tropeçar nem cair.

Todos dão risada. Lee continua me encarando. Parece que ele percebeu. Não é a primeira vez que eu sinto esse formigamento e ele passa rápido. Sinto isso todos os dias nas trilhas em que eu vou. Sempre tem alguém aqui mas... Eu tenho quase certeza que não é um bandido comum.

–Lee, vc pode cuidar da turma pra mim? Preciso falar com alguém.

–Ah... Posso. Mas não se costume em deixar o trabalho pra mim, e volte logo.

Tocamos as mãos e eu volto pelo caminho da trilha. Preciso falar com Gaara. Acho que já esperei de mais. Sinto o formigamento outra vez, mas... A cada passo que eu dava e sumia e reaparecia.

O que está havendo? Alguém está me perseguindo?

Paro no meio do caminho. Acabo de perceber algo.

  A turma! Não posso deixá-los lá!

Volto correndo.

–Lee! O que houve?!

–A Sarrada torceu o pé.

–Eu não torci! Alguém me empurrou e eu caí!

–Não seja tonta. Bem que a Sensei falou pra cuidar pra não tropeçar nem cair. Foi especificamente pra Sarrada.

Boruto e a turma riram.

–Cala a boca! Eu aposto que foi o Uzumaki!

–Ok, turma. A expedição vai ter que ficar para outro dia. Não tem como a Sarrada ficar assim. E se um não vai, ninguém vai. Vamos voltar.

Disse Lee, e todos deram meia volta reclamando.

–Tinha alguém aqui de novo não tinha?

–Sim. Vc acha que...?

–Não sei, mas é melhor não arriscar. Fique atenta então. Depois vc fala com Gaara.

Saímos da trilha.

Meio dia Gaara narrando

Chego em casa, e encontro Nayla em pé no meio da sala, parecendo pensativa e angustiada.

–Nayla? O que foi?

–Gaara. Vc tem notado... Uma...

–Movimentação incomum nós arredores de Konoha? Tenho.
Vc esperou todo esse tempo pra me dizer?

Sento no sofá. Ela senta ao meu lado.

–Hoje, eu senti a presença dessa pessoa de novo. Mas...

–Como sabe que é pessoa?

–Por que um animal iria me perseguir???

–...Faz sentido...

–Eu saí de perto da turma pra vir te avisar. Mas quando eu me dei conta do que estava fazendo, voltei. A Sarrada tinha torcido o pé. Ela disse que alguém a empurrou.

–O Boruto?

Faria bastante sentido, já que aqueles dois não se bicam.

–Se tivesse sido ele, alguém teria falado. Havia muita gente atrás deles. Os outros alunos também estavam lá.

Acho que é melhor falar...

–Alguns comerciantes de fora da aldeia, foram atacados.

–O que?!?! A quanto tempo você sabe disso?!?!

–Descobri ontem. Neji me ligou falando disso. Alguns deles viram mais ou menos a pessoa.

–...!?

–O cabelo era cinza, eu acho. Usava um manto cumprido, meio preto ou azul. Seu lá. Disseram que não era velho. Parecia ter a idade de um de nós.

Olhei para Nayla. Parecia que ela tinha congelado na minha frente. Também tinha ficado mais branca.

–Nayla???

–Carregava algum símbolo? Nas costas do manto?

–Uma serpente com asas. Era o que parecia.

–Um dragão do mar, Gaara.

–... ... E?...

–Isso é um problema sério, Gaara. Eu acho que isso pode ser um inimigo.

–Por que está tão preocupada?

–Porque é um inimigo bem mais antigo e poderoso do que vc pensa. Quer dizer, pode ser.