𝑹𝒐𝒈𝒆𝒓𝒔 𝑬𝒅𝒊𝒕𝒊𝒐𝒏: 𝐂𝐨𝐦𝐚𝐧𝐝𝐚𝐧𝐭𝐞

Capítulo 3: Instinto Competitivo

A Helicarrier estava em solo, e em poucos minutos levantaria vôo. Quando chegamos já era noite. Steve havia estacionado sua moto e se apresentado para os agentes que guardavam a entrada do QG.

Porta-aviões da SHIELD
Localização desconhecida

– Senhor, Capitão Steve Rogers está entrando – ouvia um deles falar pela escuta ao longe.

Assim que adentramos na base móvel pude notar diversos agentes espalhados. Parecia o pentágono, ou alguma convenção dos Homens de Preto (MIB). A proteção era máxima. Se piscasse os olhos ali dentro, com certeza teria um agente reportando suas ações e dando entrada no sistema. Não havia um fio de cabelo sequer que não fosse escaneado. E falando em escaner...

Beeep, beep, beeep...

Agentes da SHIELD que estavam ao redor voltam seus olhares a mim, com uma de suas mãos dentro do terno – provavelmente prontos para sacarem suas pistolas e apontarem em direção a minha testa. – Eu tinha acabado de passar por mais um scanner deles, só que dessa vez era o metálico.

Reviro os olhos colocando as mãos pra cima lentamente. Odiava essas máquinas.

– Senhorita, eu precisarei--

– Está tudo bem – Steve interrompe. – Os ossos dela são de Adamantium.

O agente olha pra Steve desconfiado. Ele fala alguma coisa na escuta que não tive paciência pra ouvir, e então me libera.

– Adoraria desmantelar essas coisas algum dia... – eu sussurro.

Steve olha pra mim parecendo ter dificuldades em entender o que eu murmurava.

Toda aquela proteção me incomodava um pouco, mas compreendia a situação em que nos encontrávamos. Afinal, se tratava de uma organização que guardava diversas informações super-secretas. Acredito que há coisas ali que nem mesmo o governo sabe.

– Boa noite, senhor – um dos soldados passa por nós prestando continência à Steve.

– Boa noite, soldado – ele retribui.

Pegamos o elevador para o andar onde as coisas aconteciam.

Capitão percebe que eu estava quieta, e provavelmente também havia notado que eu observava tudo ao meu redor, por mais que discretamente. Talvez fosse esse o motivo de seu meio-sorriso igualmente camuflado.

Ao pisar pra fora do elevador, uma visão me tira o fôlego. Vários super computadores estavam em funcionamento, todos operando na mesma sala. Podia sentir levemente as ondas de frequência que emitiam naquele lugar. Era fenomenal a tecnologia que presenciava.

Nunca havia pisado na Helicarrier fisicamente antes.

– Não vá babar.. – Steve sussurra tirando uma comigo.

Ele sabia que eu era apaixonada por tecnologia.

– Santo Deus... Estou no paraíso. Ou será a NASA?

Aquela vastidão de área preenchida por luzes azuis, escutas e pessoas em trajes pretos. A logo enorme de águia na parede... Minha mãe havia me levado em seu trabalho uma vez quando menor. Tenho lembranças vagas, mas suficientes para saber que não se tratava da NASA. Estava em outro QG.

– Seja bem-vinda à SHIELD, criança – uma voz me desperta do devaneio, fazendo-me voltar a atenção para sua fonte.

– Obrigada, senhor – automaticamente presto continência ao homem do tapa-olho.