Dia de manutenção

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Era um dia de manutenção do jogo, e quase todos os personagens estavam o aproveitando no famoso Bar do Barley.

– Mais dois pedidos chegaram. – Disse o garçom Eugênio. – O Frank e o Mortis querem cervejas, das mais explosivas.

– Seu desejo é uma ordem, clientela. – Afirmou o Barley, sorrindo por dentro.

Amava o processo de pegar a garrafa, girar muito ela com as mãos pegando fogo (como toque especial), e dar para o Poco, que curava a garrafa para neutralizar o veneno. Depois, ele ainda colocava o líquido na lâmpada do garçom, e no fim deixava dois copos e a lâmpada em uma bandeja para ser entregue. 

O barbixinha (Eugênio) pegou e foi até a mesa dos brawlers. Como sempre, apoia o ‘’prato’’ na mesa, pega o recipiente pela alça e com a outra mão esfrega ele como se fosse lustrá-lo; aí sim serve a bebidas nos copos e diz:

– Tome fazendo um pedido, que ele irá se realizar. – Jogando os riscos de seu belo ataque no teto.

– Valeu – -Frank agradeceu e o garçom saiu. – E aí, Drac-queen? Só nas gema?

– Só gemando, o povo não sabe fazer mais nada comigo. – Reclamou o Mortis, em tom de deboche aos jogadores. – E tu, Danonão-grosso? Pegou muitas bolas no último mês?

– De que bolas está se referindo?

– As do futebrawl, óbvio. Eu estaria falando de mais o que?

– Nada, esquece. – Pensando se era pra ser uma pegadinha mesmo ou não, ele desviou da pergunta. – E o seu trabalho? Como anda nos comandos da Supercell?

– Muito serviço pra pouca recompensa, mas isso não é novidade... – Desabafou o que eu acho que é um vampiro, sério.

Todos tinham seus deveres para o jogo funcionar. Mortis contabiliza as derrotas e deixa no histórico dos jogadores, enquanto Frank faz isso com as vitórias. Tem os bots para ajudarem todos, mas nem sempre trabalham com eficiência e a culpa cai neles.

– Bonjour, cavaleiros... – Cumprimentou a Piper, que passava por ali, girando o seu guarda-chuva já aberto.

– B-Benjur, Piper. – Cumprimentou o maior. – Você está com a aparência mais morta hoje...

– Ha, ha, ha! Oh, sweetie... você também. – Ela sabia que vindo do Dadonão, era provavelmente um elogio. – Posso tomar um pouco disso aí?

Ele deixou, mesmo sem ter tomado um gole da bedida.

– Hm, picante... – Falou com os olhos semisserrados, o que fez o ‘’zumbi’’ olhar para o teto, como se pensasse em uma imagine. – Olha, eu irei ter uma sessão agora, podem me dar licença?

– Sim, podemos. – Permitiu.

– O que? Claro que não. Nós pegamos a mesa primeiro, e é a única daqui. Que sessão é essa? – Já o Mortis, recusou, porque não importava o tamanho dos encantos da Piper, com ele não funcionariam.

– É comigo. – Disse a tara, brotando do além.-Saiam logo dessa mesa, senão ferrarei o matchmaking de vocês dois.

– Ah, é contigo, Chica?-Chica era o apelido do Mortis para Tara. Não pelas duas serem assustadoras como ela pensa, mas por achá-las galinhas desumildes. – Então podem ficar à vontade.

Os dois se levantaram, pegaram seu pedido e foram embora. As meninas tomaram seus lugares.

– Tire as luvas. – Mandou a Tara.

Assim a Piper fez, esticando sua mão, já esperando que a vidente a lesse. Mas não foi assim, ela pegou as cartas da calça, e deu uma delas para a princesa.

O Kagome que Errou o Chute (Brawl Stars)Onde histórias criam vida. Descubra agora