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E de novo, estava eu, na mais fervorosa discussão com Kim Namjoon desta semana. Tinham sido vários: notas baixas, tempo demais no computador, estar no telemóvel durante uma refeição, que ele nem estava a participar; e a de este preciso momento: eu tenho que obedecer ao meu querido padrasto, porque a minha amada mãe casou-se com ele.
Ignorando este ser humano que continua a azucrinar os meus neurónios. Olá, eu sou a S/n, tenho dezoito aninhos recém feitos, tenho um irmão, um meio-irmão e três meias-irmãs, os meus pais separaram-se quando eu tinha dezasseis, porque a minha mãe estava apaixonada por este ser vivo com quem ela se juntou matrimonialmente um ano depois.
Incomodada com o dedo que insistentemente apontava para a minha cara e com as palavras ríspidas que eram cuspidas pelos lábios do mesmo, virei-lhe as costas, calmamente saí da sala em tons de cinza e subi as escadas até à terceira porta: o meu quarto.
Ao fechar a porta, encontrei Jungkook: moreno com cabelo livre de gel penteado para o lado, olhos escuros, corpo alto e forte, resumidamente, o meu meio irmão. É também a minha companhia e a única parte agradável do casamento da minha progenitora com o seu progenitor.
Ao se aperceber da minha irritação, aproximou-se com os braços abertos e enlaçou a minha cintura apoiando o queixo no meu ombro.
Desde que conhecera Kim Jungkook no jantar de trabalho de fecho de mês quando tínhamos dez anos, desenvolvemos a mania de passar a vida abraçados e enroscados um no outro.
– Foi o meu pai novamente, certo? – Questionou com um riso soprado, virei-me para ficar frente a frente com o belo rosto do homem e passei os braços pelo o seu pescoço.
– Sim, quem mais poderia ser? – Era óbvio, só podia ser ele. É sempre ele.
– As minhas irmãs, visto que elas não gostam de nós – Relembrou as três piranhas de cabelo loiro, apenas existente pelos bons produtos que o dinheiro papá delas compra para hidratar aqueles fios cheios de química.
Sorri em resposta, as suas pernas fizeram-me dar passos para trás até sentir o frio da parede chocar com o meu corpo e os lábios finos encostarem aos meus sem pressão ou pressa.
– O que é que tu fizeste desta vez? – Outro beijo leve foi depositado na minha boca, deslizando para o meu pescoço e as mãos compridas e frias correram para o meu quadril.
– Sabes, na verdade, nem eu sei. Acho que foi por ter ido com o Jimin ao parque e não lhes ter dito nada – Chutei um motivo para o ar, porém era muito capaz de ser este.
– Mas eu disse-lhes – A respiração quente proveniente do Kim mais novo bateu contra o meu pescoço, causando um arrepio em cada pelo da minha derme, soltei uma risadinha soprada.
– Parece que tudo é motivo para ele discutir comigo, porra nem a minha mãe é tão chata – Falei, e toda a indignação que eu cultivava dentro de mim desde que partilhava casa com aquele ser voltou a emergir.
– Ei! Nervosinha, tem calma baby. Queres que eu te ajude a acalmar? – Os dígitos frios do moreno penetraram o tecido fino da minha camisa, os olhos negros escureceram um tom em desejo, as pupilas dilataram e o sorriso ladino demonstrava a malicia das suas palavras.
– Quero – Com os calcanhares fora do chão para me deixar mais nivelada com Jungkook, dei-lhe um beijo apressado, puxei o lábio inferior com os dentes e voltei a juntar a minha língua com a dele.
Durante as minhas ações, os polegares alheios acariciavam a pele macia da minha cintura, deixando ondas de arrepios pela falta de equilíbrio térmico entre nós.
Num movimento rápido, os braços fortes seguraram as minhas pernas, atirou-me para a cama com brutalidade, posicionando o peito largo em cima do meu e passeou as mãos por baixo da minha camisa até ao aro de ferro do meu sutiã, onde apertou com alguma força, sem romper o beijo.
Afastamo-nos por falta de oxigénio nos pulmões e passei as unhas compridas pela camisa branca dele, arranhando-o de leve, o que fez com que Kim suspirasse.
Comecei a desabotoar os botões da camisa do Kookie, enquanto ele beijava a pele descoberta pelo decote da camisa e prensava o seu quadril contra o meu, fazendo-me gemer pela fricção da extensão dura.
De repente o som da porta a abrir e de a maçaneta de ferro bater no cimento da parede foi ouvido por nós. Eu e Jungkook olhamos para a origem do barulho assustados, e quando vimos Namjoon encostado à ombreira da mesma, dei um pulo tirando o homem de cima de mim, começando a ajeitar a roupa e cabelo.
– Então, este é o jogo que vocês jogam durante horas? – O mais velho parecia surpreso e furioso ao mesmo tempo, os seus punhos estavam cerrados, porém o seu corpo estava relaxado contra a ombreira e as suas sobrancelhas arqueadas.
– Appa, não é nada disso – O pai do moreno lançou-lhe um olhar de repreensão. Preciso mesmo ensinar Jungkook a mentir, oh menino sincero – Na verdade é, mas nós somos meios-irmãos, não há problema nenhum – Explicou-se bem atrapalhado, na tentativa de não nos arranjar problemas.
– Não, não há problema algum. Arrumem-se e desçam, que o jantar está pronto. E menina S/N, a tua mãe não vai gostar nada disso, mas eu também não vou contar; e Ah! Virar as costas quando uma pessoa fala contigo é falta de respeito – Assim que terminou o seu discurso inovador, Nam virou-se para sair.
– 'Tou a ir – Gritei quando ele fechou a porta, ignorando o "aviso" – Empata foda do caralho – Jungkook riu alto, debochando da minha pessoa.
– Parece que não consegues, né? – Entre risadas, Kook afirmou com a mão na barriga.
– Ah, vai à merda Jungkook! – Deferi um tapa no braço forte e ele queixou-se mesmo que não tivesse doído.
❦❦❦❦❦1 semana depois❦❦❦❦❦
– Porra Namjoon! Tu não mandas em mim, quem manda é a minha mãe, e para além disse eu já tenho dezoito fucking anos – Gritei para o mais velho que não me queria deixar sair de casa para ir ter com os meus amigos Jimin, Hoseok, Taehyung, que estavam à minha espera.
– A tua mãe não está, por isso, quem manda aqui sou eu, e eu já disse que eu não quero que vás ter com eles sozinha, entendidos? – Falou com a maior calma do mundo, virando mais uma página do seu livro, o que me irritou mais ainda – Estamos entendidos S/N?
– Não, não estamos. Tu não és o meu pai para mandar em mim, tu não és nada meu, só o homem que casou com a minha mãe – Soltei o que estava entalado há algum tempo na minha garganta.
– Não, eu não sou o teu pai, mas eu sou o teu daddy e como uma boa babygirl que deves ser, tens de me obedecer ou então vou ter que te punir – Arregalei os olhos incrédula com o que acabara de ouvir.
Desde quando é que eu lhe dei essa intimidade?
Ele pousou o livro na mesa de centro, em passos medidos caminhou até para à minha frente, eu estava tão chocada e surpresa com o que ouvira que nem consegui reagir às suas ações. Kim puxou a minha nuca de forma a que eu o encarasse, segurou a minha cintura fazendo-me dar um passo em sua direção, e por fim, beijou-me. E eu cedi, era um beijo lento e sabia a menta pelo chá que bebia com a sua leitura, ou talvez das habituais pastilhas que ele mastiga.
Era um beijo bom, aquele que prende e agarrava, deixando-te com ansia de mais e medo do fim. Separamo-nos por falta de ar, sob os olhos analisadores de Namjoon que percorriam cada pedaço de pele existente na minha face rosada.
Quando voltei a mim e percebi o que tinha acabado de fazer, empurrei-o com força na tentativa inútil de o afastar de mim e saí daquela casa apressada.
No meio do caminho para não sei onde, peguei no meu telemóvel que por sorte estava no bolso traseiro das minhas calças e liguei para Park Jimin.
CONTINUA...
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O meu padrasto [Reescrita]
FanficShort fic - Concluída Sinopse: Vocês acham que eu tenho que obedecer ao homem a minha mãe escolheu para companheiro? Ao que homem nem se deu ao trabalho de doar o seu espermatozoide para me fazer? Pois, eu não. "Não vou descansar até te foder" e...