Capítulo 30 - Saindo pelo Cano

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Daniele passou dias sem checar o sistema de monitoramento da fábrica. Ela estava muito confiante de que, pelo menos uma das minas, iria explodir. Ledo engano. Yury conseguiu desarmar todas elas.

Daniele: O quê? Esses garotos são uns cabras da peste mesmo. Como que eles conseguiram se safar das minas explosivas?

Daniele: Ah, chega de brincadeiras por hoje. É hora da titia Daniele pôr esses moleques para tomar banho.

Daniele: Robôs?

Daniele: hora de dar uma faxina na fábrica.

E de repente, Daniele acionou um comando para a fábrica toda entrasse no estado de lavagem. E isso só era possível graças à tecnologia 5G existente no local.

De repente, Luíza percebe que há um vazamento de água em um compartimento da fábrica.

Luíza: gente, vocês viram que está tendo vazamento de água ali?

Cláudio: Vazamento de água, Luíza, na fábrica? você está ficando doida.

Yury: Não, Cláudio, a Luíza tem razão. E não é um simples vazamento de água. É bem pior que isso. Temos que dar um jeito de sairmos desse lugar o quanto antes.

Os três correram para o corredor mais alto que havia na fábrica a fim de ganharem tempo e não serem afogados. O nível de água no interior da fábrica subia assustadoramente.

De repente começaram a surgir robôs esparramando detergentes por toda parte, robôs vassouras esfregando tudo o que encontravam pela frente e robôs rodos jogando água em alguns lugares e tapando outros.

Luíza: Meu Deus! Estamos increncados!

Luíza: Olha só Yury! Lá vem os robôs que nos tinham capturado da última vez.

Yury: De pressa, gente. Vamos sair logo daqui. Mas tenham cuidado porque o chão está escorregadio.

Cláudio: Já que o chão está escorregadio, porque não usamos ele a nosso favor?

Cláudio: Porque a gente não escorrega de joelho igual a gente fazia quando éramos crianças. Lembra da gente escorregando enquanto as nossas mães limpavam a casa?

Yury: Tem razão, Cláudio. Tem razão, Cláudio, assim a gente ganha velocidade e escapa dos robôs.

No entanto, mesmo escorregando de joelho, eles não ganharam tanto tempo assim. Se continuassem naquele ritmo, logo, logo, os robôs os alcançariam.

Cláudio: Eita! Eu acho que isso não foi uma boa ideia.

Yury: Calma, gente. Vamos tentar enganar o algoritmo deles. Vamos fingir que nós três escorregamos e caímos lá em baixo. Daí a gente nada até aquele cano enorme e entra dentro dele. Combinado?

-Sim

Yury: Então segurem o fôlego!

A estratégia de Yury foi um sucesso. Após atravessarem o cano, eles foram parar em um compartimento em que eles nunca tinham visto antes. E nesse compartimento havia outra tubulação. Só que agora ela estava localizada na região superior.

Yury: Gente, respire fundo. A gente vai ter que repetir tudo de novo. Vamos ter que entrar por aquele outro cano, agora.

Luíza: Eu estou muito cansada, Yury, não tem nada para eu me apoiar. Se continuar assim vou me afogar.

Yury: Aguente só mais um pouco, Luíza. O nível da água está quase atingindo a altura do cano. Daí a gente vai poder entrar nele.

No entanto, nem Luíza, nem Cláudio conseguiram aguentar. Eles ficaram exaustos e se afogaram.

Yury: Minha nossa!

Yury imediatamente mergulhou para salvar seus primos. Ele pegou Luíza por uma mão e Cláudio pela outra. Mas quando os três emergiram, seus primos ainda estavam inconscientes.
Yury, então, pressionou a região ventral dos dois a fim de fazê-los expelir a água. Por sorte funcionou. Porém eles estavam fracos demais para conseguirem se manter sozinhos na água. Yury os segurou até o nível da água atingir o cano. Quando isso aconteceu, ele os colocou primeiro e, por fim entrou. Ufa!
Yury também estava cansado. Se demorasse mais um pouco, os três sucumbiriam.
Os três percorreram a tubulação como se estivessem em um toboágua.
E, enfim, eles conseguiram escapar daquela maldita fábrica.
Eles, literalmente, saíram pelo cano.

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