° NOVE

9 4 1
                                    

— Espera, está me dizendo que Satanás fez essa regra?

— Sim. Há muitos anos, Satanás, tinha um clã de bruxas que eram totalmente fiéis à ele. — ela comentou mastigando uma formiga, sim, ela estava comendo uma formiga. — E então, duas das suas seguidoras, resolveu ter um caso com um vampiro.

— Umas das seguidoras de Satanás teve um caso com vampiro?

— Isso. As duas. Tiveram relações com o mesmo vampiro. — fiz uma cara de nojo. — Elas começaram a se afastar de Satã, e ele se sentiu completamente ofendido por esse motivo.

— Mais então, o que os lobos tem a ver com essa história?

— Ninguém sabe ao certo. Uns dizem que foi meu pai, Raoni, que ele fez um acordo com Satã.

— Qual acordo?

— Que Satanás nos protegesse, e nenhum do nosso clã, iria se envolver com seus filhos, sendo ele bruxo ou vampiro. — balancei a cabeça positivamente.

— E o que aconteceria se, alguém do seu clã, se envolvesse com um bruxo?

— Ele mandaria um de seus filhos, destruir todos aqueles que fazem parte do clã Heirs. — agora eu entendo o motivo deles terem levado minha mãe.

Ela não podia ter nenhuma relação relação com meu pai. E pra piorar, eles me tiveram.

— Por isso pegaram minha mãe?
— indaguei já sabendo a resposta.

— Sim.

— O que vai acontecer com ela?

— Ela vai ser condenada à passar o resto da eternidade do lado de Satã.

— E se eu me entregar? — ela se engasgou com a formiga e me olhou no fundo dos olhos.

— Você não pode fazer isso.

— Por que não?

— Você é nossa única esperança.

— Esperança?

— Sim. Há dois meses, nós pegamos um vampiro na nossa aldeia. E ele nos disse, que o clã deles, os Children of death irão atacar a aldeia.

— E porque eu sou a esperança?

— Você é uma mestiça! É a única que pode acabar com eles. — ela só pode estar de brincadeira comigo.

— Acabar com eles? Como irei fazer isso? Descobri ontem que faço parte dessa maluquice, e você já quer que eu entre em guerra contra um clã inteiro?

— Iremos treinar você.

— Iremos? Quem vai fazer isso? — fiz perguntas, no intuito de saber quem serão meus mentores.

Antes que ela me desse uma resposta bem justificativa, fomos surpreendidas por Jimmy.

— Mãe? — ele arregalou os olhos quando a viu.

Ela levantou - se e os dois se envolveram num longo e demorado abraço.

Fiquei ali observando aqueles dois, e lembrei - me, de quanto tempo não recebo um abraço desses. Nem sei mais o que esse carinho materno, não tive muito isso do lado do meu pai.

_________________

AI MEU DEUS!

Uma B. Entre NósOnde histórias criam vida. Descubra agora