Meus olhos já estavam um pouquinho pesados, mas nada que me fizesse realmente ter sono. Eu sentia meu corpo todo leve, da mesma forma que sentia todos ali me encararem entrar pelas portas duplas da Ópio, clube que Jimin e eu frequentamos quase que religiosamente. A música do clube tinha uma pegada sensual, e pouco agitada, que já mexia com meu corpo todinho e me fazia querer dançar, além de pedir mais um drink ao barman.
Eu frequento a Ópio todo final de semana, porque sem exagero nenhum, esse lugar pra mim é como um paraíso! As músicas são maravilhosas, a decoração é impecável, e tem todo o tipo de bebida que eu tiver vontade no bar. Desde o mais cítrico como o Mojito, até algo mais doce como um Daiquiri com morango.
Eu definitivamente amo toda a euforia de uma festa. As danças em conjunto, os jogos loucos da galera embriagada, as risadas altas dos amigos, e toda aquela sensação de leveza e poder na pista de dança.
Mas mesmo amando de paixão tudo isso, eu não frequentava a Ópio só por esses motivos, na verdade eu também ia pra secar o DJ. Que aliás, me odeia.
Isso torna as minhas visitas aqui um tanto deprimentes, devo ressaltar.
— E aí, Taetae? — Parei de tomar meu drink forte quando Jimin surgiu, meio que parando a pista de dança como ele costuma “parar o trânsito”. — Já tá enchendo a cara? Nem me esperou? — Jimin fez um biquinho fofo, e eu revirei os olhos, lhe abraçando. — A propósito, amei o cabelo novo, você fica uma delícia de azul. Parece uma garrafa de Balalaika Blueberry.
— Vai se foder! — rimos juntos, enquanto eu olhava em volta e busca da razão dos meus pensamentos libidinosos.
— Ih! Já tá procurando o boy do som? Tu é masoquista por acaso?!
— Quieto, Jimin. Não tô procurando ninguém.
— Para de mentir.
— Não tô mentindo.
— Não tá mesmo?
— Pff! Claro que não!
— Aquele ali é o Jungkook de calça de couro?!
— Onde?! — Me virei imediatamente pra onde Jimin apontava, e bati na minha própria testa ouvindo ele rir feito um belo de um filho da puta que ele era.
— Pra quem não tava procurando ninguém, hein!
— Aish! Okay, eu tava procurando o Jungkook mesmo, idai?
Me encostei na bancada do bar, completamente emburrado, e Jimin apenas ria do bico infantil nos meus lábios, se divertindo com a minha desgraça.
— Você tem o dedo meio podre pra homem, migo. Tinha que ser logo o DJ?
— Como assim, dedo podre? Jimin, você já viu aquele homem?! O rosto, o corpo, a risada, as ruguinhas que ele tem embaixo dos olhos?! Aquele garoto parece um deus!
— É, mas ele não é. Na verdade ele parece ter aversão a um Deus em específico, aquele do álcool e tal. — Jimin começou a me provocar, depois de piscar pra o barman e pedir uma caipirinha.
— Se você começar a falar do meu pai, eu te faço engolir esse copo inteiro!
Apesar das risadas, Jimin notou minha bad real ali, e se aproximou de mim, dessa vez sem fazer gracinhas.
Okay, acho que pra que você entenda melhor o meu drama, eu preciso primeiro explicar umas coisas básicas, meio inacreditáveis, porém ainda básicas.
Pra resumir, à um tempão atrás a nossa queridíssima Gaia - criadora de tudo que existe nesse universo - fez os filhos dela - Zeus e companhia - selarem um acordo com os seres humanos. Ambos poderiam visitar as respectivas terras um do outro pagando um certo valor por isso. Como assim?
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Drunk In Love 🍇 [Kth + Jjk]
Fanfiction[CONCLUÍDO] O que fazer quando você é o filho do deus Dionísio e se apaixona por alguém alérgico a álcool? Esse era o maior dilema da vida de Taehyung, que recebia olhares tortos de Jungkook devido a sua aparência e odor característico, mas ainda as...