Casa

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Segurando a mão de Louis, Harry o puxa até o elevador, desviando das pessoas que se aglomeraram para observar os dois.

Todos querem dar uma olhada em Louis e saber por quê ele atraiu a atenção de Harry.

— Preciso buscar meu celular e as chaves de casa — explica ele —, prometo que será rápido e então poderemos ir embora passar os próximos meses reclusos.

— Talvez seja melhor eu esperar aqui — sugere Louis, sua voz quase se perdendo no meio de toda aquela confusão.

— Ficou doido? — Pergunta Harry virando-se para ele. — Vou levar você comigo até ao banheiro — continua antes de voltar a andar —, você não vai se livrar de mim nunca mais.

Ele consegue escutar Louis rindo enquanto concorda.

— Sério, Louis, não vou perder de novo — diz olhando por cima do ombro, garantindo que Louis saiba que nada vai separá-los dessa forma novamente.

A expressão de Louis se fecha e de repente ele parece muito culpado, fazendo Harry se odiar por isso. Não foi culpa dele e Harry não pode deixar que ele se ressinta dessa forma.

— Eu não vou a lugar nenhum, nunca mais — responde Louis —, me desculpe por... — começa, mas Harry é rápido em interrompê-lo.

— Pare de pedir desculpas, não foi culpa sua, tudo bem? — Harry solta a mão dele e segura seu rosto. — Você está aqui agora, isso é tudo que importa.

— Harry! — Chama alguém as suas costas e ele se encolhe.

— Grace, oi — responde ele soltando Louis e se virando para ela. — Louis, essa é Emily Gracewood, redatora chefe. Grace, esse é Louis Tomlinson, meu marido — diz com um sorriso enorme.

Enquanto os dois apertam as mãos, Harry avisa que vai tirar o resto do dia de folga.

— Amanhã também — acrescenta enquanto entram no elevador, arriscando abusar da benevolência de Grace.

— O que você quiser — responde ela saindo, caminhando rapidamente em direção ao amontoado de pessoas.

As portas do elevador se fecham antes que Harry possa vê-la brigando com todos os curiosos.

— Talvez eu devesse ter pedido férias, se soubesse que Grace está tão generosa — pondera Harry balançando sua mão e a de Louis. — Depois mando um e-mail — murmura para si mesmo enquanto o elevador sobe.

Ao chegarem, ele leva Louis rapidamente até sua sala, ignorando todos os olhares surpresos que os acompanham, ao chegarem em sua sala, ele encosta a porta.

Sua sala é metade camarim, metade escritório. As paredes são quase todas de vidro e cheias de janelas. Apesar de ter cortinas, elas estão sempre abertas, dando a Harry uma visão de todos que trabalham naquele andar.

— Está todo mundo olhando para nós — comenta Louis encarando as pessoas de volta com um olhar divertido.

Harry ergue o olhar brevemente, parando de procurar suas chaves no meio de sua bagunça.

— Ah, eles estão curiosos — responde depois de uma rápida olhada —, você entrou de mãos dadas comigo e teoricamente meu marido ainda está em algum lugar da galáxia — explica encontrando as chaves e colocando-as no bolso.

— Qual será a reação deles se eu te beijar? Vão comemorar o término do seu celibato ou vão ficar com raiva porque você traiu seu marido? — Pergunta Louis se aproximando.

— Quem disse que será o término do meu celibato? — Provoca quando Louis chega até ele. A expressão de seu esposo cai. — Estou brincando, Lou.

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