O que não estamos vendo?

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Sábado, 29 de Junho de 2019

- Dianna Cameron? –  Sina perguntou assim que uma mulher com a feição cansada, os cabelos negros presos em um coque mal feito e um óculos preto escorregando por seu nariz fino abriu a porta.

- Sim, sou eu. – Respondeu séria, analisando as duas loiras a sua frente.

- Eu sou a detetive Sina Deinert e essa é a detetive Joalin Loukamaa, estamos aqui para investigar um pouco mais sobre o assassinato de seu filho. Se importaria se déssemos uma olhada em sua casa? – Perguntou de forma tranqüila.

A mulher pareceu se assustar ao filho ser mencionado, mas logo assentiu, abrindo a porta e dando passagem para as detetives entrarem.

- Vocês já têm mais alguma informação sobre a assassina? – Dianna guiou as mulheres por um grande corredor que deu acesso a uma sala pequena. A TV estava ligada e um gato preto andava pela poltrona preguiçosamente.

- Reunimos algumas informações, mas não é o suficiente. – Sina respondeu enquanto dava uma olhada sobre algumas fotos em família que havia sobre a mesa de centro.

Joalin andava pela sala  analisando os móveis, se assustando quando o gato pulou subitamente em sua frente.

- Me desculpe, Meg anda meio arisca desde que John... Bem... – A frase desapareceu conforme falava, seu tom de voz meio embargado.

- Você se lembra de John estar estressado antes do assassinato? Chateado com algo? Talvez com uma namorada? – Sina perguntava andando pela casa, entrou em uma pequena porta dando acesso a cozinha e uma escada.

- Ah, não. – A mulher negou de imediato. – John era muito tranqüilo e péssimo com garotas, eu até mesmo desconfiava de sua sexualidade, mas ele era apenas muito atrapalhado. – Ela riu baixo, certamente por conta de alguma lembrança. – Ele nunca teve um namoro de verdade e duvido muito que pudesse conhecer uma mulher tão poderosa quanto a assassina, ele passava o dia inteiro jogando ou lendo quando estava de folga. – Deu de ombros.

- Poderíamos dar uma olhada no quarto dele? – Joalin quem pedira dessa vez e a mulher prontamente aceitou, as guiando pela escada.

- O que John estava fazendo tão tarde da noite na rua, Dianna? – Sina perguntou em um tom leve, não queria torturar a mulher com tantas perguntas sobre o filho.

Dianna já havia ido à delegacia e conversado com Jackson, mas fora apenas isso e não conseguiram chegar a lugar algum com as informações que a mãe da vitima os dera.

- Ele trabalhava em um bar aqui perto. A escala de lá era toda confusa então John nunca tinha um horário definido e como ele não tinha mais o que fazer, aceitava. – Abriu a porta do quarto que até então estava trancada, dando passagem para as mulheres entrarem.

O quarto era pequeno, uma cama de casal com lençóis azuis cheio de estrelas. Um computador e outros tipos de eletrônicos, as paredes eram cheias de pôsteres de bandas antigas e personagens de jogos e animes. Deram uma olhada em tudo, guarda-roupas, cômodas, gavetas, mas nada que pudessem usar.

- Ele não tinha nenhuma amiga que comentasse frequentemente com você, uma que gostasse de dançar? – Sina questionou com o último fio de esperança que tinha.

Dianna pensou por alguns instantes, mas logo negou com a cabeça, tão decepcionada quanto as detetives.

- Bem, obrigado por sua colaboração, Sra. Cameron. Se precisar de algo pode nos ligar. – Sina sorriu, se despedindo rapidamente da mulher.

Dianna as levou até a porta e as desejou sorte no caso. Joalin bufava no caminho até o carro, demonstrando toda sua revolta ao fechar a porta do carro com força;

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