Capítulo 6- Facillier

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Até que esse novo mundo não era tão ruim. Tirando o fato de que eu tinha me tornado uma princesinha horrível e de que eu não tinha mais os meus amigos do outro lado, era até aceitável.

À noite, fomos até a casa de Gaston para tentar bolar um plano. Eu tinha chegado mais cedo, às 18h30, porque, aparentemente, meu pai iria ao cinema enquanto eu estivesse lá. Eu e Gaston ficamos assistindo um filme sobre uma criança que, após perder a mãe de forma cruel, é raptado, fazendo seu pai o procurar. Pelo visto, o nome é "Procurando Nemo". Antes do filme acabar, os outros chegaram.

-Todos já estão aqui? Ótimo. –eu falei

-Alguém tem uma ideia de como podemos voltar? –questionou Hans

-Talvez, poderíamos lançar outro feitiço! –exclamou Gaston

-Oh, você é tão inteligente! Nunca teríamos pensado nisso! –Malévola ironizou, afinando a voz para parecer uma princesa- É óbvio que precisamos lançar um feitiço.

-O problema é qual feitiço. –continuou Hades

-E como fazer isso. –finalizou Izma.

Eu revirei meus olhos. Como acharemos um feitiço? Onde acharemos? Nesse reino sem magia é tudo tão complicado! Eu abaixei a cabeça, tentando pensar em algo.

-Mas, afinal, qual teria sido a nossa falha para pararmos aqui? –alguém perguntou

-A lágrima da Grimhilde, claro. Acho que teria que ser uma lágrima derramada por amor verdadeiro, e não por luxúria. –disse outra pessoa, que reconheci pela voz como Mia, ou Malévola.

Nesse momento, levantei minha cabeça e olhei para ela, esperançoso. Eu tinha uma ideia:

-O que você disse?

-Que a lágrima da Grim era a falha...

-Não, depois disso.

-Hã... Que teria que ser uma lágrima derramada por causa de amor verd...

-É isso! Já sei a resposta!

-Acho que estou entendendo- murmurou Gothel

-Pois eu não estou –disse Gaston, inquieto

-O único jeito para voltarmos para casa é através daquela única coisa que já venceu a todos nós.

-Amor verdadeiro- enfatizou Úrsula.

-Tecnicamente, um beijo de amor verdadeiro- Grim explicou

-E como faremos isso? Daqui a 30 minutos um primo meu vem me buscar- Hades reclamou

-Que tal uma festa do pijama? Teremos mais tempo para elaborar tudo –eu falei, sorrindo

Passamos o resto do tempo combinando como seria. No final, concordamos que seria na casa da Gothel, no dia seguinte, a partir das 17h e que tínhamos que levar comida. Eu iria levar bolo. Terminamos de planejar e fomos embora. Meu pai me buscou, já perguntando:

-E então, Roberto? Como foi?

-Ah, pai, foi legal. Amanhã vai ter uma festa do pijama na casa da Cris. Você pode me levar? –eu perguntei, me lembrando do novo nome da Gothel

-Cris? Quem é essa? É sua namorada? –ele brincou e eu senti minhas bochechas corarem

-C-claro que não. É uma amiga do colégio. Tem um monte de colegas meus que irão.

-Tá certo. Então, eu vou te levar. Só me diz o endereço e o horário.

-A casa dela é aquela, perto da escola. Rua Wall T. Disney, 244. Vai ser a partir das 17h. Ah, e tenho que levar bolo. –eu falei e ele concordou com a cabeça, ao mesmo tempo que chegamos em casa. Eu suspirei, ansioso para o outro dia. Ou melhor, noite.


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