quando o vento de inverno traz aquela velha memória esquecida numa caixa empoeirada
e o cheiro que a memória carrega tem o aroma de mar e o sabor de lágrimas
fecha a janela
quebrando o vidro da tristeza
junta os cacos, a visão já tomou os olhos
pode-se sentir na ponta da língua
o sangue da invasão que mancha os dedos
